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27/07/2006 - 15h53

Veja cronologia dos recentes confrontos entre Israel e o Hizbollah

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da Folha Online

Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah estão em conflito armado desde o último dia 12, quando dois soldados israelenses foram seqüestrados. Outros oito militares foram mortos no ataque. Desde então, Israel tem lançado ataques ao Líbano por terra, ar e mar. O Hizbollah também lança foguetes contra o território israelense.

O saldo dos ataques é de centenas de mortos [a maioria civis libaneses] e cidades libanesas inteiras destruídas, sem água, luz e telefone. Algumas cidades israelenses tiveram prédios danificados.

Veja a seguir a cronologia da crise:

12 de julho: Um ataque do grupo terrorista libanês Hizbollah contra Israel deixa oito soldados israelenses mortos e dois militares seqüestrados e se torna o estopim da atual escalada ocorrida no Oriente Médio. Israel responde com cerca de quarenta ataques aéreos.

13 de julho: O Exército israelense bombardeia o aeroporto de Beirute e outras 21 posições e bases do Hizbollah e do Exército libanês, deixando 46 civis mortos. O Hizbollah dispara dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel, matando três pessoas. Começa o cerco aéreo e marítimo israelense contra o território do Líbano.

14 de julho: Novos ataques aéreos atingem o subúrbio sul de Beirute, bastião do Hizbollah. O premiê israelense, Ehud Olmert, impõe três condições para um cessar-fogo: libertação dos soldados, fim dos disparos de foguetes e a aplicação da resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o desarmamento do Hizbollah. Mais de cem foguetes são lançados em direção a Israel, matando dois civis. O líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, declara 'guerra aberta' contra Israel. Uma fragata israelense é atingida na costa do Líbano, deixando um saldo de quatro marinheiros mortos.

15 de julho: Israel promove incursões na região da fronteira e nos portos de Beirute, Jounyeh e Trípoli. O quartel-general do Hizbollah em Beirute é destruído, em um total de 38 civis mortos. Tiberíades é atacada por foguetes.

16 de julho: Mais de 60 civis são mortos em ataques israelenses. Oito israelenses são mortos em um ataque com foguetes sem precedentes sobre Haifa. O Exército israelense pede à população que deixe o sul do Líbano. O G8 faz um apelo à interrupção dos combates e propõe o envio de uma força de estabilização.

17 de julho: 17: Baalbeck, bastião do Hizbollah, é atingido pelos ataques. Foguetes atingem Haifa, São João de Acre e os arredores de Nazaré. O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, visita Israel e pede 'uma trégua humanitária imediata'. Um ferryboat fretado por Paris retira 900 pessoas, sendo 750 franceses, enquanto centenas de outros estrangeiros continuam a fugir. Cinqüenta e nove civis morrem nos arredores de Beirute, 12 em um ataque contra um microônibus. Olmert denuncia 'o Eixo do Mal' Teerã-Damasco.

18 de julho: Incursões contra quartéis do Exército libanês terminam com 11 militares mortos. Operações de retirada de cidadãos estrangeiros são intensificadas. Os emissários da ONU chegam a Jerusalém. Olmert descarta um cessar-fogo.

19 de julho: Israel amplia seus bombardeios aéreos e navais, deixando ao menos 72 civis mortos. O Gabinete de Segurança israelense autoriza a manutenção das operações no Líbano 'sem limite de tempo'. O Hizbollah responde que pode continuar a bombardear Israel 'durante meses'. Mísseis são disparados contra o centro de Beirute. A cidade de Nazaré é alvo pela primeira vez de foguetes, deixando dois mortos. Na fronteira, confrontos entre combatentes do Hizbollah e soldados israelenses infiltrados no Líbano acabam com dois soldados israelenses mortos. Ocorre a primeira retirada em massa de americanos.

20 de julho: Novos confrontos entre o Hizbollah e soldados israelenses em território libanês deixam dois membros do grupo terrorista mortos. Se multiplicam os apelos internacionais por um cessar-fogo, principalmente do Vaticano, de Moscou e do secretário-geral das Nações Unidas. Intensificam-se as retiradas de estrangeiros do Líbano. Quatro soldados israelenses morrem em conflitos com o Hizbollah no sul do Líbano, segundo um balanço anunciado pelo canal Al Jazira.

