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11/07/2006
-
16h13
da Folha Online
O gabinete do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, recebeu nesta terça-feira da Liga Árabe uma ajuda de US$ 50 milhões --o maior auxílio internacional enviado aos palestinos desde que o grupo terrorista e partido político Hamas venceu as eleições legislativas--, segundo autoridades palestinas.
As fontes, citadas sob a condição de anonimato pela agência Associated Press, informaram que o repasse foi feito sem contato com o Hamas, sendo que os recursos foram remetidos diretamente para Abbas, um líder político moderado do movimento Fatah.
As autoridades palestinas se recusaram a afirmar de que maneira o dinheiro será utilizado.
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas --que prega a destruição de Israel-- acusou nesta terça-feira o governo israelense e os Estados Unidos --que lideram um boicote internacional à ANP-- de empreenderem uma "guerra econômica e diplomática" contra a ANP.
Doadores internacionais suspenderam o envio de ajuda ao Hamas até que o grupo renuncie à violência e aceite os acordos de paz com Israel. O Hamas, que derrotou o Fatah nas eleições parlamentares de janeiro, rejeitou as exigências.
Abbas também acusou hoje Israel de promover uma escalada da violência em Gaza, dizendo que as forças israelenses atacam civis e pioram a crise palestina.
"A situação é extremamente difícil", afirmou Abbas em Amã, após uma reunião com o premiê jordaniano, Marouf al Bakhit. "Os israelenses atacam civis de um lado e a infra-estrutura da Autoridade Nacional Palestina de outro", disse.
Segundo Abbas, as tropas israelenses destroem centrais elétricas e de abastecimento de água na ação militar, assim como prédios do governo. "Mas o mais grave é que estão alvejando civis, incluindo famílias", afirmou. "Todos os dias, um grande número de mulheres e crianças morrem."
O presidente palestino disse que pediu ajuda aos países árabes e à comunidade internacional para resolver a crise, iniciada após o seqüestro de um soldado israelense no último dia 25, em um posto militar em Kerem Shalom, por extremistas palestinos.
Abbas disse ter pedido ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que aja para dar fim ao "massacre" em Gaza.
Cerca de 70 palestinos morreram na região desde o início da ação militar, há 13 dias.
Crise humanitária
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU (Organização das Nações Unidas) lançou no final de junho um novo alerta sobre a crise humanitária que afeta a população palestina, como conseqüência da escalada de violência na faixa de Gaza.
As restrições à circulação dos palestinos pioram a crise alimentícia, ressaltou a entidade, que citou o caso dos pescadores, que estão proibidos de sair ao mar desde o final do mês passado, o que afeta as 35 mil pessoas que vivem diretamente da pesca.
Os agricultores enfrentam graves problemas para chegar aos campos de cultivo, o que está provocando a escassez de produtos alimentícios e o encarecimento daqueles que chegam ao mercado.
O PMA expressou a preocupação da ONU com os cortes de eletricidade que privam a população palestina de "produtos básicos, como alimentos frescos, pão e água", e que afetam os serviços de saúde.
Um dos principais motivos da crise econômica palestina é que o governo da ANP, sob um boicote de seus doadores, tem enfrentado dificuldades em pagar o salário de seus 165 mil funcionários.
No mês passado, servidores da administração palestina fizeram filas nas agências postais para receber parte dos salários atrasados.
Com agências internacionais
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Liga Árabe envia ajuda de US$ 50 mi ao presidente palestino
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O gabinete do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, recebeu nesta terça-feira da Liga Árabe uma ajuda de US$ 50 milhões --o maior auxílio internacional enviado aos palestinos desde que o grupo terrorista e partido político Hamas venceu as eleições legislativas--, segundo autoridades palestinas.
As fontes, citadas sob a condição de anonimato pela agência Associated Press, informaram que o repasse foi feito sem contato com o Hamas, sendo que os recursos foram remetidos diretamente para Abbas, um líder político moderado do movimento Fatah.
As autoridades palestinas se recusaram a afirmar de que maneira o dinheiro será utilizado.
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas --que prega a destruição de Israel-- acusou nesta terça-feira o governo israelense e os Estados Unidos --que lideram um boicote internacional à ANP-- de empreenderem uma "guerra econômica e diplomática" contra a ANP.
Doadores internacionais suspenderam o envio de ajuda ao Hamas até que o grupo renuncie à violência e aceite os acordos de paz com Israel. O Hamas, que derrotou o Fatah nas eleições parlamentares de janeiro, rejeitou as exigências.
Abbas também acusou hoje Israel de promover uma escalada da violência em Gaza, dizendo que as forças israelenses atacam civis e pioram a crise palestina.
"A situação é extremamente difícil", afirmou Abbas em Amã, após uma reunião com o premiê jordaniano, Marouf al Bakhit. "Os israelenses atacam civis de um lado e a infra-estrutura da Autoridade Nacional Palestina de outro", disse.
Segundo Abbas, as tropas israelenses destroem centrais elétricas e de abastecimento de água na ação militar, assim como prédios do governo. "Mas o mais grave é que estão alvejando civis, incluindo famílias", afirmou. "Todos os dias, um grande número de mulheres e crianças morrem."
O presidente palestino disse que pediu ajuda aos países árabes e à comunidade internacional para resolver a crise, iniciada após o seqüestro de um soldado israelense no último dia 25, em um posto militar em Kerem Shalom, por extremistas palestinos.
Abbas disse ter pedido ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que aja para dar fim ao "massacre" em Gaza.
Cerca de 70 palestinos morreram na região desde o início da ação militar, há 13 dias.
Crise humanitária
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU (Organização das Nações Unidas) lançou no final de junho um novo alerta sobre a crise humanitária que afeta a população palestina, como conseqüência da escalada de violência na faixa de Gaza.
As restrições à circulação dos palestinos pioram a crise alimentícia, ressaltou a entidade, que citou o caso dos pescadores, que estão proibidos de sair ao mar desde o final do mês passado, o que afeta as 35 mil pessoas que vivem diretamente da pesca.
Os agricultores enfrentam graves problemas para chegar aos campos de cultivo, o que está provocando a escassez de produtos alimentícios e o encarecimento daqueles que chegam ao mercado.
O PMA expressou a preocupação da ONU com os cortes de eletricidade que privam a população palestina de "produtos básicos, como alimentos frescos, pão e água", e que afetam os serviços de saúde.
Um dos principais motivos da crise econômica palestina é que o governo da ANP, sob um boicote de seus doadores, tem enfrentado dificuldades em pagar o salário de seus 165 mil funcionários.
No mês passado, servidores da administração palestina fizeram filas nas agências postais para receber parte dos salários atrasados.
Com agências internacionais
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