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03/07/2006 - 20h20

Ataque aéreo de Israel mata membro do Hamas em Gaza

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da Folha Online

Um avião israelense disparou um míssil no norte da faixa de Gaza nesta terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil), matando um membro do grupo islâmico radical Hamas e ferindo ao menos duas pessoas, informaram fontes de segurança palestinas, horas antes do fim do prazo dado por grupos armados palestinos para que Israel liberte prisioneiros.

O Exército de Israel afirmou ter atacado militantes que estavam colocando explosivos perto de uma área ocupada pelas forças israelenses, sem confirmar se houve vítimas.

O extremista palestino morto tinha 29 anos e era membro das brigadas Izzedin al Qassam, braço armado de Hamas, disseram as fontes, sem dar detalhes.

Um ataque aéreo de Israel na Cidade de Gaza, na madrugada de terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil), também atingiu um prédio da Universidade Islâmica, considerada fortaleza do Hamas, que controla o governo palestino. Não há notícia de feridos na ação militar.

Testemunhas palestinas disseram que vários tanques israelenses entraram na cidade de Beit Hanoun, no norte da faixa de Gaza, no início da madrugada. Fontes militares de Israel afirmaram que as tropas ainda estavam posicionadas fora do território palestino.

Israel está aumentando o seu efetivo na fronteira com o norte de Gaza como preparação para uma incursão.

As forças israelenses têm entrado e saído de Gaza em pequenos grupos durante o dia, para realizar, segundo o Exército, operações "limitadas" para encontrar explosivos e túneis.

Cerco

O Exército israelense cercou na madrugada desta terça-feira o principal posto policial da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, em busca de três agentes palestinos suspeitos do seqüestro e assassinato de um jovem colono.

Ao menos 15 jipes do Exército de Israel entraram durante a madrugada em Ramallah, com os militares tomando posição em torno do posto policial, onde estariam os três suspeitos.

Os militares israelenses usavam alto-falantes para exigir dos policiais a entrega dos três suspeitos, que fazem parte das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, grupo armado ligado ao movimento Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Os três foram detidos pela polícia palestina, segundo fontes locais de segurança.

Um porta-voz militar israelense confirmou que soldados cercam o prédio "onde se escondem os autores do seqüestro e assassinato de Eliahu Asheri", o colono morto na semana passada.

Os Comitês da Resistência Popular, um grupo armado palestino, tinham assumido o seqüestro e a execução do colono, após a negativa de Israel de deter sua ofensiva contra a faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelense, Asheri foi executado com um tiro na cabeça imediatamente após seu seqüestro, no dia 25 de junho, antes do início da ofensiva contra a faixa de Gaza.

Recusa

O escritório do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, informou nesta segunda-feira que Israel rejeitou um ultimato divulgado por grupos extremistas palestinos que supostamente mantêm o soldado israelense Gilad Shalit, 19, como refém há oito dias.

Os três grupos extremistas que reivindicaram o seqüestro --Comitês de Resistência Popular, o braço armado do Hamas e o Exército Islâmico-- deram um prazo até as 6h desta terça-feira (zero hora de Brasília) para que Israel liberte mulheres e menores de 18 anos de idade detidos em suas prisões. Caso contrário, os grupos ameaçam "encerrar o caso".

No entanto, fontes da defesa afirmaram nesta segunda-feira que as forças de segurança israelenses continuarão a realizar operações em Gaza.

Um comunicado divulgado pelo escritório de Olmert diz que "Israel não irá se curvar à extorsão da Autoridade Nacional Palestina [ANP] ou do governo do Hamas". "Não haverá negociações para libertar prisioneiros", diz o anúncio.

Olmert se reuniu com autoridades da área da segurança nesta segunda-feira. Em resposta ao ultimato, o chefe das Forças Armadas israelenses, Dan Halutz, disse que Israel "não se curvará a extorsões dos seqüestradores e continuarão a lutar pela libertação de Shalit".

O ministro israelense da Defesa, Amir Peretz, afirmou que a Síria "tem a responsabilidade" pelo destino de Shalit. Segundo Peretz, Israel "saberá chegar aos responsáveis" caso o soldado seja ferido. O líder exilado do Hamas, Khaled Meshal, vive atualmente em Damasco.

Com agências internacionais

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