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07/01/2003 - 09h07

Filhos de Ariel Sharon são investigados por empréstimo suspeito

da France Presse, em Jerusalém

A polícia israelense iniciou uma investigação sobre um empréstimo de cerca de US$ 1,5 milhão concedido por um empresário sul-africano a Omri e Gilad Sharon, filhos do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, segundo a edição de hoje do jornal "Haaretz".

De acordo com o jornal, o primeiro-ministro e seus filhos seriam suspeitos de ter recebido subornos, de abuso de confiança e de falsos depoimentos.

A investigação policial foi iniciada com a aprovação do conselheiro jurídico do governo israelense, Elyakim Rubinstein, que também é procurador-geral, afirmou o jornal.

O Likud, partido de direita do primeiro-ministro israelense, está também no centro de um escândalo pela compra de votos para compor a lista de candidatos às eleições do próximo dia 28 e pela infiltração de ex-delinquentes em seu comitê central.

Nesse escândalo, também está envolvido Omri Sharon, que foi intimado nesta semana para depor na polícia.

No caso do empréstimo, em que nenhum membro da família Sharon foi interrogado até agora, a Justiça israelense pediu a colaboração das autoridades sul-africanas.

Aproximadamente US$ 1,5 milhão teria servido para pagar débitos de Ariel Sharon referentes ao financiamento ilegal de sua campanha para ser eleito chefe do Likud, nas primárias do partido em 1999.

Em princípio, Sharon e seus filhos tentaram pagar essa quantia hipotecando uma propriedade do primeiro-ministro no sul de Israel, mas os bancos recusaram a operação, quando se descobriu que as terras não lhe pertencem.

Sharon e seus filhos teriam encontrado uma solução alternativa na África do Sul com o empresário Cyril Kern, que deu seu aval no dia 15 de janeiro do ano passado para um empréstimo de US$ 1,49 milhão. Esse dinheiro foi transferido para um banco em Israel por intermédio de um banco austríaco e da filial da JP Morgan de Nova York.

Com esse dinheiro, os filhos de Sharon puderam pagar suas dívidas.

O jornal "Haaretz" entrevistou Kern, que confirmou ter relações pessoais com Sharon, mas assegurou que nada sabe sobre o empréstimo.

Na semana passada, o jornal "Yediot Aharonot" havia declarado que Gilad Sharon estaria implicado em um caso de corrupção. Segundo o jornal, o empresário David Appel, que apoiou as campanhas eleitorais de Sharon, teria pago a Gilad centenas de milhões de dólares para retribuir seus "conselhos" em um negócio de venda de apartamentos e projetos turísticos na Grécia e na Espanha.

Todos esses escândalos provocaram, segundo as pesquisas, uma queda das intenções de voto em favor do Likud para as eleições legislativas do próximo dia 28.

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