Coréia do Norte deve testar mísseis se ONU se envolver em crise
da Reuters, em TóquioA Coréia do Norte retomará os testes com mísseis balísticos se o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) der início a discussões sobre a crise detonada pelas ambições nucleares do país asiático, disseram hoje diplomatas próximos dos norte-coreanos.
E, se os EUA pressionarem demais o país comunista, o governo norte-coreano pode se declarar um Estado atômico, acrescentaram.
O vice-subsecretário de Estado norte-americano, John Bolton, principal autoridade dos EUA para a área de controle de armas, afirmou, em uma entrevista concedida em Seul (capital da Coréia do Sul), prever que o Conselho de Segurança trate da questão até o final desta semana.
"A Coréia do Norte abriria mão da moratória auto-imposta a respeito do lançamento de mísseis se e quando a questão for tratada pelo Conselho de Segurança", disse uma pessoa próxima do governo do país asiático.
"O governo norte-coreano não se curvará nunca a ameaças e responderá com uma postura ainda mais dura", a mesma fonte, que não teve o nome divulgado.
A Coréia do Norte assustou seus vizinho em 1998 ao disparar um míssil de médio alcance que passou por cima do Japão.
No ano seguinte, o país declarou que interromperia os testes até o começo deste ano. Em setembro passado, a moratória foi prorrogada por prazo indeterminado.
Mas, no começo deste mês, a Coréia do Norte retirou-se do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e então sugeriu que poderia retomar os lançamentos.
Um outro diplomata afirmou que, se os EUA adotarem uma postura mais rígida em relação aos norte-coreanos, o país comunista pode declarar ter a intenção de fabricar armas nucleares.
"É dessa forma que o governo norte-coreano acredita poder proteger sua soberania e garantir sua sobrevivência", disse.
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