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15/08/2006 - 10h37

Violência atinge até 1 milhão de crianças britânicas, diz Unicef

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da Ansa, em Londres

Cerca de 1 milhão de crianças britânicas estariam vivendo sob violência doméstica constante, concluiu um relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) publicado nesta terça-feira.

De acordo com a organização, entre 240 mil e 963 mil crianças britânicas foram vítimas de violência doméstica por parte de algum membro da família ou de babás.

Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 275 milhões de crianças sofram com a violência doméstica. Nesse sentido, Amaya Gillespie, diretora do secretariado da ONU para o Estudo da Violência contra o Menor, declarou que devem ser criadas mais estratégias para resolver este problema.

"Estamos começando a desenvolver um panorama global deste flagelo e estamos em posição de pedir aos governos e sociedades que detenham a exposição das crianças à violência doméstica", disse.

Segundo o estudo, o efeito da violência doméstica poderia afetar o rendimento escolar das crianças ou torná-las pessoas violentas.

O governo do Reino Unido informou estar tomando todas medidas necessárias para lidar com este problema. "A tragédia é que isto ocorre nos lares e, quando ocorre, os mais afetados acabam sendo as crianças", explicou uma porta-voz do Ministério do Interior.

As autoridades procuram informar os pais sobre o risco destas práticas de violência doméstica, que são severamente punidas no país. "O fato de as pessoas falarem destes assuntos, de os professores se instruírem para ensinar aos pais a não serem violentos, demonstra que o problema está entrando em uma nova etapa", acrescentou a porta-voz.

Segundo o estudo da Unicef intitulado "Atrás das Portas Fechadas: O Impacto da Violência Doméstica nas Crianças", 1 entre 14 crianças britânicas vai mal nas provas escolares em conseqüência da violência doméstica. Além disso, explica que os menores violentados têm mais chances de tornarem-se pessoas violentas em seus lares.

A Sociedade Nacional de Proteção da Criança (NSPCC) afirmou que o governo deveria fazer mais para educar as crianças sobre o problema da violência doméstica.

"Se as crianças puderem identificar estes problemas e não sentirem que é algo natural, isto ajudaria muito no processo contra a violência doméstica", explicou Emily Arkell, da NSPCC.

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