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07/03/2006
-
11h11
LIGIA BRASLAUSKAS
Editora de Mundo da Folha Online
Após o Hamas [grupo terrorista e partido político com maioria no Parlamento palestino] ter anulado parte dos poderes do atual presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, nesta segunda-feira, durante sessão da nova Câmara dos Deputados, o Exército israelense lançou míssil contra Gaza, causando a morte de dois supostos chefes do grupo terrorista Jihad Islâmico, além de três adolescentes que estavam na região.
A disputa entre o Fatah --partido de Abbas que até as eleições de 25 de janeiro último dominava o Parlamento-- e o Hamas, diferentemente do que o governo deveria pretender, pode representar prejuízos à população palestina, já penalizada pelo corte financeiro aplicado por Israel. Ambos os partidos querem manter o poder no Parlamento. O Fatah diz que tenta negociar com o Hamas, mas sem conseguir cooperação. Já o Hamas, que insiste em não reconhecer o Estado de Israel, pretende ter a liderança a qualquer custo.
Nesta segunda-feira, legisladores do Fatah se retiraram da primeira sessão do Parlamento palestino devido a divergências com o Hamas, que pediu votação para limitar os poderes de Abbas.
"Nós tentamos resolver a questão por meio do diálogo, mas o Hamas insiste em dominar a discussão", afirmou Azzam al Ahmed, líder do Fatah no Parlamento. "Anuncio a retirada dos deputados do Fatah até que sejam solucionadas as divergências", acrescentou.
Pressão
Nesta terça-feira, o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, ameaçou dar continuidade ao plano de "assassinatos seletivos" --reimplantado desde que o Hamas indicou Ismail Haniyeh para o posto de premiê--, caso os extremistas palestinos mantenham os ataques de mísseis Qassam [de fabricação caseira] contra civis israelenses.
"Se o Hamas [como organização terrorista] nos desafia dessa maneira, nenhum de seus membros sairá imune. Tampouco Ismail Haniyeh", disse Mofaz à rádio do Exército.
Aparentemente, o ataque de Israel realizado contra Gaza nesta segunda-feira foi uma resposta ao lançamento de mísseis palestinos contra a cidade de Ashkelon, que fica perto de uma base elétrica que fornece eletricidade a Gaza, além de um oleoduto.
A maioria dos ataques palestinos com mísseis Qassam [que possuem baixo alcance e precisão] não tiveram conseqüências graves --embora cerca de 40 regiões israelenses estejam em sua mira.
Ajuda
Nesta terça-feira, o Banco Mundial aprovou um pacote de ajuda no valor de US$ 42 milhões vinculado à ANP, com o objetivo de evitar a suspensão dos serviços básicos oferecidos à população.
Israel congelou a transferência de valores arrecadados em impostos à ANP [cerca de US$ 50 milhões por mês] no último dia 19, na tentativa de isolar o Hamas.
Os palestinos dependem de ajuda financeira internacional avaliada em mais de US$ 1 bilhão por ano.
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Leia o que já foi publicado sobre Shaul Mofaz
Disputa entre Hamas e Fatah acirra crise com Israel
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Editora de Mundo da Folha Online
Após o Hamas [grupo terrorista e partido político com maioria no Parlamento palestino] ter anulado parte dos poderes do atual presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, nesta segunda-feira, durante sessão da nova Câmara dos Deputados, o Exército israelense lançou míssil contra Gaza, causando a morte de dois supostos chefes do grupo terrorista Jihad Islâmico, além de três adolescentes que estavam na região.
A disputa entre o Fatah --partido de Abbas que até as eleições de 25 de janeiro último dominava o Parlamento-- e o Hamas, diferentemente do que o governo deveria pretender, pode representar prejuízos à população palestina, já penalizada pelo corte financeiro aplicado por Israel. Ambos os partidos querem manter o poder no Parlamento. O Fatah diz que tenta negociar com o Hamas, mas sem conseguir cooperação. Já o Hamas, que insiste em não reconhecer o Estado de Israel, pretende ter a liderança a qualquer custo.
Nesta segunda-feira, legisladores do Fatah se retiraram da primeira sessão do Parlamento palestino devido a divergências com o Hamas, que pediu votação para limitar os poderes de Abbas.
"Nós tentamos resolver a questão por meio do diálogo, mas o Hamas insiste em dominar a discussão", afirmou Azzam al Ahmed, líder do Fatah no Parlamento. "Anuncio a retirada dos deputados do Fatah até que sejam solucionadas as divergências", acrescentou.
Pressão
Nesta terça-feira, o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, ameaçou dar continuidade ao plano de "assassinatos seletivos" --reimplantado desde que o Hamas indicou Ismail Haniyeh para o posto de premiê--, caso os extremistas palestinos mantenham os ataques de mísseis Qassam [de fabricação caseira] contra civis israelenses.
"Se o Hamas [como organização terrorista] nos desafia dessa maneira, nenhum de seus membros sairá imune. Tampouco Ismail Haniyeh", disse Mofaz à rádio do Exército.
Aparentemente, o ataque de Israel realizado contra Gaza nesta segunda-feira foi uma resposta ao lançamento de mísseis palestinos contra a cidade de Ashkelon, que fica perto de uma base elétrica que fornece eletricidade a Gaza, além de um oleoduto.
A maioria dos ataques palestinos com mísseis Qassam [que possuem baixo alcance e precisão] não tiveram conseqüências graves --embora cerca de 40 regiões israelenses estejam em sua mira.
Ajuda
Nesta terça-feira, o Banco Mundial aprovou um pacote de ajuda no valor de US$ 42 milhões vinculado à ANP, com o objetivo de evitar a suspensão dos serviços básicos oferecidos à população.
Israel congelou a transferência de valores arrecadados em impostos à ANP [cerca de US$ 50 milhões por mês] no último dia 19, na tentativa de isolar o Hamas.
Os palestinos dependem de ajuda financeira internacional avaliada em mais de US$ 1 bilhão por ano.
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