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05/05/2006
-
09h05
da Efe, em Baku
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a falar nesta sexta-feira sobre o caráter pacífico do programa nuclear de seu país e fez um chamado a unir esforços contra a "globalização e a imposição de um mundo bipolar".
Durante a cúpula da Organização de Cooperação Econômica (ECO), que reuniu em Baku (Azerbaijão) líderes de dez países de maioria muçulmana, Ahmadinejad reiterou: "Volto a declarar o caráter pacífico de nosso programa nuclear e quero ressaltar que as acusações infundadas de potências agressivas não nos farão abandonar o caminho do desenvolvimento e o progresso".
O presidente iraniano acusou os adversários de seu país de levar a cabo uma "guerra psicológica e um "apartheid nuclear com o objetivo de privar o povo iraniano de seus direitos fundamentais".
Ahmadinejad disse que o Irã entrou na lista das potências atômicas com a implementação do primeiro ciclo de produção de combustível nuclear.
"Estamos interessados em continuar nossas atividades nessa direção sob o controle da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) até que consigamos produzir industrialmente combustível para nossas usinas de energia nuclear", ressaltou.
O Ocidente suspeita que o objetivo de Teerã é possuir uma bomba atômica, enquanto as autoridades iranianas insistem que seu programa é pacífico e rejeitaram os pedidos da AIEA para suspender todas as atividades de enriquecimento de urânio.
Ahmadinejad criticou a globalização, que, segundo ele, não abre caminhos de desenvolvimento para os países com a economia em transição e também freia seu acesso às altas tecnologias.
Na opinião do presidente iraniano, tudo isso ocorre devido ao "injusto sistema de relações internacionais" e ao "expansionismo das grandes potências".
Ahmadinejad indicou que para resistir a esse expansionismo os países em vias de desenvolvimento devem unir-se em organizações regionais como a ECO --criada em 1985 por Irã, Paquistão e Turquia em substituição da Organização de Cooperação Regional para o Desenvolvimento que esses mesmos países tinham fundado em 1964, mas que tinha deixado de funcionar na década de 1970.
Em novembro de 1992, também ingressaram na ECO o Afeganistão, o Azerbaijão e as ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Turcomenistão e Tadjiquistão), com o que a organização passou a ser integrada por dez Estados.
O principal objetivo da ECO, cujo principal órgão dirigente é o Conselho dos Ministros de Assuntos Exteriores, é fomentar o comércio e a cooperação econômica entre os países-membros mediante o livre acesso a seus respectivos mercados nacionais.
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Presidente do Irã insiste no caráter pacífico de seu programa nuclear
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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a falar nesta sexta-feira sobre o caráter pacífico do programa nuclear de seu país e fez um chamado a unir esforços contra a "globalização e a imposição de um mundo bipolar".
Durante a cúpula da Organização de Cooperação Econômica (ECO), que reuniu em Baku (Azerbaijão) líderes de dez países de maioria muçulmana, Ahmadinejad reiterou: "Volto a declarar o caráter pacífico de nosso programa nuclear e quero ressaltar que as acusações infundadas de potências agressivas não nos farão abandonar o caminho do desenvolvimento e o progresso".
O presidente iraniano acusou os adversários de seu país de levar a cabo uma "guerra psicológica e um "apartheid nuclear com o objetivo de privar o povo iraniano de seus direitos fundamentais".
Ahmadinejad disse que o Irã entrou na lista das potências atômicas com a implementação do primeiro ciclo de produção de combustível nuclear.
AP |
Mahmoud Ahmadinejad, presidente eleito do Irã |
O Ocidente suspeita que o objetivo de Teerã é possuir uma bomba atômica, enquanto as autoridades iranianas insistem que seu programa é pacífico e rejeitaram os pedidos da AIEA para suspender todas as atividades de enriquecimento de urânio.
Ahmadinejad criticou a globalização, que, segundo ele, não abre caminhos de desenvolvimento para os países com a economia em transição e também freia seu acesso às altas tecnologias.
Na opinião do presidente iraniano, tudo isso ocorre devido ao "injusto sistema de relações internacionais" e ao "expansionismo das grandes potências".
Ahmadinejad indicou que para resistir a esse expansionismo os países em vias de desenvolvimento devem unir-se em organizações regionais como a ECO --criada em 1985 por Irã, Paquistão e Turquia em substituição da Organização de Cooperação Regional para o Desenvolvimento que esses mesmos países tinham fundado em 1964, mas que tinha deixado de funcionar na década de 1970.
Em novembro de 1992, também ingressaram na ECO o Afeganistão, o Azerbaijão e as ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Turcomenistão e Tadjiquistão), com o que a organização passou a ser integrada por dez Estados.
O principal objetivo da ECO, cujo principal órgão dirigente é o Conselho dos Ministros de Assuntos Exteriores, é fomentar o comércio e a cooperação econômica entre os países-membros mediante o livre acesso a seus respectivos mercados nacionais.
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