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05/07/2006 - 16h56

Falha em míssil não diminui ameaça nuclear norte-coreana, diz Bush

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da Folha Online

O presidente americano, George W. Bush, afirmou hoje que a falha no lançamento de um míssil de longa distância não diminui a necessidade de deter o programa nuclear norte-coreano.

A Coréia do Norte realizou hoje um novo teste com míssil, após o lançamento de outros seis mísseis nesta terça-feira, acirrando as tensões na região e causando duras críticas da comunidade internacional.

Entre as armas testadas, está o míssil de longa distância Taepodong-2 --que teria capacidade para atingir o Alasca e falhou 40 segundos após ser lançado, segundo autoridades americanas.

Autoridades do Japão e da Coréia do Sul afirmam que o míssil caiu no oceano, entre a Península da Coréia e o Japão. Os outros seis mísseis caíram no mar do Japão.

"Uma coisa que constatamos é que o míssil não voou por muito tempo", afirmou Bush sobre o míssil Taepodong-2. "Mas isso não diminui nosso desejo de resolver o problema", afirmou.

Segundo Bush, os testes com mísseis "isolaram ainda mais" Pyongyang do resto do mundo. "Estes lançamentos de foguetes isolaram ainda mais o país, o que é triste para o povo norte-coreano", disse.

O líder americano afirmou ainda que espera que a Coréia do Norte "concorde em abandonar seu programa nuclear e aproveite a oportunidade de seguir em frente".

Segundo especialistas, a Coréia do Norte desenvolve mísseis de longa distância na tentativa de se tornar capaz de construir uma bomba nuclear, mas deve levar anos para que isso aconteça.

Japão

Após os testes, o Japão impôs uma série de sanções ao país devido ao lançamento dos mísseis que, segundo o governo japonês, 'ameaçam a estabilidade e a segurança do Leste da Ásia'.

As sanções anunciadas pelo porta-voz do governo, Shinzo Abe, incluem o veto da entrada no Japão de funcionários norte-coreanos e de tripulações de navios e aviões da Coréia do Norte.

Seja o que for que a Coréia do Norte esteja tentando alcançar, nada positivo sairá disto', afirmou o premiê japonês, Junichiro Koizumi, referindo-se aos testes com mísseis.

O ministro japonês das Relações Exteriores, Taro Aso, disse em conversa por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, que é necessário que o Conselho de Segurança da ONU e o G8-- grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia-- enviem uma 'forte mensagem' à Coréia do Norte em relação aos testes e pediu o auxílio russo.

Atendendo ao pedido, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para esta quarta-feira para discutir a questão norte-coreana.

China

A China --o mais próximo aliado da Coréia do Norte-- também expressou preocupação com os testes com mísseis.

"Estamos extremamente preocupados com todos os eventos que estão acontecendo", disse o ministro chinês das Relações Exteriores, Liu Jianchao, em um comunicado.

"Esperamos que todos os lados mantenham a calma e tomem atitudes que levem à paz e à estabilidade na Península da Coréia e no nordeste da Ásia e não adotem posturas que aumentem as tensões e compliquem a situação".

A Coréia do Sul pediu uma "resposta pacífica" aos testes com mísseis norte-coreanos, alertando para o risco de a pressão sobre o país acirrar as tensões na Península da Coréia.

Em um comunicado, o escritório do presidente sul-coreano, Roh Moo-Hyun, pediu que Pyongang seja engajado em um "diálogo paciente" para resolver o impasse em torno dos testes.

União Européia

A União Européia (UE) também condenou veementemente os testes realizados pela Coréia do Norte, dizendo que eles "geram tensões adicionais para a estabilidade regional, em um momento em que, para resolver a questão nuclear na Península da Coréia, é necessária a confiança mútua", segundo uma nota da Presidência rotativa finlandesa do órgão.

No comunicado, a UE pediu a Pyongyang [onde fica a sede do governo norte-coreano] que restabeleça a moratória sobre os testes de mísseis de longo alcance que o país lançou de forma unilateral em 1999 e que retorne às conversações de seis lados --as duas Coréias, Rússia, China, Japão e EUA-- sobre seu programa nuclear.

Segundo a UE, o lançamento dos sete mísseis de teste viola o espírito da declaração conjunta adotada em setembro passado pelos seis países, que tem como objetivo comum uma península sem armas nucleares, e "questiona a sinceridade da Coréia do Norte".

Com agências internacionais

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