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20/02/2006
-
18h04
da Efe, em Gaza
da Folha Online
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, aprovou a nomeação do dirigente do Hamas Ismail Haniyeh como primeiro-ministro, anunciaram nesta segunda-feira os dirigentes do movimento islâmico radical em entrevista coletiva.
"Tivemos uma reunião com o presidente Mahmoud Abbas e ele nos perguntou oficialmente sobre nome do candidato do Hamas para formar o governo, e dissemos oficialmente que se trata de Ismail Haniyeh", disse Mahmoud Zahar após se reunir com Abbas na cidade de Gaza.
Amanhã, Abbas entregará às 18h (13h de Brasília) uma carta oficial pedindo que Haniyeh forme um novo governo, informou Zahar.
Assim que isso acontecer, Haniyeh terá um prazo de três semanas para formar o governo e obter a aprovação do Conselho Legislativo Palestino. Se ele não conseguir, terá direito a mais duas semanas.
O movimento radical escolheu ontem oficialmente Haniyeh, 43, como candidato para o cargo de primeiro-ministro. Considerado pragmático, Haniyeh será o primeiro chefe de governo palestino procedente do Hamas, um grupo qualificado de terrorista por Israel.
Zahar afirmou que, na terça e na quarta-feira, o Hamas continuará os contatos com as facções palestinas para a formação de um governo. Hoje o movimento se reuniu com a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), que a princípio aceitou o convite, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) e o Jihad Islâmico, que não expressou interesse em participar do Executivo.
Zahar informou que as autoridades israelenses não permitiram a entrada hoje em Gaza do representante do Fatah, Azzam Ahmed, para tratar com o Hamas da possível entrada de seu partido no governo.
"Estamos interessados em formar um grande governo de coalizão no qual esteja presente o Fatah e outros partidos políticos", disse Zahar. Além disso, ele negou que o Hamas venha a sofrer uma crise econômica.
Abbas declarou ontem, em Gaza, que a ANP estava enfrentando uma "grave crise financeira", após uma redução das transferências de fundos ocorrida após a vitória eleitoral do Hamas. "A pressão começou há alguns meses, e a ANP está passando por uma grave crise financeira", alertou Abbas.
"Durante a última viagem do Hamas pelos países árabes e islâmicos recebemos uma resposta muito encorajadora, com muitas promessas de ajuda", justificou Zahar.
Os Estados Unidos, a União Européia (UE) e os demais países doadores dos palestinos vincularam a manutenção de sua ajuda financeira ao reconhecimento de Israel pelo Hamas, à renúncia do movimento radical à luta armada e a sua aceitação dos acordos anteriores entre israelenses e palestinos. O Hamas recusou as três condições.
Israel aprovou uma série de sanções contra a ANP, qualificada de "terrorista" após a chegada do Hamas ao poder.
O Estado hebreu decidiu congelar, já no início do mês de março, a transferência mensal de cerca de US$ 50 milhões de fundos correspondente ao reembolso de taxas aplicadas aos produtos destinados aos territórios palestinos.
Amos Gilad, conselheiro político no Ministério da Defesa israelense, acredita que o Hamas está "pronto para uma trégua de vários anos" nos ataques contra Israel, mas destacou que o movimento radical "questionará as fronteiras de 1967 [anteriores à guerra árabe-israelense] e as de 1948 [estabelecidas no ano da criação de Israel] assim que considerar o momento oportuno".
Com agências internacionais
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da Folha Online
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, aprovou a nomeação do dirigente do Hamas Ismail Haniyeh como primeiro-ministro, anunciaram nesta segunda-feira os dirigentes do movimento islâmico radical em entrevista coletiva.
"Tivemos uma reunião com o presidente Mahmoud Abbas e ele nos perguntou oficialmente sobre nome do candidato do Hamas para formar o governo, e dissemos oficialmente que se trata de Ismail Haniyeh", disse Mahmoud Zahar após se reunir com Abbas na cidade de Gaza.
04.fev.2006/AP |
Ismail Haniyeh, líder do grupo Hamas na faixa de Gaza |
Assim que isso acontecer, Haniyeh terá um prazo de três semanas para formar o governo e obter a aprovação do Conselho Legislativo Palestino. Se ele não conseguir, terá direito a mais duas semanas.
O movimento radical escolheu ontem oficialmente Haniyeh, 43, como candidato para o cargo de primeiro-ministro. Considerado pragmático, Haniyeh será o primeiro chefe de governo palestino procedente do Hamas, um grupo qualificado de terrorista por Israel.
Zahar afirmou que, na terça e na quarta-feira, o Hamas continuará os contatos com as facções palestinas para a formação de um governo. Hoje o movimento se reuniu com a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), que a princípio aceitou o convite, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) e o Jihad Islâmico, que não expressou interesse em participar do Executivo.
Zahar informou que as autoridades israelenses não permitiram a entrada hoje em Gaza do representante do Fatah, Azzam Ahmed, para tratar com o Hamas da possível entrada de seu partido no governo.
"Estamos interessados em formar um grande governo de coalizão no qual esteja presente o Fatah e outros partidos políticos", disse Zahar. Além disso, ele negou que o Hamas venha a sofrer uma crise econômica.
Abbas declarou ontem, em Gaza, que a ANP estava enfrentando uma "grave crise financeira", após uma redução das transferências de fundos ocorrida após a vitória eleitoral do Hamas. "A pressão começou há alguns meses, e a ANP está passando por uma grave crise financeira", alertou Abbas.
"Durante a última viagem do Hamas pelos países árabes e islâmicos recebemos uma resposta muito encorajadora, com muitas promessas de ajuda", justificou Zahar.
Os Estados Unidos, a União Européia (UE) e os demais países doadores dos palestinos vincularam a manutenção de sua ajuda financeira ao reconhecimento de Israel pelo Hamas, à renúncia do movimento radical à luta armada e a sua aceitação dos acordos anteriores entre israelenses e palestinos. O Hamas recusou as três condições.
Israel aprovou uma série de sanções contra a ANP, qualificada de "terrorista" após a chegada do Hamas ao poder.
O Estado hebreu decidiu congelar, já no início do mês de março, a transferência mensal de cerca de US$ 50 milhões de fundos correspondente ao reembolso de taxas aplicadas aos produtos destinados aos territórios palestinos.
Amos Gilad, conselheiro político no Ministério da Defesa israelense, acredita que o Hamas está "pronto para uma trégua de vários anos" nos ataques contra Israel, mas destacou que o movimento radical "questionará as fronteiras de 1967 [anteriores à guerra árabe-israelense] e as de 1948 [estabelecidas no ano da criação de Israel] assim que considerar o momento oportuno".
Com agências internacionais
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