21 de julho: Israel alerta civis libaneses a deixarem vilas na região da fronteira e convoca milhares de soldados da reserva, o que indica a intensificação da ofensiva terrestre. A Força Aérea israelense bombardeia edifícios utilizados pelo Hizbollah e locais usados para o lançamento de foguetes. A campanha de Israel no sul do Líbano força ao menos 500 mil pessoas a deixarem suas casas. Bombas atingem pontes e estradas, dificultando a situação dos civis.

22 de julho: Israel toma posições no sul do Líbano, após se envolver em um confronto terrestre com membros do Hizbollah, no primeiro grande combate terrestre desde o início da crise. Foguetes lançados contra o norte de Israel deixam ao menos dois feridos. Forças israelenses bombardeiam centrais de transmissão de emissoras de televisão e antenas retransmissoras de sinais de telefonia celular para atingir a infra-estrutura das comunicações libanesas.

23 de julho: Israel se manifesta favoravelmente ao envio de uma força militar 'formada por países da União Européia' no Líbano. Hizbollah mata duas pessoas em ataque contra a cidade de Haifa. Estrangeiros continuam a serem retirados em operações promovidas por vários países, como Reino Unido, Estados Unidos e Brasil. A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, dá início a uma visita ao Oriente Médio para buscar uma saída para o conflito.

24 de julho: Condoleezza Rice apresenta propostas ao Líbano e a Israel com o objetivo de pôr fim ao conflito entre o Estado israelense e o Hizbollah, mas sustenta que um cessar-fogo somente poderá ser alcançado como parte de um plano mais amplo. Rice se reúne separadamente com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e com a ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni. A Casa Branca ordena o envio urgente de ajuda humanitária às vítimas dos conflitos no Líbano. Dois pilotos da força aérea israelense morrem após a queda de um helicóptero no norte de Israel. O governo do Brasil já resgatou do Líbano 854 cidadãos brasileiros, dos quais 318 foram trazidos para o país em aviões da FAB. A Human Rights Watch revela que Israel utilizou bombas de fragmentação no Líbano.

25 de julho: Quatro membros das forças de observação das Nações Unidas no Líbano são mortos em um bombardeio israelense contra uma base da ONU no sul do Líbano. O Hizbollah anuncia que seus combatentes lançarão foguetes além da cidade de Haifa, no norte de Israel, e adotarão uma tática de guerrilha contra as tropas israelenses. Israel afirma ter matado um comandante do Hizbollah no sul do Líbano. O número de brasileiros que deixaram o Líbano, fugindo dos ataques, já chega a 1.095 pessoas. Condoleezza Rice conclui visita ao Oriente Médio e pede cessar-fogo duradouro. Exército de Israel cria zona de segurança no sul do Líbano e toma a cidade de Bint Jbeil, reduto do Hizbollah.

26 de julho: O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, defende a participação de especialistas das Nações Unidas na investigação que o governo israelense pretende realizar sobre o ataque que matou quatro observadores da ONU. Quinze países participantes da conferência internacional sobre o Líbano, em Roma, pedem a formação de uma força internacional sob o mandato da ONU para dar assistência à população libanesa, mas não chegam a nenhum acordo para exigir um cessar-fogo imediato. O governo libanês afirma que exigirá uma compensação de Israel pela "bárbara destruição" contra o povo do Líbano. O Hizbollah diz que o combate contra Israel entrou em nova fase e que o grupo não aceitará condições "humilhantes" para chegar a um cessar-fogo. A violência já deixou cerca de 400 mortos no Líbano, a maioria civis, e cerca de 40 mortos em Israel.

27 de julho: Aviões e artilharia israelenses realizaram novos ataques contra o Hizbollah no sul do Líbano. Governo libanês anuncia que os mortos na ação militar podem passar de 600. Outras 50 pessoas morreram em Israel --18 delas civis. O Exército de Israel indica que o Hizbollah está se espalhando por todo o Líbano. O Conselho de Segurança das Nações Unidas não chegou a um acordo a respeito de um pronunciamento que condenaria Israel pelas mortes de quatro observadores da ONU. Mais dois vôos trazendo 375 brasileiros que estavam no Líbano chegam ao Brasil. Um total de 1.379 brasileiros já deixaram o Líbano. A rede terrorista Al Qaeda defende em um vídeo que o grupo "não irá se calar" diante dos ataques de Israel em Gaza e no Líbano.

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