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11/07/2006 - 20h37

Israel faz nova incursão em Gaza; policial palestino é morto

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da Folha Online

Tropas israelenses atravessaram a fronteira palestina nas regiões central e sul da faixa de Gaza nesta quarta-feira (noite de terça-feira no Brasil), expandindo a ofensiva que tenta resgatar um soldado seqüestrado e deixando ao menos um palestino morto.

Moradores da área central do território disseram que soldados estavam conduzindo buscas em uma vila ao leste da cidade de Deir el Balah, tendo avançado aproximadamente 150 metros no território palestino.

As forças de Israel já haviam entrado em partes do norte e sul da faixa de Gaza.

O policial palestino Zyad Abu Marafid, membro da Segurança Nacional, foi morto a tiros na madrugada desta quarta-feira por soldados israelenses em Deir el Balah, informaram fontes da segurança palestina.

Marafid foi cercado por soldados israelenses, que abriram fogo perto da aldeia de Abu el Ajin, a leste do campo de refugiados de Deir el Balah.

Tanques e tropas também começaram a se mover no sul de Gaza durante a madrugada de quarta-feira (hora local), em uma nova fase da ofensiva que já dura duas semanas, informaram testemunhas.

De acordo com as fontes, a ofensiva militar avançou cerca de 700 metros no território, perto da cidade de Khan Younis.

Palestinos disseram que tratores estavam destruindo plantações na área e que as forças de Israel determinaram a saída das forças de segurança palestinas da região.

O Exército de Israel confirmou que estava realizando operações na região central da faixa de Gaza.

Ataques aéreos

Israel lançou nesta terça-feira um ataque aéreo no norte da faixa de Gaza contra um grupo de extremistas que preparava o lançamento de foguetes, informaram autoridades palestinas.

Os integrantes de uma facção radical palestina conseguiram escapar dos disparos sem se ferir, disse a fonte sem dar mais detalhes.

O Exército israelense não emitiu nenhum comentário imediato sobre a ação na cidade de Beit Hanoun, próxima da fronteira com Israel.

Em outro ataque realizado mais cedo nesta mesma cidade, aviões israelenses lançaram mísseis contra palestinos que transportavam foguetes, matando um palestino e ferindo gravemente outros dois. Vários civis também ficaram feridos no ataque.

O governo israelense decidiu prosseguir e intensificar, se for necessário, os ataques do Exército contra a faixa de Gaza, iniciados após o seqüestro de um soldado em uma base militar de Israel no dia 25 de junho.

O Exército concentrou unidades de infantaria e blindados na perspectiva de novas grandes ofensivas na região, segundo a rádio militar israelense.

A autorização para o prosseguimento da operação, batizada de Chuva de Verão, foi dada durante consultas entre o premiê israelense, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa Amir Peretz.

Nesta segunda-feira, Olmert prometeu manter a campanha "por tempo indeterminado" até que o soldado Gilad Shalit, 19, seja libertado, e que os lançamentos de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra o sul de Israel sejam suspensos.

Ontem, israelenses mataram nove palestinos --incluindo quatro menores de idade-- em uma série de ataques aéreos contra a faixa de Gaza.

Pesquisa

A maioria dos israelenses aprova a conduta de seu governo [que já causou a morte de mais de 70 palestinos, a maioria civis] após o seqüestro do soldado Gilad Shalit, embora, ao contrário do Executivo, esteja a favor de negociar para conseguir a libertação do militar.

Dos entrevistados, 52% dos israelenses consideram que o governo atua adequadamente na crise deflagrada pela captura de Shalit, enquanto um terço acha que a administração fracassou, segundo resultados divulgados nesta terça-feira pelo Índice da Paz, enquete realizada pela Universidade de Tel Aviv mensalmente.

Por outro lado, 54% criticam o governo por ter respondido à captura do soldado e não ao disparo de foguetes da faixa de Gaza contra Israel.

Outros 57% consideram que a prioridade é resgatar os cidadãos israelenses seqüestrados, enquanto 27% consideram que, às vezes, há considerações mais importantes, como a segurança e outros interesses nacionais.

Ao contrário do governo, 50% dos cidadãos apóiam as negociações com o braço político do grupo terrorista Hamas, que atualmente está no governo, para libertar o soldado, frente a 42% que se opõem.

O Índice da Paz destaca que, de maneira insistente, durante os últimos meses, a população mostra mais inclinação que seus políticos a negociar com o Hamas.

Dos entrevistados, 61% concordam com o governo em qualificar a agressão palestina que resultou na captura do soldado de um ato terrorista e não de uma operação militar.

Com agências internacionais

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