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30/06/2006
-
12h55
da agência Lusa, em Washington
O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, nomeou o brasileiro Sérgio Pinheiro --Secretário de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)-- para chefiar a Comissão Especial Independente para o Timor Leste.
A comissão vai trabalhar para estabelecer fatos e circunstâncias relevantes sobre os violentos incidentes que ocorreram no país em 28 e 29 de abril e em 23, 24 e 25 de maio, segundo um comunicado emitido pela ONU, em referência aos confrontos na capital, Dili, que deixaram mais de 30 mortos.
"A comissão inclui esclarecer a responsabilidade pelos acontecimentos e recomendar medidas para assegurar a responsabilização pelos crimes e graves violações dos direitos humanos alegadamente cometidos durante esse período", acrescenta o documento.
Também foram nomeados a sul-africana Zelda Holtsman e o britânico Ralph Zacklin.
A comissão vai iniciar os trabalhos em Dili a partir de julho próximo e terá três meses para conclui-lo. O governo timorense havia pedido a criação de uma comissão de inquérito no último dia 8, o que foi apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU.
A ex-colônia portuguesa vive sua pior crise desde que se tornou independente da Indonésia, em 2002. No final de abril, cerca de 600 militares exonerados realizaram violentos protestos em Dili, denunciando discriminação étnica nas Forças Armadas. Segundo dados oficiais, cinco pessoas morreram, mas os líderes rebeldes falam em até 60 vítimas.
Em maio, a violência foi retomada na cidade, depois que um grupo rebelde atacou um quartel da Polícia Nacional. As forças de Defesa se desarticularam e grupos de civis armados promoveram saques e incendiaram casas, levando mais de 130 mil moradores da capital a deixarem suas casas. A pedido das autoridades timorenses, militares e policiais de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia foram enviados ao país para estabilizar a situação.
Esta semana, a crise teve mais um capítulo. Acusado de ser um dos principais responsáveis pela crise e de distribuir armas a civis para eliminar adversários políticos, o primeiro-ministro Mari Alkatiri renunciou na segunda-feira, atendendo a exigências do presidente Xanana Gusmão. Desde ontem, milhares de partidários manifestam na capital seu apoio a Alkatiri. O presidente negocia a formação de um novo governo, mas já admitiu a possibilidade de dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.
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O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, nomeou o brasileiro Sérgio Pinheiro --Secretário de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)-- para chefiar a Comissão Especial Independente para o Timor Leste.
A comissão vai trabalhar para estabelecer fatos e circunstâncias relevantes sobre os violentos incidentes que ocorreram no país em 28 e 29 de abril e em 23, 24 e 25 de maio, segundo um comunicado emitido pela ONU, em referência aos confrontos na capital, Dili, que deixaram mais de 30 mortos.
"A comissão inclui esclarecer a responsabilidade pelos acontecimentos e recomendar medidas para assegurar a responsabilização pelos crimes e graves violações dos direitos humanos alegadamente cometidos durante esse período", acrescenta o documento.
Também foram nomeados a sul-africana Zelda Holtsman e o britânico Ralph Zacklin.
A comissão vai iniciar os trabalhos em Dili a partir de julho próximo e terá três meses para conclui-lo. O governo timorense havia pedido a criação de uma comissão de inquérito no último dia 8, o que foi apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU.
A ex-colônia portuguesa vive sua pior crise desde que se tornou independente da Indonésia, em 2002. No final de abril, cerca de 600 militares exonerados realizaram violentos protestos em Dili, denunciando discriminação étnica nas Forças Armadas. Segundo dados oficiais, cinco pessoas morreram, mas os líderes rebeldes falam em até 60 vítimas.
Em maio, a violência foi retomada na cidade, depois que um grupo rebelde atacou um quartel da Polícia Nacional. As forças de Defesa se desarticularam e grupos de civis armados promoveram saques e incendiaram casas, levando mais de 130 mil moradores da capital a deixarem suas casas. A pedido das autoridades timorenses, militares e policiais de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia foram enviados ao país para estabilizar a situação.
Esta semana, a crise teve mais um capítulo. Acusado de ser um dos principais responsáveis pela crise e de distribuir armas a civis para eliminar adversários políticos, o primeiro-ministro Mari Alkatiri renunciou na segunda-feira, atendendo a exigências do presidente Xanana Gusmão. Desde ontem, milhares de partidários manifestam na capital seu apoio a Alkatiri. O presidente negocia a formação de um novo governo, mas já admitiu a possibilidade de dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.
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