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05/09/2006
-
08h13
da Folha Online
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, prevê que Israel suspenda o bloqueio aéreo e naval sobre o Líbano em 48 horas, segundo declarou em entrevista coletiva em Alexandria (Egito), nesta terça-feira, após reunir-se como o presidente Hosni Mubarak.
O encontro das duas autoridades ocorreu no Palácio Ras al Tin, onde Annan também se reunirá com o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, na sua visita de poucas horas ao país.
"Todos estamos trabalhando muito duro e, com um pouco de boa vontade e razão, deveríamos ser capazes de resolver esse assunto nas próximas 48 horas", afirmou.
Israel impõe um bloqueio aéreo e naval ao Líbano mesmo após o cessar-fogo iniciado em 14 de agosto, quando foram interrompidos os ataques entre as forças israelenses e o grupo terrorista libanês Hizbollah. Israel alega que o bloqueio tem por objetivo tentar impedir que o Hizbollah tenha acesso a armas provenientes de outros países --como Síria e Irã.
Em 34 dias de conflito, Israel atacou o líbano po ar, terra e mar, deixando cidades inteiras arrasadas, muitas delas sem água, luz e telefone. Mais de 1.200 pessoas morreram no Líbano, a maioria delas civis. O Hizbollah também atacou cidades no norte de Israel, causando danos a edificações. Em Israel, cerca de 200 pessoas morreram, a maioria militares.
Mediação
Ontem, Annan conseguiu que Israel e Hizbollah concordassem com a mediação da ONU para negociar a libertação de dois soldados israelenses seqüestrados pelo grupo xiita em 12 de julho último, ação considerada o estopim da atual crise.
"Os dois lados aceitaram os esforços do secretário-geral para ajudar a resolver esse problema. Vou indicar uma pessoa para trabalhar discretamente com ambos os lados", disse, ainda na Arábia Saudita.
Annan faz uma viagem de 11 dias ela região a fim de tentar unir esforços para manter o cessar-fogo entre Israel e Hizbollah.
Nasrallah
Apesar de concordar com a intermediação da ONU, O líder do Hizbollah, xeque Nassan Nasrallah, disse nesta terça-feira que o grupo xiita não entregará suas armas, alegando que seu arsenal tem apenas a finalidade de servir como defesa.
Em um a longa entrevista publicada pelo jornal libanês "As Safir", Nasrallah diz que "o Hizbollah guardará seus mísseis como foi feito no período de 1996 a 2006, sem utilizá-los. Durante o atual conflito, o grupo xiita lançou cerca de 4.000 foguetes contra o norte de Israel.
"Só usaremos [os foguetes] em caso de guerra contra o Líbano", acrescentou.
Em 1996, Israel que ainda ocupava o sul do Líbano, lançou uma ofensiva contra o grupo conhecida como Vinhas da Ira, em resposta a ataques do Hizbollah. Na época, o massacre levou o Conselho de Segurança da ONU a aprovar uma resolução pedindo o fim de cinco semanas de bombardeios israelenses ao sul do Líbano e dos ataques do Hizbollah a Israel.
As tropa israelenses se retiraram da região em 2000.
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Israel pode suspender bloqueio ao Líbano em 48 horas, diz ONU
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O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, prevê que Israel suspenda o bloqueio aéreo e naval sobre o Líbano em 48 horas, segundo declarou em entrevista coletiva em Alexandria (Egito), nesta terça-feira, após reunir-se como o presidente Hosni Mubarak.
O encontro das duas autoridades ocorreu no Palácio Ras al Tin, onde Annan também se reunirá com o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, na sua visita de poucas horas ao país.
"Todos estamos trabalhando muito duro e, com um pouco de boa vontade e razão, deveríamos ser capazes de resolver esse assunto nas próximas 48 horas", afirmou.
Israel impõe um bloqueio aéreo e naval ao Líbano mesmo após o cessar-fogo iniciado em 14 de agosto, quando foram interrompidos os ataques entre as forças israelenses e o grupo terrorista libanês Hizbollah. Israel alega que o bloqueio tem por objetivo tentar impedir que o Hizbollah tenha acesso a armas provenientes de outros países --como Síria e Irã.
Em 34 dias de conflito, Israel atacou o líbano po ar, terra e mar, deixando cidades inteiras arrasadas, muitas delas sem água, luz e telefone. Mais de 1.200 pessoas morreram no Líbano, a maioria delas civis. O Hizbollah também atacou cidades no norte de Israel, causando danos a edificações. Em Israel, cerca de 200 pessoas morreram, a maioria militares.
Mediação
Ontem, Annan conseguiu que Israel e Hizbollah concordassem com a mediação da ONU para negociar a libertação de dois soldados israelenses seqüestrados pelo grupo xiita em 12 de julho último, ação considerada o estopim da atual crise.
"Os dois lados aceitaram os esforços do secretário-geral para ajudar a resolver esse problema. Vou indicar uma pessoa para trabalhar discretamente com ambos os lados", disse, ainda na Arábia Saudita.
Annan faz uma viagem de 11 dias ela região a fim de tentar unir esforços para manter o cessar-fogo entre Israel e Hizbollah.
Nasrallah
Apesar de concordar com a intermediação da ONU, O líder do Hizbollah, xeque Nassan Nasrallah, disse nesta terça-feira que o grupo xiita não entregará suas armas, alegando que seu arsenal tem apenas a finalidade de servir como defesa.
Em um a longa entrevista publicada pelo jornal libanês "As Safir", Nasrallah diz que "o Hizbollah guardará seus mísseis como foi feito no período de 1996 a 2006, sem utilizá-los. Durante o atual conflito, o grupo xiita lançou cerca de 4.000 foguetes contra o norte de Israel.
"Só usaremos [os foguetes] em caso de guerra contra o Líbano", acrescentou.
Em 1996, Israel que ainda ocupava o sul do Líbano, lançou uma ofensiva contra o grupo conhecida como Vinhas da Ira, em resposta a ataques do Hizbollah. Na época, o massacre levou o Conselho de Segurança da ONU a aprovar uma resolução pedindo o fim de cinco semanas de bombardeios israelenses ao sul do Líbano e dos ataques do Hizbollah a Israel.
As tropa israelenses se retiraram da região em 2000.
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