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25/04/2006 - 04h42

Rebeldes maoístas rejeitam a restauração do Parlamento no Nepal

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da Efe, em Katmandu

A guerrilha maoísta do Nepal anunciou nesta terça-feira, por meio de um comunicado, a sua rejeição à restauração do Parlamento anunciada ontem (24) à noite pelo rei Gyanendra, apesar de a atitude do monarca ter sido saudada pela aliança de sete partidos opositores.

A oposição nepalesa desconvocou hoje os protestos maciços realizados durante quase três semanas e decidiu discutir com os rebeldes sobre futuras eleições para formar uma Assembléia constituinte, depois que Gyanendra aceitou restaurar o Parlamento e convocar uma sessão da instituição para a sexta-feira.

Paralelamente, os sete partidos nomearam Girija Prasad Koirala, o veterano presidente do principal partido do país, o Congresso Nepalês, como candidato ao cargo de primeiro-ministro.

Em comunicado, o líder dos maoístas, Pushpa Kamal Dahal, mais conhecido como Prachanda, acusou os partidos opositores de cometer "outro erro histórico", disse que a mensagem do rei foi "uma farsa" e anunciou que seu grupo continuará promovendo os bloqueios de estradas como medida de pressão.

"Convocamos o bloqueio das estradas da capital e das principais cidades e povoados do país até que haja um anúncio incondicional de eleições para uma assembléia constituinte", disse.

"Nosso partido pede ao povo que continue com as manifestações pacíficas", acrescentou Prachanda.

Segundo o líder maoísta, o rei "não cedeu aos lemas colocados na rua a favor de uma assembléia constituinte e de uma República".

"O anúncio de Gyanendra é uma conspiração para dividir o povo nepalês e salvar sua autocracia", conclui o comunicado dos insurgentes.

A oposição decidiu nesta terça-feira desconvocar a greve geral que ao final de 19 dias acabou forçando a mudança de postura de Gyanendra. Ontem à noite, Gyanendra anunciou a restauração do Parlamento, suspenso por ele em 2002.

A aliança de sete partidos opositores decidiu também que o Parlamento terá como primeira função organizar o processo que levará à convocação de eleições rumo a uma Assembléia constituinte.

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