Reuters
07/01/2003 - 12h22

Médico lança "máquina de morrer" em congresso de eutanásia

da Reuters, em Sydney

O médico Philip Nitschke, principal defensor da eutanásia na Austrália, embarca amanhã para os Estados Unidos, onde vai apresentar um novo equipamento para ajudar pacientes terminais a morrer.

A máquina, que leva a uma morte rápida por inalação de monóxido de carbono puro, será exibida em uma conferência sobre eutanásia organizada pela Hemlock Society USA em San Diego, Califórnia.

"Ela produz monóxido de carbono puro para uma pessoa que está sofrendo e decide que chegou a hora de encerrar o sofrimento. Ela produzirá uma morte pacífica", disse Nitschke hoje.

O médico disse que seu equipamento não pode ser considerado ilegal porque também tem outras aplicações terapêuticas, como a produção de oxigênio. "Foi uma das exigências do projeto", afirmou Nitschke, que passou um ano desenvolvendo o protótipo, com verba da Hemlock Society.

"Ela terá um vigoroso alerta de que se você colocar outros produtos químicos, ela vai produzir uma morte pacífica. É só uma estratégia, mas de qualquer forma uma estratégia para frustrar qualquer tentativa de controle legislativo", afirmou.

Nitschke ficou famoso em 1997, quando ajudou quatro pacientes terminais a morrer no interior da Austrália, sob a primeira lei mundial que autorizava a eutanásia voluntária. Todos os quatro usaram uma "máquina de morrer" criada por Nitschke, em que o próprio paciente se administrava uma injeção letal por computador.

Poucos meses depois, o governo australiano revogou a lei regional que autorizava a eutanásia. Apesar disso, Nitschke continua dando palestras sobre o assunto em todo o país. O último equipamento apresentado por ele era um saco plástico que permitia ao paciente se asfixiar.

O médico diz que o invento a ser apresentado nos EUA pode ser fabricado por apenas US$ 57 norte-americanos, mas que não deve ser vendido a pacientes terminais. "Ela ficará disponível para membros (do grupo) Exit Australia, uma vez que eles sejam sócios a pelo menos um ano", afirmou.

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