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24/04/2006
-
12h31
da Efe, em Genebra
da Folha Online
A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu ao governo do Nepal que suspenda imediatamente sua política de atirar nos manifestantes que protestam contra o rei, demonstrando sua preocupação com as pessoas que realizam os protestos.
"O governo (nepalês) ordena a suas forças que disparem em pessoas inocentes, sem dar importância ao direito à vida", afirmou o relator sobre Execuções Extrajudiciais e Sumárias da ONU, Philip Alston, em uma nota divulgada em Genebra.
O analista em direitos humanos disse que, sob as normas internacionais, os ataques em massa e sistemáticos contra a população civil são crimes contra a humanidade, e que os policiais e militares que seguem essas ordens poderão ser julgados eventualmente.
Apesar de na última sexta-feira (21) o rei Gyanendra ter prometido renunciar ao poder absoluto que exerce há mais de um ano e ter pedido à oposição que apresente um candidato a primeiro-ministro, os protestos não diminuíram, pelo contrário, se tornaram mais fortes.
19º dia
Os nepaleses entram hoje no 19º dia de greve geral, caracterizada por conflitos entre os manifestantes e as forças de segurança, causando a morte de pelo menos 14 pessoas e deixando centenas de feridos.
Alston pediu que essas mortes sejam investigadas de forma independente o mais rápido possível.
Organismos da ONU expressaram sua preocupação com as conseqüências humanitárias causadas pelo protesto. A porta-voz do Escritório das Nações Unidas para Ajuda Humanitária, Elizabeth Byrs, disse que os hospitais da capital Katmandu estão lotados e que só durante o fim de semana foram atendidos 250 manifestantes com ferimentos a bala, traumatismos causados por cassetetes e problemas respiratórios devido ao gás lacrimogêneo.
A porta-voz indicou que organizações não-governamentais nepalesas informaram, além disso, que 95 crianças ficaram feridas durante as manifestações realizadas entre os dias 6 e 20 de abril. Byrs também disse estar preocupado com o aumento dos preços de vários alimentos básicos, que em alguns casos ficaram três vezes mais caros, e assegurou que o pessoal da ONU se esforça para dar continuidade a um programa de distribuição de vitamina A entre a população infantil, considerada essencial para as crianças.
No entanto, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) indicou que na semana passada conseguiu armazenar provisões nos acampamentos de refugiados no leste do Nepal, que abrigam 5.000 pessoas, mas não conseguiu fazer o mesmo para garantir a distribuição à população.
Essa agência humanitária atende 900 mil nepaleses, sendo 500 mil crianças, beneficiadas nos últimos anos pelos programas de alimentação escolar implantados pelo PMA. "Muitas dessas crianças não comem nada durante o dia se não receberem a ajuda que o PMA distribui nos colégios", disse a porta-voz em Genebra dessa agência, Christiane Berthiaume.
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da Folha Online
A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu ao governo do Nepal que suspenda imediatamente sua política de atirar nos manifestantes que protestam contra o rei, demonstrando sua preocupação com as pessoas que realizam os protestos.
"O governo (nepalês) ordena a suas forças que disparem em pessoas inocentes, sem dar importância ao direito à vida", afirmou o relator sobre Execuções Extrajudiciais e Sumárias da ONU, Philip Alston, em uma nota divulgada em Genebra.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/20060203-mapa_nepal230.gif)
Apesar de na última sexta-feira (21) o rei Gyanendra ter prometido renunciar ao poder absoluto que exerce há mais de um ano e ter pedido à oposição que apresente um candidato a primeiro-ministro, os protestos não diminuíram, pelo contrário, se tornaram mais fortes.
19º dia
Os nepaleses entram hoje no 19º dia de greve geral, caracterizada por conflitos entre os manifestantes e as forças de segurança, causando a morte de pelo menos 14 pessoas e deixando centenas de feridos.
Alston pediu que essas mortes sejam investigadas de forma independente o mais rápido possível.
Organismos da ONU expressaram sua preocupação com as conseqüências humanitárias causadas pelo protesto. A porta-voz do Escritório das Nações Unidas para Ajuda Humanitária, Elizabeth Byrs, disse que os hospitais da capital Katmandu estão lotados e que só durante o fim de semana foram atendidos 250 manifestantes com ferimentos a bala, traumatismos causados por cassetetes e problemas respiratórios devido ao gás lacrimogêneo.
A porta-voz indicou que organizações não-governamentais nepalesas informaram, além disso, que 95 crianças ficaram feridas durante as manifestações realizadas entre os dias 6 e 20 de abril. Byrs também disse estar preocupado com o aumento dos preços de vários alimentos básicos, que em alguns casos ficaram três vezes mais caros, e assegurou que o pessoal da ONU se esforça para dar continuidade a um programa de distribuição de vitamina A entre a população infantil, considerada essencial para as crianças.
No entanto, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) indicou que na semana passada conseguiu armazenar provisões nos acampamentos de refugiados no leste do Nepal, que abrigam 5.000 pessoas, mas não conseguiu fazer o mesmo para garantir a distribuição à população.
Essa agência humanitária atende 900 mil nepaleses, sendo 500 mil crianças, beneficiadas nos últimos anos pelos programas de alimentação escolar implantados pelo PMA. "Muitas dessas crianças não comem nada durante o dia se não receberem a ajuda que o PMA distribui nos colégios", disse a porta-voz em Genebra dessa agência, Christiane Berthiaume.
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