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26/07/2006
-
08h07
da Folha Online
O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein apareceu nesta quarta-feira na 39ª audiência de seu processo depois de ser hospitalizado no domingo (23), após 17 dias de greve de fome.
Mais magro, Saddam reclamou que havia sido forçado a comparecer à corte e pediu para ser executado a tiros caso seja condenado à pena de morte. "Eu fui trazido aqui contra minha vontade", afirmou o ex-ditador. "Os americanos insistem em me forçar a vir. Não é justo".
Em seguida, Saddam pediu para ser executado a tiros e "não por enforcamento, como um criminoso comum" caso seja condenado pelo júri.
Saddam e sete de seus ex-colaboradores estão sendo julgados desde 19 de outubro último por tortura e assassinato de 148 xiitas na década de 80, após uma tentativa de assassinato contra o ex-ditador. A promotoria pediu a pena de morte para Saddam e para outros dois réus.
O promotor-chefe, Raouf Abdel-Rahman, disse a Saddam que o julgamento ainda está em curso e que o júri ainda não havia chegado a um veredicto. Execuções em geral são realizadas por enforcamento no Iraque.
O ex-ditador estava pela última vez na corte em 19 de junho, quando o promotor-chefe, Jaafar al Moussawi, pediu a pena de morte para Saddam e para outros dois réus. Neste domingo, o ex-ditador foi hospitalizado, após 17 dias de greve de fome.
Protesto
Saddam e três ex-colaboradores --supostamente Barzan Ibrahim, Taha Yassin Ramadan e Awad al Bandar-- estavam em greve de fome desde 7 de julho em protesto contra os procedimentos do Alto Tribunal Penal Iraquiano e a falta de segurança da equipe de defesa.
Três advogados que defendem Saddam e os outros sete réus foram assassinados desde o início do julgamento, em outubro de 2005. A mais recente morte aconteceu em 21 de junho, quando o advogado Khamis al Obeidi foi assassinado em Bagdá.
Em uma carta à corte, a equipe de defesa pediu que autoridades americanas providenciem segurança aos advogados e às suas famílias. A carta também exigiu um recesso de 45 dias no processo para permitir que a defesa preparasse seus argumentos finais.
Ao ouvir Saddam nesta quarta-feira, a corte já realizou seis dos oito depoimentos finais. Em seguida, a corte deve se reunir para chegar a um veredicto, que deve ser divulgado em agosto.
Em 21 de agosto, deve ter início um segundo julgamento contra Saddam por genocídio contra curdos na década de 80.
Com agências internacionais
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O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein apareceu nesta quarta-feira na 39ª audiência de seu processo depois de ser hospitalizado no domingo (23), após 17 dias de greve de fome.
Mais magro, Saddam reclamou que havia sido forçado a comparecer à corte e pediu para ser executado a tiros caso seja condenado à pena de morte. "Eu fui trazido aqui contra minha vontade", afirmou o ex-ditador. "Os americanos insistem em me forçar a vir. Não é justo".
Em seguida, Saddam pediu para ser executado a tiros e "não por enforcamento, como um criminoso comum" caso seja condenado pelo júri.
Saddam e sete de seus ex-colaboradores estão sendo julgados desde 19 de outubro último por tortura e assassinato de 148 xiitas na década de 80, após uma tentativa de assassinato contra o ex-ditador. A promotoria pediu a pena de morte para Saddam e para outros dois réus.
O promotor-chefe, Raouf Abdel-Rahman, disse a Saddam que o julgamento ainda está em curso e que o júri ainda não havia chegado a um veredicto. Execuções em geral são realizadas por enforcamento no Iraque.
O ex-ditador estava pela última vez na corte em 19 de junho, quando o promotor-chefe, Jaafar al Moussawi, pediu a pena de morte para Saddam e para outros dois réus. Neste domingo, o ex-ditador foi hospitalizado, após 17 dias de greve de fome.
Protesto
Saddam e três ex-colaboradores --supostamente Barzan Ibrahim, Taha Yassin Ramadan e Awad al Bandar-- estavam em greve de fome desde 7 de julho em protesto contra os procedimentos do Alto Tribunal Penal Iraquiano e a falta de segurança da equipe de defesa.
Três advogados que defendem Saddam e os outros sete réus foram assassinados desde o início do julgamento, em outubro de 2005. A mais recente morte aconteceu em 21 de junho, quando o advogado Khamis al Obeidi foi assassinado em Bagdá.
Em uma carta à corte, a equipe de defesa pediu que autoridades americanas providenciem segurança aos advogados e às suas famílias. A carta também exigiu um recesso de 45 dias no processo para permitir que a defesa preparasse seus argumentos finais.
Ao ouvir Saddam nesta quarta-feira, a corte já realizou seis dos oito depoimentos finais. Em seguida, a corte deve se reunir para chegar a um veredicto, que deve ser divulgado em agosto.
Em 21 de agosto, deve ter início um segundo julgamento contra Saddam por genocídio contra curdos na década de 80.
Com agências internacionais
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