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10/08/2006 - 12h56

Israel toma cidade-chave no Líbano, Hizbollah lança 70 foguetes

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da Folha Online

Israel assumiu o controle da cidade estratégica de Marjayoun --predominantemente cristã, e que fica a 8 km da fronteira--, que foi usada como base militar de Israel durante os 18 anos de ocupação do território libanês. Apesar disso, o grupo terrorista Hizbollah manteve suas ações e lançou 70 foguetes contra o norte de Israel, matando um menino de três anos e sua mãe, em Carmiel. Outras 11 pessoas se feriram.

Durante a operação de Israel, houve intensos ataques de artilharia, com apoio aéreo, contra a cidade de Khiam e redondezas, onde haveria bases do Hizbollah. Além de Marjayoun, os israelenses também tomaram Qlaiah, e impuseram toque de recolher às duas cidades.

Apesar dos bombardeios desta quinta-feira, a ampliação da ofensiva israelense foi suspensa temporariamente a fim de dar tempo à ONU (Organização das Nações Unidas), que tenta conseguir um acordo de cessar-fogo. A extensão dos ataques israelenses foi aprovado nesta quarta-feira pelo Gabinete de Segurança.

O Conselho de Segurança (CS) da ONU ainda não decidiu sobre a instalação de tropas internacionais na região do sul do Líbano, que teriam a finalidade de isolar o Hizbollah, impor um cessar-fogo e devolver o controle da região ao Exército libanês.

"Nós demos um pouco mais de tempo para ver se há a possibilidade de resolver a questão por meios diplomáticos", disse Yitzhak Herzog, membro do Gabinete de Segurança de Israel.

O estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados israelenses no último dia 12, levado a cabo pelo Hizbollah. A ação deixou ainda outros oito soldados e dois membros do Hizbollah mortos. Desde então, Israel ataca o Líbano por terra, ar e mar, deixando inúmeras cidades libanesas destruídas, sem luz, água e telefone.

Ao menos 1.002 civis morreram --sendo 30% deles crianças com menos de 12 anos--, assim como 30 militares e policiais libaneses, desde o início da ofensiva em 12 de julho, informou a Comissão de Resgate do governo libanês. No lado israelense, as baixas ultrapassam cem --65 são soldados.

Ontem, Israel sofreu sua maior baixa entre militares desde o início dos combates, quando 15 soldados morreram.

Foguetes

Vários foguetes, dos 70 lançados pelo Hizbollah hoje, caíram nas localidades de Nahariya e Kiryat Shmona, sem causar feridos nem danos materiais, segundo a rádio pública israelense.

A imprensa israelense debate hoje o tema dos foguetes antitanque empregados pelos combatentes do Hizbollah, que têm causado a maior parte das baixas entre os soldados israelenses no conflito.

Segundo a rádio israelense, ao longo dos anos o Hizbollah vem acumulando dezenas de milhares de foguetes antitanque, procedentes de Síria, Irã e Coréia do Norte.

Além disso, a emissora informou que as forças israelenses começaram a pesquisar uma defesa especial contra as armas, porém o desenvolvimento foi retardado devido a cortes no orçamento.

Uma companhia israelense teria desenvolvido um sistema avançado de defesa, capaz de impedir qualquer tentativa de atacar veículos blindados, tendo passado com sucesso por vários testes, mas também sem ter sido aprovado por falta de financiamento.

Com agências internacionais

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