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25/08/2006
-
09h57
da Efe, em Jerusalém
da Folha Online
Famílias de soldados israelenses que morreram nos 34 dias de combates entre Israel e o grupo terrorista Hizbollah, no Líbano, uniram-se nesta sexta-feira a milhares de reservistas que exigem uma investigação judicial sobre a atuação do governo e a renúncia do primeiro-ministro Ehud Olmert, pelos erros cometidos durante o conflito.
Ontem, pela primeira vez desde o início dos combates que duraram 34 dias, o comando militar israelense admitiu ter cometido falhas na condução de sua ofensiva no Líbano, que deixou 1.183 mortos no Líbano e cerca de 160 em Israel, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
As manifestações --que começaram esta semana após o retorno dos reservistas convocados durante a ofensiva-- se intensificaram ontem, em frente à sede do governo e ao Palácio da Justiça, em Jerusalém.
Os reservistas acusam seus comandantes de falta de idoneidade, indecisão e ordens contraditórias. Eles denunciam também a falta de equipamentos adequados para o combate, inclusive alimentos.
Os pais de um dos soldados mortos, o sargento Rafael Moskal, ameaçaram iniciar uma greve de fome diante do escritório de Olmert, se ele não renunciar num prazo de quatro dias.
Moskal morreu na aldeia libanesa de Ras al Maroun. Seus pais lideraram hoje um comboio que se dirigiu do centro do país rumo ao túmulo da ex-primeira-ministra Golda Meir, no cemitério militar de Jerusalém, no monte Teodoro Herzl, onde estão os corpos de 4.000 soldados.
Golda Meir se viu obrigada a renunciar após a Guerra do Iom Kipur, em outubro de 1973, por causa dos erros de seu governo e das autoridades militares. Ela é vista pelos manifestantes como um "símbolo da responsabilidade", justamente por ter deixado seu cargo após admitir falhas.
Entre os manifestantes, alguns exigem uma investigação independente do comportamento do governo de Olmert, de seu ministro da Defesa, Amir Peretz, e do chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz. Outros pedem a renúncia imediata dos três.
Segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 63% dos israelenses querem a renúncia do chefe do Governo; 74% a de Peretz, líder do Partido Trabalhista, e 54% a de Halutz.
O ministro de Cultura, Ciência e Esportes, o trabalhista Ophir Pines Paz, disse ontem que Olmert levará ao Conselho de Ministros, neste domingo (3), uma proposta para promover uma investigação sobre "os erros cometidos durante a guerra".
Peretz disse aos jornalistas que o "objetivo imediato" das autoridades militares é "restabelecer o estado de prontidão" do Exército. "Estamos numa batalha pela futura imagem de nossas Forças Armadas", disse, aparentemente admitindo a perda da capacidade de dissuasão diante do Hizbollah.
Pines Paz disse que o governo terá que aceitar uma investigação independente, presidida por uma personalidade como um juiz da Suprema Corte de Justiça, para recuperar a confiança da opinião pública.
Olmert e Peretz decidiram submeter a uma "comissão de analistas" --formada por cinco generais da reserva e um industrial-- uma análise dos erros cometidos. Mas o grupo abandonou a missão depois do primeiro dia de deliberações, cedendo à pressão da opinião pública, que pedia uma investigação judicial.
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Famílias de soldados mortos exigem renúncia do premiê de Israel
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da Folha Online
Famílias de soldados israelenses que morreram nos 34 dias de combates entre Israel e o grupo terrorista Hizbollah, no Líbano, uniram-se nesta sexta-feira a milhares de reservistas que exigem uma investigação judicial sobre a atuação do governo e a renúncia do primeiro-ministro Ehud Olmert, pelos erros cometidos durante o conflito.
Ontem, pela primeira vez desde o início dos combates que duraram 34 dias, o comando militar israelense admitiu ter cometido falhas na condução de sua ofensiva no Líbano, que deixou 1.183 mortos no Líbano e cerca de 160 em Israel, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
Jim Hollander/Efe |
Famílias de soldados mortos no Líbano protestam contra o governo israelense |
Os reservistas acusam seus comandantes de falta de idoneidade, indecisão e ordens contraditórias. Eles denunciam também a falta de equipamentos adequados para o combate, inclusive alimentos.
Os pais de um dos soldados mortos, o sargento Rafael Moskal, ameaçaram iniciar uma greve de fome diante do escritório de Olmert, se ele não renunciar num prazo de quatro dias.
Moskal morreu na aldeia libanesa de Ras al Maroun. Seus pais lideraram hoje um comboio que se dirigiu do centro do país rumo ao túmulo da ex-primeira-ministra Golda Meir, no cemitério militar de Jerusalém, no monte Teodoro Herzl, onde estão os corpos de 4.000 soldados.
Golda Meir se viu obrigada a renunciar após a Guerra do Iom Kipur, em outubro de 1973, por causa dos erros de seu governo e das autoridades militares. Ela é vista pelos manifestantes como um "símbolo da responsabilidade", justamente por ter deixado seu cargo após admitir falhas.
Entre os manifestantes, alguns exigem uma investigação independente do comportamento do governo de Olmert, de seu ministro da Defesa, Amir Peretz, e do chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz. Outros pedem a renúncia imediata dos três.
Segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 63% dos israelenses querem a renúncia do chefe do Governo; 74% a de Peretz, líder do Partido Trabalhista, e 54% a de Halutz.
O ministro de Cultura, Ciência e Esportes, o trabalhista Ophir Pines Paz, disse ontem que Olmert levará ao Conselho de Ministros, neste domingo (3), uma proposta para promover uma investigação sobre "os erros cometidos durante a guerra".
Peretz disse aos jornalistas que o "objetivo imediato" das autoridades militares é "restabelecer o estado de prontidão" do Exército. "Estamos numa batalha pela futura imagem de nossas Forças Armadas", disse, aparentemente admitindo a perda da capacidade de dissuasão diante do Hizbollah.
Pines Paz disse que o governo terá que aceitar uma investigação independente, presidida por uma personalidade como um juiz da Suprema Corte de Justiça, para recuperar a confiança da opinião pública.
Olmert e Peretz decidiram submeter a uma "comissão de analistas" --formada por cinco generais da reserva e um industrial-- uma análise dos erros cometidos. Mas o grupo abandonou a missão depois do primeiro dia de deliberações, cedendo à pressão da opinião pública, que pedia uma investigação judicial.
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