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31/08/2006
-
13h21
da Folha Online
O Irã não dá sinais de ter congelado seu programa de enriquecimento de urânio, apesar do ultimato da ONU (Organização das Nações Unidas), que deu 30 dias para que o país interrompesse suas atividades nucleares para não sofrer sanções.
Uma fonte muito próxima à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU) informou à agência de notícias Associated Press que centrífugas iranianas processavam gás para o enriquecimento de urânio até esta terça-feira (29) --último dia em que inspetores da agência fiscalizaram usinas no Irã. O enriquecimento de urânio é um processo que pode tanto produzir combustível para usinas de energia quanto material bélico.
Imediatamente após tomar conhecimento do resultado do relatório da ONU, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse em discurso em Salt Lake City, no Estado de Utah, que se o Irã não cessar suas atividades nucleares, como exige a ONU, deverá arcar com as conseqüências de sua decisão.
"É hora do Irã escolher. Nós fizemos nossa escolha. Continuaremos cooperando estreitamente com nossos aliados para encontrar uma solução diplomática, mas a atitude desafiante do Irã deve ter conseqüências e não se pode permitir que o Irã fabrique armas nucleares", disse.
Em resposta, o vice-presidente da Organização Iraniana de Energia Atômica, Mohammad Saidi, afirmou que o programa nuclear iraniano "não é negativo" e que o enriquecimento de urânio continuará com caráter de "pesquisa".
O prazo-limite imposto pela ONU no último dia 30 de julho termina nesta quinta-feira. Antes do ultimato, os cinco membros permanentes do órgão [EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, todos com direito a veto], mais a Alemanha haviam oferecido um pacote de incentivos econômicos e políticos em troca da cooperação iraniana, que não será anulado, caso o Irã mude de idéia.
Nesta quinta-feira, antes de a ONU divulgar seu mais recente relatório a respeito do programa nuclear iraniano, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse em discurso público que seu país nunca renunciará à energia nuclear pacífica.
Embora a resposta oficial do Irã a respeito do ultimato ainda não tenha sido divulgada, a fala de Ahmadinejad já sinaliza o que vem pela frente.
Como dito em várias ocasiões, e por diferentes autoridades iranianas, Teerã não pretende parar de enriquecer urânio, alegando que suas atividades neste setor são para finalidades civis e pacíficas. Os Estados Unidos, apoiados por países ocidentais, acusam o Irã de ter outro objetivo: a construção de armas nucleares, entre elas uma bomba atômica.
Ultimato
Há um mês, o CS da ONU deu 30 dias de prazo para que o Irã respondesse a um pedido formal de interrupção de enriquecimento de urânio, sujeito a punições. Apesar disso, declarações feitas nesta terça-feira por Emyr Jones Parry, embaixador britânico na ONU, demonstram que o conselho deve descartar sanções imediatas contra o país.
O relatório elaborado pelo chefe da AIEA, Mohamed El Baradei, que será entregue hoje ao Conselho de Segurança (CS) da ONU, visa a dar informações para que sejam adotadas ou não as exigências contidas na resolução 1.696.
Apesar de a resolução ter sido aprovada por 14 votos contra 1 (Qatar), dois dos cinco membros com direito a veto no CS da ONU --Rússia e China-- podem dificultar o cumprimento das sanções --ambos são parceiros comerciais do Irã.
Com agências internacionais
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O Irã não dá sinais de ter congelado seu programa de enriquecimento de urânio, apesar do ultimato da ONU (Organização das Nações Unidas), que deu 30 dias para que o país interrompesse suas atividades nucleares para não sofrer sanções.
Uma fonte muito próxima à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU) informou à agência de notícias Associated Press que centrífugas iranianas processavam gás para o enriquecimento de urânio até esta terça-feira (29) --último dia em que inspetores da agência fiscalizaram usinas no Irã. O enriquecimento de urânio é um processo que pode tanto produzir combustível para usinas de energia quanto material bélico.
Imediatamente após tomar conhecimento do resultado do relatório da ONU, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse em discurso em Salt Lake City, no Estado de Utah, que se o Irã não cessar suas atividades nucleares, como exige a ONU, deverá arcar com as conseqüências de sua decisão.
"É hora do Irã escolher. Nós fizemos nossa escolha. Continuaremos cooperando estreitamente com nossos aliados para encontrar uma solução diplomática, mas a atitude desafiante do Irã deve ter conseqüências e não se pode permitir que o Irã fabrique armas nucleares", disse.
Em resposta, o vice-presidente da Organização Iraniana de Energia Atômica, Mohammad Saidi, afirmou que o programa nuclear iraniano "não é negativo" e que o enriquecimento de urânio continuará com caráter de "pesquisa".
O prazo-limite imposto pela ONU no último dia 30 de julho termina nesta quinta-feira. Antes do ultimato, os cinco membros permanentes do órgão [EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, todos com direito a veto], mais a Alemanha haviam oferecido um pacote de incentivos econômicos e políticos em troca da cooperação iraniana, que não será anulado, caso o Irã mude de idéia.
AP |
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã |
Embora a resposta oficial do Irã a respeito do ultimato ainda não tenha sido divulgada, a fala de Ahmadinejad já sinaliza o que vem pela frente.
Como dito em várias ocasiões, e por diferentes autoridades iranianas, Teerã não pretende parar de enriquecer urânio, alegando que suas atividades neste setor são para finalidades civis e pacíficas. Os Estados Unidos, apoiados por países ocidentais, acusam o Irã de ter outro objetivo: a construção de armas nucleares, entre elas uma bomba atômica.
Ultimato
Há um mês, o CS da ONU deu 30 dias de prazo para que o Irã respondesse a um pedido formal de interrupção de enriquecimento de urânio, sujeito a punições. Apesar disso, declarações feitas nesta terça-feira por Emyr Jones Parry, embaixador britânico na ONU, demonstram que o conselho deve descartar sanções imediatas contra o país.
O relatório elaborado pelo chefe da AIEA, Mohamed El Baradei, que será entregue hoje ao Conselho de Segurança (CS) da ONU, visa a dar informações para que sejam adotadas ou não as exigências contidas na resolução 1.696.
Apesar de a resolução ter sido aprovada por 14 votos contra 1 (Qatar), dois dos cinco membros com direito a veto no CS da ONU --Rússia e China-- podem dificultar o cumprimento das sanções --ambos são parceiros comerciais do Irã.
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