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20/03/2006
-
18h14
da Efe, em Bagdá
da Folha Online
Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas em ataques e atentados perpetrados nesta segunda-feira em diferentes regiões do Iraque, mesmo dia em que foram achados 12 cadáveres em Bagdá, informaram fontes de segurança.
No terceiro aniversário da invasão das forças de coalizão lideradas pelos EUA, a segurança foi reforçada em todo o país, principalmente na cidade de Karbala, onde está chegando ao fim uma importante festividade xiita.
Neste domingo, o ex-premiê iraquiano, Iyad Allawi, disse que o país está imerso "desgraçadamente em uma guerra civil". "Talvez não tenhamos alcançado o ponto sem retorno, mas estamos perto", afirmou.
Quase 10 mil homens, entre policiais e militares, foram deslocados para Karbala para tentar proteger de possíveis atentados os milhares de fiéis que se reúnem na cidade. Em 2004, uma série de ataques deixou 171 mortos durante as festividades em Bagdá e Karbala.
A explosão de uma bomba escondida por desconhecidos no interior de uma cafeteria do bairro de Al Kasra, no norte de Bagdá, deixou três civis mortos e outros 22 feridos, afirmou o capitão da polícia Ahmed Abdallah.
Em outro incidente, quatro agentes de segurança e três presos morreram na explosão de uma bomba durante a passagem do ônibus em que estavam e que transportava detentos pela praça Al Horreya, no sul da capital.
Outras três pessoas ficaram gravemente feridas no mesmo atentado, disse a fonte, que acrescentou que um professor universitário foi alvo de disparos de um grupo de homens na região de Al Sayedia, no oeste de Bagdá.
No leste da capital, no bairro de Al Machtal, a detonação de uma bomba perto de um microônibus matou quatro passageiros e feriu outros dez.
Em Mossul, 440 km ao norte da capital, vários homens armados mataram a tiros nesta manhã Raad al Asali, diretor-geral da Companhia de Distribuição de Produtos Petrolíferos da cidade, informaram fontes de segurança iraquianas.
Asali foi baleado quando saía de casa, no bairro de Al Hadba, no sul de Mossul, a terceira cidade em importância do Iraque.
Na Província de Diala, ao nordeste de Bagdá, um policial morreu e outros dois ficaram feridos na explosão de um carro-bomba conduzido por um suicida.
Nas proximidades de Hila, cerca de 100 km ao sul de Bagdá, dois agentes de segurança de uma instalação petrolífera morreram e quatro policiais ficaram feridos numa emboscada armada por homens armados.
Os incidentes aconteceram no mesmo dia em que as Forças de Segurança iraquianas acharam 12 corpos de homens e adolescentes mortos a tiros e com sinais de tortura e enforcamento.
Segundo o oficial de polícia Salam Khatab, os corpos foram encontrados em diferentes lugares de Bagdá.
Operação
Cerca de 1.500 soldados americanos e iraquianos prosseguiram com uma megaoperação contra a insurgência no norte do Iraque neste domingo. Segundo o Exército, dezenas de suspeitos foram capturados na Operação Enxame, que teve início na quinta-feira (16).
Atualmente, os EUA mantêm 133 mil soldados em solo iraquiano --número cerca de um terço maior que as tropas que atuaram na campanha que destituiu Saddam Hussein, em 20 de março de 2003.
Ao menos 2.314 soldados morreram no conflito, cujo custo é estimado entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões. Segundo os EUA, cerca de 30 mil iraquianos morreram desde a invasão.
Com agências internacionais
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da Folha Online
Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas em ataques e atentados perpetrados nesta segunda-feira em diferentes regiões do Iraque, mesmo dia em que foram achados 12 cadáveres em Bagdá, informaram fontes de segurança.
No terceiro aniversário da invasão das forças de coalizão lideradas pelos EUA, a segurança foi reforçada em todo o país, principalmente na cidade de Karbala, onde está chegando ao fim uma importante festividade xiita.
Neste domingo, o ex-premiê iraquiano, Iyad Allawi, disse que o país está imerso "desgraçadamente em uma guerra civil". "Talvez não tenhamos alcançado o ponto sem retorno, mas estamos perto", afirmou.
Quase 10 mil homens, entre policiais e militares, foram deslocados para Karbala para tentar proteger de possíveis atentados os milhares de fiéis que se reúnem na cidade. Em 2004, uma série de ataques deixou 171 mortos durante as festividades em Bagdá e Karbala.
A explosão de uma bomba escondida por desconhecidos no interior de uma cafeteria do bairro de Al Kasra, no norte de Bagdá, deixou três civis mortos e outros 22 feridos, afirmou o capitão da polícia Ahmed Abdallah.
Em outro incidente, quatro agentes de segurança e três presos morreram na explosão de uma bomba durante a passagem do ônibus em que estavam e que transportava detentos pela praça Al Horreya, no sul da capital.
Outras três pessoas ficaram gravemente feridas no mesmo atentado, disse a fonte, que acrescentou que um professor universitário foi alvo de disparos de um grupo de homens na região de Al Sayedia, no oeste de Bagdá.
No leste da capital, no bairro de Al Machtal, a detonação de uma bomba perto de um microônibus matou quatro passageiros e feriu outros dez.
Em Mossul, 440 km ao norte da capital, vários homens armados mataram a tiros nesta manhã Raad al Asali, diretor-geral da Companhia de Distribuição de Produtos Petrolíferos da cidade, informaram fontes de segurança iraquianas.
Asali foi baleado quando saía de casa, no bairro de Al Hadba, no sul de Mossul, a terceira cidade em importância do Iraque.
Na Província de Diala, ao nordeste de Bagdá, um policial morreu e outros dois ficaram feridos na explosão de um carro-bomba conduzido por um suicida.
Nas proximidades de Hila, cerca de 100 km ao sul de Bagdá, dois agentes de segurança de uma instalação petrolífera morreram e quatro policiais ficaram feridos numa emboscada armada por homens armados.
Os incidentes aconteceram no mesmo dia em que as Forças de Segurança iraquianas acharam 12 corpos de homens e adolescentes mortos a tiros e com sinais de tortura e enforcamento.
Segundo o oficial de polícia Salam Khatab, os corpos foram encontrados em diferentes lugares de Bagdá.
Operação
Cerca de 1.500 soldados americanos e iraquianos prosseguiram com uma megaoperação contra a insurgência no norte do Iraque neste domingo. Segundo o Exército, dezenas de suspeitos foram capturados na Operação Enxame, que teve início na quinta-feira (16).
Atualmente, os EUA mantêm 133 mil soldados em solo iraquiano --número cerca de um terço maior que as tropas que atuaram na campanha que destituiu Saddam Hussein, em 20 de março de 2003.
Ao menos 2.314 soldados morreram no conflito, cujo custo é estimado entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões. Segundo os EUA, cerca de 30 mil iraquianos morreram desde a invasão.
Com agências internacionais
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