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01/03/2006
-
16h28
da Efe, em Washington
A crescente onda de violência sectária no Iraque não significa a existência de um risco real de guerra civil, segundo o governo dos Estados Unidos, que advertiu que um conflito interno iraquiano teria conseqüências "catastróficas" para todo o Oriente Médio.
Essa é a advertência feita nesta terça-feira pelo diretor da Inteligência Nacional americana e ex-embaixador dos EUA no Iraque, John Negroponte, durante convocação para o Comitê de Forças Armadas do Senado, onde foi questionado sobre possíveis ameaças para a segurança nacional e global.
Negroponte deixou muito claro que, "caso exploda o caos no Iraque ou se as forças democráticas forem derrotadas, isso terá conseqüências catastróficas não só para o povo iraquiano, mas também para o resto do Oriente Médio e para o mundo".
Segundo o ex-embaixador, uma guerra civil poderia gerar um conflito muito mais amplo entre os sunitas e os xiitas de outros países da região.
Negroponte afirma que Arábia Saudita e Jordânia poderiam apoiar os sunitas, enquanto o Irã, país que já tem laços estreitos com alguns xiitas extremistas do Iraque, estaria do lado dos xiitas.
Embora o diretor tenha admitido que todos estes países seriam contrários a se envolver em uma guerra entre essas duas comunidades, Negroponte não descartou essa possibilidade, dizendo que eles "podem se deixar levar pela tentação".
O principal responsável da espionagem americana explicou aos senadores que os pontos cruciais que definiriam o início de um conflito interno seriam, por exemplo, uma completa perda do controle de segurança por parte do governo central, ou a desintegração ou deterioração das forças de segurança do país.
No entanto, e apesar da violência sectária que castiga Bagdá e outras cidades iraquianas nos últimos dias, o diretor da Inteligência disse aos senadores que há progressos e que, caso se mantenham esses avanços, os EUA podem "vencer no Iraque".
É uma mensagem de otimismo ratificado pelo próprio presidente dos EUA, George W. Bush, que se mostrou convencido de que a recente escalada de violência não se tornará em uma guerra civil, como apontam alguns analistas.
Em entrevista à rede de televisão americana ABC antes de começar uma viagem oficial de cinco dias à Índia e ao Paquistão, Bush condenou a última onda de atentados no Iraque e ressaltou que a população desse país deve escolher entre "uma sociedade livre ou uma comandada por gente malvada que mata inocentes".
Ao ser questionado sobre o que faria sua administração diante de uma possível guerra civil, o governante se limitou a responder que não crê que haja possibilidade de isso ocorrer.
Uma das razões que o leva a excluir essa hipótese é que os líderes dos diferentes grupos políticos e religiosos do país (sunitas, xiitas e curdos) asseguraram claramente que apostam na unificação.
O presidente americano se mostrou convencido de que o povo iraquiano também fará a sua parte. Prova disso, segundo Bush, é que "11 milhões de pessoas, desafiando os terroristas e os assassinos, foram às urnas e disseram: 'Queremos ser livres'".
Em declarações à imprensa após receber o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, na Casa Branca, Bush condenou nesta terça-feira os novos episódios de violência e disse que, para os iraquianos, "a eleição está entre o caos e a unidade".
'Alguns estão semeando sementes de violência sectária. Destroem para criar o caos, e agora os iraquianos e seus líderes têm que escolher entre o caos ou a unidade", disse Bush.
As boas previsões da Administração americana contrastam com o dia-a-dia no Iraque, onde ontem foram cometidos vários atentados nos quais morreram pelo menos 70 pessoas e mais de cem ficaram feridas.
Ataques como esse acontecem desde quarta-feira passada, após o atentado que destruiu a cúpula de um importante santuário xiita na cidade de Samarra, ao norte de Bagdá.
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A crescente onda de violência sectária no Iraque não significa a existência de um risco real de guerra civil, segundo o governo dos Estados Unidos, que advertiu que um conflito interno iraquiano teria conseqüências "catastróficas" para todo o Oriente Médio.
Essa é a advertência feita nesta terça-feira pelo diretor da Inteligência Nacional americana e ex-embaixador dos EUA no Iraque, John Negroponte, durante convocação para o Comitê de Forças Armadas do Senado, onde foi questionado sobre possíveis ameaças para a segurança nacional e global.
Negroponte deixou muito claro que, "caso exploda o caos no Iraque ou se as forças democráticas forem derrotadas, isso terá conseqüências catastróficas não só para o povo iraquiano, mas também para o resto do Oriente Médio e para o mundo".
Segundo o ex-embaixador, uma guerra civil poderia gerar um conflito muito mais amplo entre os sunitas e os xiitas de outros países da região.
Negroponte afirma que Arábia Saudita e Jordânia poderiam apoiar os sunitas, enquanto o Irã, país que já tem laços estreitos com alguns xiitas extremistas do Iraque, estaria do lado dos xiitas.
Embora o diretor tenha admitido que todos estes países seriam contrários a se envolver em uma guerra entre essas duas comunidades, Negroponte não descartou essa possibilidade, dizendo que eles "podem se deixar levar pela tentação".
O principal responsável da espionagem americana explicou aos senadores que os pontos cruciais que definiriam o início de um conflito interno seriam, por exemplo, uma completa perda do controle de segurança por parte do governo central, ou a desintegração ou deterioração das forças de segurança do país.
No entanto, e apesar da violência sectária que castiga Bagdá e outras cidades iraquianas nos últimos dias, o diretor da Inteligência disse aos senadores que há progressos e que, caso se mantenham esses avanços, os EUA podem "vencer no Iraque".
É uma mensagem de otimismo ratificado pelo próprio presidente dos EUA, George W. Bush, que se mostrou convencido de que a recente escalada de violência não se tornará em uma guerra civil, como apontam alguns analistas.
Em entrevista à rede de televisão americana ABC antes de começar uma viagem oficial de cinco dias à Índia e ao Paquistão, Bush condenou a última onda de atentados no Iraque e ressaltou que a população desse país deve escolher entre "uma sociedade livre ou uma comandada por gente malvada que mata inocentes".
Ao ser questionado sobre o que faria sua administração diante de uma possível guerra civil, o governante se limitou a responder que não crê que haja possibilidade de isso ocorrer.
Uma das razões que o leva a excluir essa hipótese é que os líderes dos diferentes grupos políticos e religiosos do país (sunitas, xiitas e curdos) asseguraram claramente que apostam na unificação.
O presidente americano se mostrou convencido de que o povo iraquiano também fará a sua parte. Prova disso, segundo Bush, é que "11 milhões de pessoas, desafiando os terroristas e os assassinos, foram às urnas e disseram: 'Queremos ser livres'".
Em declarações à imprensa após receber o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, na Casa Branca, Bush condenou nesta terça-feira os novos episódios de violência e disse que, para os iraquianos, "a eleição está entre o caos e a unidade".
'Alguns estão semeando sementes de violência sectária. Destroem para criar o caos, e agora os iraquianos e seus líderes têm que escolher entre o caos ou a unidade", disse Bush.
As boas previsões da Administração americana contrastam com o dia-a-dia no Iraque, onde ontem foram cometidos vários atentados nos quais morreram pelo menos 70 pessoas e mais de cem ficaram feridas.
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