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04/03/2006
-
17h32
da Efe, em Jerusalém
Os líderes da minoria árabe de Israel exigiram hoje ao governo que dê uma punição "com o máximo rigor" à família israelense que atacou com explosivos os fiéis que estavam na Basílica da Anunciação, em Nazaré.
"A paciência de nossa comunidade está chegando ao fim, e o governo deve tomá-lo em conta", advertiu o presidente do Comitê Superior Árabe de Seguimento, Fauzi Hatib, durante uma manifestação de protesto em Nazaré contra o ataque e os incidentes que deixaram 26 feridos.
A marcha --que ocorreu sem incidentes da fonte da Virgem até a basílica-- teve a participação de cerca de 3.500 pessoas, segundo a polícia, e foi liderada por autoridades eclesiásticas, do Comitê Superior Árabe e deputados no Parlamento (Knesset).
"O futuro da existência do Estado de Israel depende das relações entre as comunidades árabe e judaica do país, e suas autoridades devem se preocupar para que possam conviver em paz", disse ao concluir o protesto o máximo representante da Igreja Católica na Terra Santa, monsenhor Michel Sabah.
O deputado Tale A-Sanaa, representante da minoria beduína, disse que "a política do governo produz todo tipo de demente, e que não é feito o necessário para extirpar esses elementos extraviados".
A comunidade árabe --que com mais de um milhão de pessoas representa quase 20% da população israelense-- "recorrerá à ONU", afirmou A-Sanaa.
Os dirigentes árabes acham que o ataque é parte de uma política deliberada, mas as autoridades policiais garantem que a ação de Haim Eliahu Habibi, sua mulher e uma filha do casal foi "uma provocação pessoal para chamar a atenção sobre seus graves problemas econômicos".
Assim disse hoje o chefe de operações da polícia nos Vales do Norte, Yaacov Zigdon, com jurisdição em Nazaré, após interrogar a filha do casal. Seu pai, com antecedentes psiquiátricos e conhecido pelos serviços secretos por passadas e frustradas tentativas para atacar outras igrejas, se negava a cooperar com a investigação policial.
Os responsáveis pelo ataque, que entraram na basílica na sexta-feira disfarçados de peregrinos cristãos e com uma carga de explosivos escondida em um carrinho de bebê, tiveram de ser resgatados pelas forças policiais, porque poderiam ser linchados.
O líder de uma facção radical do Movimento Islâmico de Israel, Raed Salah, disse hoje que "o aumento de ataques contra santuários religiosos se deve à incitação do governo".
O primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, analisará o ataque cometido pela família Habibi e suas possíveis conseqüências amanhã, na reunião semanal do Gabinete Nacional, após os chefes dos órgãos de segurança apresentar relatórios.
Olmert e a ministra das Relações Exteriores israelenses, Tzipi Livni, expressaram seu pesar pelo incidente à Santa Sé no Vaticano, e ao monsenhor Sabah, oriundo de Nazaré e o primeiro palestino à frente do Patriarcado Latino em Jerusalém.
Por enquanto, os três membros da família Habibi, que recebe ajuda estatal proporcionada aos indigentes, está sob detenção policial e devem ser levados a julgamento.
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Os líderes da minoria árabe de Israel exigiram hoje ao governo que dê uma punição "com o máximo rigor" à família israelense que atacou com explosivos os fiéis que estavam na Basílica da Anunciação, em Nazaré.
"A paciência de nossa comunidade está chegando ao fim, e o governo deve tomá-lo em conta", advertiu o presidente do Comitê Superior Árabe de Seguimento, Fauzi Hatib, durante uma manifestação de protesto em Nazaré contra o ataque e os incidentes que deixaram 26 feridos.
A marcha --que ocorreu sem incidentes da fonte da Virgem até a basílica-- teve a participação de cerca de 3.500 pessoas, segundo a polícia, e foi liderada por autoridades eclesiásticas, do Comitê Superior Árabe e deputados no Parlamento (Knesset).
"O futuro da existência do Estado de Israel depende das relações entre as comunidades árabe e judaica do país, e suas autoridades devem se preocupar para que possam conviver em paz", disse ao concluir o protesto o máximo representante da Igreja Católica na Terra Santa, monsenhor Michel Sabah.
O deputado Tale A-Sanaa, representante da minoria beduína, disse que "a política do governo produz todo tipo de demente, e que não é feito o necessário para extirpar esses elementos extraviados".
A comunidade árabe --que com mais de um milhão de pessoas representa quase 20% da população israelense-- "recorrerá à ONU", afirmou A-Sanaa.
Os dirigentes árabes acham que o ataque é parte de uma política deliberada, mas as autoridades policiais garantem que a ação de Haim Eliahu Habibi, sua mulher e uma filha do casal foi "uma provocação pessoal para chamar a atenção sobre seus graves problemas econômicos".
Assim disse hoje o chefe de operações da polícia nos Vales do Norte, Yaacov Zigdon, com jurisdição em Nazaré, após interrogar a filha do casal. Seu pai, com antecedentes psiquiátricos e conhecido pelos serviços secretos por passadas e frustradas tentativas para atacar outras igrejas, se negava a cooperar com a investigação policial.
Os responsáveis pelo ataque, que entraram na basílica na sexta-feira disfarçados de peregrinos cristãos e com uma carga de explosivos escondida em um carrinho de bebê, tiveram de ser resgatados pelas forças policiais, porque poderiam ser linchados.
O líder de uma facção radical do Movimento Islâmico de Israel, Raed Salah, disse hoje que "o aumento de ataques contra santuários religiosos se deve à incitação do governo".
O primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, analisará o ataque cometido pela família Habibi e suas possíveis conseqüências amanhã, na reunião semanal do Gabinete Nacional, após os chefes dos órgãos de segurança apresentar relatórios.
Olmert e a ministra das Relações Exteriores israelenses, Tzipi Livni, expressaram seu pesar pelo incidente à Santa Sé no Vaticano, e ao monsenhor Sabah, oriundo de Nazaré e o primeiro palestino à frente do Patriarcado Latino em Jerusalém.
Por enquanto, os três membros da família Habibi, que recebe ajuda estatal proporcionada aos indigentes, está sob detenção policial e devem ser levados a julgamento.
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