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10/08/2006 - 13h47

Bush comenta alerta terrorista e diz que EUA são "país em guerra"

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da Folha Online

O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou nesta quinta-feira que os atentados terroristas frustrados pela polícia britânica recordam que os Estados Unidos continua sendo um "país em guerra" depois dos ataques do 11 de setembro de 2001.

Essa guerra, segundo Bush, é contra os "fascistas islâmicos".

"As recentes detenções das quais nossos cidadãos estão sendo informados constituem uma recordação de que esta nação está em guerra contra os fascistas islâmicos que querem utilizar qualquer meio para destruir os que amam a liberdade e golpear nossa nação", afirmou o presidente ao chegar em Green Bay (norte dos EUA), onde participa em um ato político doméstico.

O presidente também se declarou convencido de que seu país está agora mais seguro do que antes dos atentados do 11/9, em sua primeira declaração depois do anúncio pela polícia britânica de que desbaratou uma série de atentados contra vôos comerciais.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, Bush estava informado desde domingo (6) sobre a existência desse plano de atentados terroristas.

Bush manteve uma teleconferência de 47 minutos no domingo com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, informou Snow, a bordo do avião presidencial Air Force One, no qual Bush viajou de Wisconsin (norte) para o comício político.

O presidente voltou a falar ontem com Blair para se inteirar mais dos fatos à medida que se aproximava o início da operação policial britânica.

Na quarta-feira, Bush aprovou as recomendações de seu governo de elevar o nível do alerta terrorista.

Vôos

As autoridades americanas implantaram medidas e controles de segurança extras, e cancelaram alguns vôos com destino ao Reino Unido, por causa do plano terrorista desarticulado em Londres.

Os passageiros formam longas filas em alguns dos aeroportos mais importantes do país, onde os vôos com destino à capital britânica sofrem atrasos de várias horas e, em alguns casos, já foram cancelados até novo aviso.

Algumas companhias, como a United Airlines, ofereceram a seus clientes a possibilidade de mudar gratuitamente o destino de suas passagens para Londres.

As pessoas que decidirem manter seus planos terão que enfrentar atrasos, devido às medidas extras de segurança adotadas hoje, como a proibição de transportar qualquer tipo de líquido ou gel na bagagem de mão.

"Isto inclui bebidas, xampus, protetor solar, cremes, pasta de dentes, laquê de cabelo e outras substâncias de consistência parecida", afirmou uma declaração divulgada pelo Departamento de Segurança Nacional.

As únicas exceções são os alimentos e remédios para crianças, mas os portadores devem apresentá-los na revista prévia ao embarque nos pontos de controle.

As autoridades de segurança também avisaram que os passageiros procedentes ou com destino ao Reino Unido serão alvo de inspeções mais minuciosas.

Lentidão

As medidas causaram frustração entre os cidadãos que se amontoam em filas cada vez mais longas, e começam a lotar as lixeiras com garrafas de todo tipo, potes de cremes e maquiagem.

Segundo o secretário de Segurança Nacional dos EUA, Michael Chertoff, o plano terrorista desarticulado previa o uso de ingredientes líquidos de explosivos e detonadores, que seriam introduzidos nos aviões "cuidadosamente camuflados como bebidas, aparelhos eletrônicos ou outros objetos de uso cotidiano".

Em entrevista coletiva, Chertoff transmitiu hoje uma clara mensagem a todos os passageiros de companhias aéreas, no sentido de que devem se preparar para esperas mais longas que o normal nos aeroportos e conferir a situação de seus vôos, que podem ser cancelados.

As autoridades americanas também recomendaram aos que pensam em voar hoje que cheguem aos aeroportos uma hora antes do horário de embarque, para que tenham tempo de passar pelos controles adicionais adotados como prevenção.

Além dos aeroportos, os corpos de segurança anunciaram que o nível de alerta também foi reforçado em outros meios de transporte, como o metrô de Washington.

Com Efe e France Presse

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