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05/09/2006
-
23h20
da France Presse, na Cidade do México
O conservador Felipe Calderón, 43, chegará à Presidência do México depois de uma profunda crise pós-eleitoral desencadeada pela esquerda, que dificultará provavelmente o mandato de seis anos deste político dono de uma curta experiência governamental.
Apaixonado pela política e por seu partido, o Ação Nacional (PAN), Calderón gosta de se apresentar como "o filho desobediente", apesar de sua formação católica e tradicional.
Há um ano era um nome pouco conhecido pelos eleitores, mas em cinco meses conseguiu derrotar o até então favorito nas eleições de 2 de julho, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador.
"Sou como os bons cavalos, que partem da linha de trás", declarou este ex-deputado federal e ex-ministro de Energia originário da classe alta, de aspecto pacífico e discurso nada exaltado.
Durante a campanha, Calderón mudou sua estratégia, adotando um tom agressivo no qual apresentava López Obrador como "um perigo".
Depois da eleição, o candidato do PAN modificou seu tom: deixou de lado o confronto e não respondeu ao discurso desafiante de López Obrador.
Depois que López Obrador se recusou a aceitar a vitória de Calderón, este se limitou a exortar o esquerdista a se comportar como um "democrata" e a "reconsiderar sua atitude".
A desigualdade e a impaciência das classes populares, que em sua maioria votou na esquerda, são duas das tarefas urgentes do próximo presidente, que governará entre 2006 e 2012.
"O filho desobediente", como Calderón gosta de se referir a si mesmo, é o título de sua recente autobiografia.
Calderón entrou no PAN quando seu pai, Luis Calderón, abandonou o partido porque considerava que este havia perdido o orgulho de seus fundadores, católicos militantes, num momento em que o clericalismo era perseguido em vários Estados.
O PAN estava sendo invadido por empresários e jovens dispostos a se vingar e tomar o poder. Neste grupo, estava Felipe Calderón.
Educado pelos maristas, Calderón teve uma carreira rápida no PAN.
Em 1996, substituiu na presidência Carlos Castillo Peraza, seu mentor político, numa sucessão amarga e que provocou a separação definitiva entre eles.
O mesmo ocorreu com o presidente Vicente Fox, que o derrotou na eleição de 1999. Em protesto, Calderón abandonou a cena pública e foi para Harvard fazer um mestrado em Administração Pública.
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O conservador Felipe Calderón, 43, chegará à Presidência do México depois de uma profunda crise pós-eleitoral desencadeada pela esquerda, que dificultará provavelmente o mandato de seis anos deste político dono de uma curta experiência governamental.
Apaixonado pela política e por seu partido, o Ação Nacional (PAN), Calderón gosta de se apresentar como "o filho desobediente", apesar de sua formação católica e tradicional.
Há um ano era um nome pouco conhecido pelos eleitores, mas em cinco meses conseguiu derrotar o até então favorito nas eleições de 2 de julho, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador.
06.jul.2006/AP |
México declara o conservador Felipe Calderón como presidente eleito |
Durante a campanha, Calderón mudou sua estratégia, adotando um tom agressivo no qual apresentava López Obrador como "um perigo".
Depois da eleição, o candidato do PAN modificou seu tom: deixou de lado o confronto e não respondeu ao discurso desafiante de López Obrador.
Depois que López Obrador se recusou a aceitar a vitória de Calderón, este se limitou a exortar o esquerdista a se comportar como um "democrata" e a "reconsiderar sua atitude".
A desigualdade e a impaciência das classes populares, que em sua maioria votou na esquerda, são duas das tarefas urgentes do próximo presidente, que governará entre 2006 e 2012.
"O filho desobediente", como Calderón gosta de se referir a si mesmo, é o título de sua recente autobiografia.
Calderón entrou no PAN quando seu pai, Luis Calderón, abandonou o partido porque considerava que este havia perdido o orgulho de seus fundadores, católicos militantes, num momento em que o clericalismo era perseguido em vários Estados.
O PAN estava sendo invadido por empresários e jovens dispostos a se vingar e tomar o poder. Neste grupo, estava Felipe Calderón.
Educado pelos maristas, Calderón teve uma carreira rápida no PAN.
Em 1996, substituiu na presidência Carlos Castillo Peraza, seu mentor político, numa sucessão amarga e que provocou a separação definitiva entre eles.
O mesmo ocorreu com o presidente Vicente Fox, que o derrotou na eleição de 1999. Em protesto, Calderón abandonou a cena pública e foi para Harvard fazer um mestrado em Administração Pública.
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