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16/07/2006 - 12h18

Chefe da diplomacia da UE irá a Beirute para negociações

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da Folha Online

O chefe da diplomacia da União Européia (UE), Javier Solana, está a caminho de Beirute para entrar em negociações sobre a escalada da violência entre o Líbano e Israel, informou neste domingo o Ministério da Defesa do Reino Unido.

Solana partiu de uma base britânica em Chipre rumo ao Líbano em um helicóptero militar. Segundo comunicado da UE, Solana deve se encontrar com o primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora.

Ele deve voltar a Bruxelas (capital da Bélgica) na segunda-feira (17).

Diversos países já elaboram planos de retirar seus cidadãos que estejam no Líbano. Equipes de segurança dos EUA chegaram hoje à embaixada americana em Beirute para iniciar o planejamento da retirada dos cidadãos americanos do país --de acordo com a embaixada, há cerca de 25 mil americanos vivendo ou trabalhando no Líbano.

O governo americano informou neste sábado (15) que uma possibilidade para o plano de retirada seria levar os americanos que quiserem deixar o Líbano para Chipre.

O governo da Polônia informou hoje que planeja a retirada de ao menos 150 dos cidadãos poloneses que estão no país. Os poloneses que quiserem deixar o Líbano irão se reunir na embaixada, em Beirute, na terça-feira (18), e partirão para a Síria em ônibus escoltados por veículos militares. Da Síria, serão levados de avião de volta à Polônia, segundo o porta-voz do Ministério do Exterior da Polônia, Andrzej Sados.

Segundo a Embaixada da Polônia no Líbano, cerca de 700 cidadãos poloneses vivem no país, mas entre esses estão incluídos cerca de 230 soldados que fazem parte de uma força de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no país. Os soldados estão em segurança, disse o porta-voz do Ministério da Defesa polonês, Piotr Paszkowski.

França, Espanha e Portugal também preparam planos de retirada de seus cidadãos. A França também prepara um esquema especial para retirar cidadãos franceses do Líbano e levá-los Chipre, de onde eles poderão voar para Paris.

Segundo informações de uma rádio da França, cerca de 17 mil franceses residem no Líbano e entre 4.000 e 6.000 estão naquele país a passeio.

A Embaixada da Espanha no Líbano informou em nota que mantém 'estreito contato' com diplomatas dos outros países da União Européia (UE) para retirar de forma coordenada os cidadãos comunitários que desejarem sair do país árabe.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, por sua vez, afirmou que o governo de Portugal criou condições especiais para retiradas de emergências, mas que nenhum dos portugueses residentes no Líbano contatados manifestou vontade de deixar o país.

O rei Mohammed 4º do Marrocos também deu instruções neste sábado para que comece uma operação de aviões de transporte militar para a retirada dos cidadãos marroquinos que residem ou que estão em trânsito no Líbano, segundo informações do Ministério de Exteriores marroquino.

Um avião deve chegar ao aeroporto de Damasco, de onde os marroquinos serão repatriados. A embaixada do Marrocos em Beirute começou ontem a evacuar dezenas de marroquinos rumo a Damasco, indicaram as fontes.

Ataques

Após ataques sucessivos da força aérea israelense, as pistas de decolagem e pouso do aeroporto internacional de Beirute ficaram destruídas. A força naval israelense impôs um bloqueio naval ao Líbano e mesmo as ligações por terra com o exterior --incluindo a principal estrada do Líbano para a Síria-- ficaram comprometidas após os ataques.

Desde que a recente violência entre os dois países eclodiu na última quarta-feira (12), com um ataque do Hizbollah contra um posto militar israelense --que resultou no seqüestro de dois soldados, além da morte de outros oito militares israelenses--, mais de cem pessoas morreram [entre elas um casal de brasileiros e seus dois filhos, de 4 e 8 anos] e outras 300 ficaram feridas no Líbano devido aos ataques israelenses.

Do lado Israelense, ao menos 20 pessoas morreram [entre elas os oito militares e uma criança de cinco anos] e mais de 260 se feriram, vítimas de foguetes Katyusha lançados do sul do Líbano por membros do Hizbollah. Em uma ação sem precedentes, cerca de 700 foguetes do Hizbollah atingiram 20 cidades israelenses, desde a última quarta-feira.

Com agências internacionais

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