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15/05/2006
-
08h31
da Folha Online
O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein voltou a ser julgado nesta segunda-feira no Iraque e se recusou a se pronunciar culpado ou inocente perante o júri, na 24ª audiência do processo.
O juiz Raouf Rachid Abdel Rahman, que preside o processo, apresentou em detalhes as acusações que pesam contra Saddam por "crimes contra a humanidade".
Saddam e seus sete ex-colaboradores são julgados pela tortura e massacre contra 148 xiitas ocorrido em 1982, em represália a um atentado contra o comboio presidencial no povoado de Dujail, ao norte de Bagdá.
Sem demonstrar reação, Saddam escutou atentamente à leitura da ata de acusações, antes de se recusar a se declarar culpado ou inocente. "Não posso responder sim ou não a tais acusações, que dizem respeito ao começo do processo e não levam em conta as testemunhas que foram ouvidas", afirmou Saddam no banco dos réus.
"Isto não é maneira de tratar o presidente do Iraque. Eu não reconheço a autoridade deste tribunal, que não pode julgar um chefe de Estado segundo a Constituição iraquiana", acrescentou o ex-ditador.
Desde o começo do processo, em 19 de outubro de 2005, Saddam rejeita a legitimidade do tribunal.
Na sessão de hoje, os advogados dos oito acusados --que podem ser condenados à pena de morte-- apresentarão as testemunhas de defesa, segundo disseram fontes judiciais.
Pela primeira vez, a audiência não será transmitida pela TV iraquiana, devido a problemas técnicos.
Violência
Também nesta segunda-feira, quatro soldados britânicos ficaram feridos em um ataque com bombas perpetrado contra uma base no sul do Iraque, informou o Ministério da Defesa do Reino Unido.
Um dos militares ficou gravemente ferido e teve de ser levado a um centro hospitalar. Os outros três sofreram ferimentos leves e foram atendidos na própria base militar de Abu Naji, na província meridional de Maysan e próxima à cidade de Al Amarah.
Neste sábado (13), dois soldados britânicos morreram e um terceiro ficou ferido em um ataque perpetrado em Basra, província do sul do Iraque que serve de abrigo à maior parte dos cerca de 9.000 soldados que o Reino Unido mantém no Iraque.
O Exército dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira ter matado 16 terroristas iraquianos suspeitos de vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, incluindo um líder local acusado de ter derrubado um helicóptero americano no dia 1º de abril.
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De volta ao tribunal, Saddam se recusa a declarar culpa no Iraque
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O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein voltou a ser julgado nesta segunda-feira no Iraque e se recusou a se pronunciar culpado ou inocente perante o júri, na 24ª audiência do processo.
O juiz Raouf Rachid Abdel Rahman, que preside o processo, apresentou em detalhes as acusações que pesam contra Saddam por "crimes contra a humanidade".
Saddam e seus sete ex-colaboradores são julgados pela tortura e massacre contra 148 xiitas ocorrido em 1982, em represália a um atentado contra o comboio presidencial no povoado de Dujail, ao norte de Bagdá.
Reuters |
O ex-ditador Saddam Hussein volta ao banco dos réus e se nega a declarar culpa no Iraque |
"Isto não é maneira de tratar o presidente do Iraque. Eu não reconheço a autoridade deste tribunal, que não pode julgar um chefe de Estado segundo a Constituição iraquiana", acrescentou o ex-ditador.
Desde o começo do processo, em 19 de outubro de 2005, Saddam rejeita a legitimidade do tribunal.
Na sessão de hoje, os advogados dos oito acusados --que podem ser condenados à pena de morte-- apresentarão as testemunhas de defesa, segundo disseram fontes judiciais.
Pela primeira vez, a audiência não será transmitida pela TV iraquiana, devido a problemas técnicos.
Violência
Também nesta segunda-feira, quatro soldados britânicos ficaram feridos em um ataque com bombas perpetrado contra uma base no sul do Iraque, informou o Ministério da Defesa do Reino Unido.
Um dos militares ficou gravemente ferido e teve de ser levado a um centro hospitalar. Os outros três sofreram ferimentos leves e foram atendidos na própria base militar de Abu Naji, na província meridional de Maysan e próxima à cidade de Al Amarah.
Neste sábado (13), dois soldados britânicos morreram e um terceiro ficou ferido em um ataque perpetrado em Basra, província do sul do Iraque que serve de abrigo à maior parte dos cerca de 9.000 soldados que o Reino Unido mantém no Iraque.
O Exército dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira ter matado 16 terroristas iraquianos suspeitos de vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, incluindo um líder local acusado de ter derrubado um helicóptero americano no dia 1º de abril.
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