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07/08/2006
-
11h44
ELÍAS ZALVÍDAR
da Efe, em Haifa
da Folha Online
Cerca de 2 milhões de israelenses residentes no norte do país, quase um terço da população total, continua nesta segunda-feira sob ataques do grupo terrorista Hizbollah, no 26º dia de conflitos entre Israel e Líbano.
"Esta é a guerra mais difícil da história de Israel desde a guerra da independência", de 1948 a 1949, que terminou com um armistício militar, afirmou nesta segunda-feira à rádio pública o general reformado Yom Tov Samia.
Portanto, disse, com o agravamento dos ataques do Hizbollah, "é preciso ganhar esta guerra por nocaute", disse o militar, que defende uma operação em massa contra o Hizbollah no Líbano.
"A primeira vez que a população esteve ameaçada diretamente pelos mísseis de Bagdá foi sob os ataques dos foguetes do Iraque contra Tel Aviv e Haifa durante a guerra do Golfo (1991) --da qual Israel não participava--, mas o pânico nunca foi tão grande como agora", disse o professor Isaac Peled, em Haifa.
Em janeiro e fevereiro de 1991, o Iraque lançou 41 mísseis contra Israel de uma distância de 500 quilômetros, matando uma pessoa por impacto direto e deixando centenas de feridos e muitas perdas materiais.
Peled, cirurgião plástico uruguaio do hospital Rambam, em Haifa, disse que os foguetes Katyusha "produzem, principalmente, ferimentos multiorgânicos, pois têm uma metralha que perfura os tecidos, cavidades e também produz fraturas".
"A população está agüentando a situação heroicamente", disse o neurocirurgião José Guilburd, também do Rambam. "A maior parte dos israelenses apóia o governo e o Exército", acrescentou.
A tradicional doutrina militar de Israel desde a guerra de 1948 --na qual um terço dos mortos eram civis--, antes da "era dos mísseis" terra-terra, consistia em "levar a batalha ao território do inimigo", como no conflito de 1967, quando Israel invadiu territórios do Egito, da Síria, além de Cisjordânia e Gaza.
Os membros ho Hizbollah --que para os israelenses são "ponta de lança da Síria e do Irã", cujo presidente, Mahmoud Ahmadinejad, pede para "apagar Israel do mapa" --lançaram desde 12 de julho [quando tiveram início os conflitos] mais de 2.700 foguetes [contra o norte de Israel]. Fontes militares e policiais calculam que outros 2.000 caíram em regiões despovoadas.
"Meus tios perderam a casa, atingida por um Katyusha, mas salvaram sua vida porque estavam em um abrigo", disse Dror Elazar, especialista em planejamento do transporte público em vários países da América Latina.
Uma alta porcentagem da população de Haifa e de dezenas de regiões da Galiléia --onde paradoxalmente reside a maioria dos cidadãos árabes do país, que também estão sendo afetados pelos Katyusha-- está há um mês sem trabalhar, sem receber salário, disse. "Há pessoas que não têm o que comer", acrescentou.
Guilburg, que está há mais de 30 anos em Israel e no hospital Rambam, disse acreditar que "Israel está levantando a bandeira contra o terrorismo mundial, e que o Hisbollah é a organização (terrorista) mais importante depois da Al Qaeda".
O Exército israelenses informou hoje que desde o início da violência morreram 54 soldados e 36 civis, proporção muito maior que em conflitos anteriores. Os soldados feridos em combate somam 184, e o número de civis feridos chega a 522. No lado Libanês, as mortes ultrapassam mil, das quais 900 são civis.
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da Efe, em Haifa
da Folha Online
Cerca de 2 milhões de israelenses residentes no norte do país, quase um terço da população total, continua nesta segunda-feira sob ataques do grupo terrorista Hizbollah, no 26º dia de conflitos entre Israel e Líbano.
"Esta é a guerra mais difícil da história de Israel desde a guerra da independência", de 1948 a 1949, que terminou com um armistício militar, afirmou nesta segunda-feira à rádio pública o general reformado Yom Tov Samia.
Portanto, disse, com o agravamento dos ataques do Hizbollah, "é preciso ganhar esta guerra por nocaute", disse o militar, que defende uma operação em massa contra o Hizbollah no Líbano.
"A primeira vez que a população esteve ameaçada diretamente pelos mísseis de Bagdá foi sob os ataques dos foguetes do Iraque contra Tel Aviv e Haifa durante a guerra do Golfo (1991) --da qual Israel não participava--, mas o pânico nunca foi tão grande como agora", disse o professor Isaac Peled, em Haifa.
Em janeiro e fevereiro de 1991, o Iraque lançou 41 mísseis contra Israel de uma distância de 500 quilômetros, matando uma pessoa por impacto direto e deixando centenas de feridos e muitas perdas materiais.
Peled, cirurgião plástico uruguaio do hospital Rambam, em Haifa, disse que os foguetes Katyusha "produzem, principalmente, ferimentos multiorgânicos, pois têm uma metralha que perfura os tecidos, cavidades e também produz fraturas".
"A população está agüentando a situação heroicamente", disse o neurocirurgião José Guilburd, também do Rambam. "A maior parte dos israelenses apóia o governo e o Exército", acrescentou.
A tradicional doutrina militar de Israel desde a guerra de 1948 --na qual um terço dos mortos eram civis--, antes da "era dos mísseis" terra-terra, consistia em "levar a batalha ao território do inimigo", como no conflito de 1967, quando Israel invadiu territórios do Egito, da Síria, além de Cisjordânia e Gaza.
Os membros ho Hizbollah --que para os israelenses são "ponta de lança da Síria e do Irã", cujo presidente, Mahmoud Ahmadinejad, pede para "apagar Israel do mapa" --lançaram desde 12 de julho [quando tiveram início os conflitos] mais de 2.700 foguetes [contra o norte de Israel]. Fontes militares e policiais calculam que outros 2.000 caíram em regiões despovoadas.
"Meus tios perderam a casa, atingida por um Katyusha, mas salvaram sua vida porque estavam em um abrigo", disse Dror Elazar, especialista em planejamento do transporte público em vários países da América Latina.
Uma alta porcentagem da população de Haifa e de dezenas de regiões da Galiléia --onde paradoxalmente reside a maioria dos cidadãos árabes do país, que também estão sendo afetados pelos Katyusha-- está há um mês sem trabalhar, sem receber salário, disse. "Há pessoas que não têm o que comer", acrescentou.
Guilburg, que está há mais de 30 anos em Israel e no hospital Rambam, disse acreditar que "Israel está levantando a bandeira contra o terrorismo mundial, e que o Hisbollah é a organização (terrorista) mais importante depois da Al Qaeda".
O Exército israelenses informou hoje que desde o início da violência morreram 54 soldados e 36 civis, proporção muito maior que em conflitos anteriores. Os soldados feridos em combate somam 184, e o número de civis feridos chega a 522. No lado Libanês, as mortes ultrapassam mil, das quais 900 são civis.
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