Publicidade
Publicidade
Trotes em universidades divide opiniões; ouça
MELINA CARDOSO
colaboração para a Folha Online
Todo início de ano letivo reacende uma discussão comum nas universidades: o trote dos veteranos como forma de recepção aos calouros. É neste período que histórias de agressão, humilhação e até mortes aparecem.
Em 2009, a Câmara aprovou um projeto de lei que disciplina o trote nas universidades. Um dos aspectos do texto aprovado é a aplicação de multas pela instituição depois de comprovada a participação dos estudantes em ações consideradas constrangedoras ou violentas contra os calouros.
Para evitar trotes violentos na Escola Politécnica da USP, o diretor Ivan Falleiros participa da realização das matrículas e afirma que sempre conversa pessoalmente com todos os calouros, sugerindo a não participação na festa de recepção promovida pelos veteranos.
Segundo ele, um acordo foi fechado entre estudantes e a direção da Escola para que trotes fossem abolidos. Mesmo assim, Falleiros ressalta que os dois lados sabem que a festa promovida pelos estudantes tem o trote como pano de fundo.
"É uma mentira, esta festa é uma desculpa para começar um trote e eu informo a todos [os calouros] que eles dever ir para casa após a matrícula", diz. "Eu acrescento ainda que pode ser perigoso", completa o diretor da Poli-USP.
Aluno do 4º ano de Engenharia Civil, Bruno Turaça diz ter sido recebido com um trote em 2007 -- pelos então, veteranos da Escola Politécnica. Hoje, Turaça participou dos trotes e afirma que os calouros que não desejam participar da festa, são respeitados.
"Não há nada humilhante(...). Para entrar neste tipo de faculdade, é preciso muito estudo. É um momento em que os estudantes extravasam todo sentimento reprimido por tantos anos de estudo", completa o estudante que utilizou tinta e barro para recepcionar os novatos.
Após realizar a matrícula para o curso de administração na USP, a estudante Paula Sakuramoto afirma ter gostado do trote recebido. "Isso [entrar em uma universidade pública] ocorre uma vez na vida e eu quis passar por isso. Foi uma experiência única para mim, e como eu sou menina eles não pegam pesado", diz.
Já Ana Caroline Gomes Alves não quis aparecer no primeiro dia de aula da faculdade temendo exageros por parte dos estudantes. "Não gosto de participar porque eles [veteranos] agem por impulso e acabam abusando um pouco e esquecem as consequências", afirma a estudante.
USP cria serviço telefônico para denúncia de trote violento
Maria Inês Dolci: Tenha cuidado ao contratar transporte escolar
Leia mais sobre Educação
- Químico transforma ciência em piada na internet
- Lula diz que investimentos em educação transformarão Brasil em potência econômica
- Programas infantis de TV vão reforçar aulas
Veja outros áudios e vídeos de Multimídia
- À espera de um milagre, alunos vão atrás de anúncio 'aprenda a sambar em 2 dias'
- Evento gratuito em estação de metrô repassa história do carnaval paulistano
- Soninha posa nua e diz não temer críticas
Especial
Livraria
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Rolezinhos do beijo lotam marquise do Ibirapuera com até 20 mil garotos
- Motociclista é arremessado após bater em carro no interior de SP; veja
- 'Tem de arrancar mais uma cabeça aí', diz, em vídeo, policial a preso do AM
- Imagens aéreas mostram adeus às vítimas do massacre em Manaus
- Como comprar dólar ou euro para viajar
+ Comentadas