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16/07/2006 - 08h51

EUA descartam "cessar-fogo apressado" para crise no Oriente Médio

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da Efe, em São Petersburgo

Os EUA querem encontrar o caminho para o fim permanente da violência no Oriente Médio e não um cessar-fogo imediato que não resolverá a raiz do problema, afirmou neste domingo a secretária de Estado, Condoleezza Rice.

Em declarações à imprensa que acompanha o presidente dos EUA, George W. Bush, na cúpula do G8 (oito países mais ricos e a Rússia), em São Petersburgo, Rice assegurou que os EUA estão "profundamente preocupados" com a perda de vidas.

Washington, disse, espera que Israel "saiba quais são as conseqüências de seus atos e exerça a moderação, para não trazer dano a vítimas ou infra-estrutura civis".

No entanto, a maneira de solucionar o problema, segundo a secretária de Estado, não é um cessar-fogo declarado de maneira apressada, mas o fim da violência que "chegue à raiz do problema".

Segundo Rice, para resolver a crise é necessário apoiar as forças pacíficas na região, como o presidente palestino Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, além de desarmar os grupos extremistas.

Para isso, a secretária de Estado americana afirmou que é preciso colocar em prática a resolução 1.559 da ONU, cuja aplicação considera impedida por "extremistas do Hamas e do Hizbollah, e os apoios que recebem de Síria e Irã".

A resolução 1.559, aprovada em 2004, exige, entre outros pontos, que todas as milícias no Líbano deponham as armas, incluindo a xiita Hizbollah, e que a Síria abandone sua presença no país vizinho.

Os países representados no G8 --EUA, Canadá, Rússia, Japão, Reino Unido, Itália, França e Alemanha-- debatem na tarde de hoje em sua segunda sessão de trabalho a situação no Oriente Médio, na tentativa de chegar a uma declaração de consenso.

Os EUA mostraram-se esperançosos em obter uma resolução que condene o Hizbollah e proclame a necessidade de pôr em prática a resolução 1.559 após a série de reuniões bilaterais mantidas até o momento pelo presidente George W. Bush.

Bush se reuniu hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e com o presidente francês, Jacques Chirac. Na sexta-feira, o encontro foi com o anfitrião da cúpula, o russo Vladimir Putin.

Em suas declarações após a reunião de hoje com Bush, Chirac afirmou que os dois países "compartilham os mesmos pontos de vista sobre as questões que estão em jogo no Oriente Médio".

"Concordo plenamente com os americanos na necessidade de que a grupo terrorista libanês Hizbollah liberte os dois soldados israelenses que seqüestrou há quatro dias e ponha fim a seus ataques de contra o território israelense", afirmou Chirac, que também defendeu a aplicação da resolução 1.559.

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