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19/05/2006 - 13h48

Prisioneiros atacam guardas em centro de Guantánamo

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da Efe, em Washington
da Folha Online

Um grupo de prisioneiros atacou com armas caseiras os guardas na prisão americana de Guantánamo, mas foram controlados em seguida, disseram nesta sexta-feira fontes militares.

Os guardas tinham entrado ontem em uma cela para evitar que um detido se enforcasse, quando foram atacados por vários prisioneiros com ventiladores, peças de iluminação e armas caseiras, informou o comandante Robert Durand, porta-voz da base militar.

Foi o primeiro incidente conhecido deste tipo na base de Guantánamo, em Cuba, onde os Estados Unidos detém por tempo indeterminado suspeitos de pertencerem à rede terrorista Al Qaeda ou ao movimento Taleban.

Os guardas conseguiram controlar os presos com facilidade, segundo Durand, e os transferiram das instalações de segurança média onde estavam reclusos para outras de máxima segurança.

Também nesta sexta-feira, outros três presos tentaram cometer suicídio mediante a ingestão de remédios que lhes tinham sido receitados, e que tinham guardado para tomar uma dose grande.

O Pentágono não informou se houve feridos no incidente, mas disse que os quatro réus que tentaram cometer suicídio receberam cuidados médicos.

Atualmente, há cerca de 460 detidos em Guantánamo, alguns dos quais estão presos há mais de quatro anos sem que tenham sido apresentadas acusações contra eles.

Relatório

Nesta sexta-feira, um relatório do Comitê da ONU Contra a Tortura divulgado em Genebra pede que os EUA tomem medidas para erradicar qualquer forma de tortura por parte de suas tropas no Afeganistão e no Iraque, e fechem a prisão de Guantánamo, em Cuba.

O documento exige ainda o fim das prisões secretas para suspeitos de terrorismo. Segundo o comitê, os EUA devem "reconhecer que deter pessoas em instalações secretas constitui, em si, um ato de tortura e um castigo cruel, desumano e degradante".

Em fevereiro último, um relatório da ONU já havia apontado que "as condições gerais de detenção [em Guantánamo] equivalem a um trato desumano" e, em certos casos, "tortura".

O texto pedia o fechamento de Guantánamo, mas Washington se negou a aceitar as recomendações do relatório.

O comitê também condenou técnicas de interrogatório que os EUA não consideram tortura, como o "submarino"-- que consiste em enfiar a cabeça do suspeito em um balde com água.

A ONU estabeleceu um prazo de um ano para que Washington corrija seus métodos.

Com agências internacionais

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