Reuters
22/01/2003 - 12h29

Partido Trabalhista deve voltar ao poder na eleição de hoje

da Reuters, em Amsterdã

Os holandeses foram às urnas hoje para participar da segunda eleição geral dos últimos oito meses, um pleito no qual se prevê a derrota do partido populista Lista Pim Fortuyn e no qual os trabalhistas, oposição, tentam eleger o primeiro premiê judeu do país.

O partido de Fortuyn, assassinado no ano passado, deve perder, segundo pesquisas de intenção de voto, 75% de sua bancada no Parlamento, bancada essa conquistada na eleição de maio passado. A legenda, antiimigração, derrubou o governo de coalizão de centro-direita, do qual participava, 87 dias depois da posse dele.

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Pim Fortuyn, líder da extrema direita holandesa assassinado em maio de 2002
As pesquisas mais recentes apontam para uma pequena vantagem do Partido Trabalhista sobre os cristãos-democratas (CDA), liderados pelo atual primeiro-ministro do país, Jan Peter Balkenende, sustentado no poder por meio de uma aliança com a Lista Pim Fortuyn (LPF) e o partido liberal VVD.

Fortuyn, um sociólogo homossexual, carismático e que defendia os direitos das mulheres, era apontado como a nova cara da extrema direita na Europa enquanto defendia limitações à imigração e classificava o Islã de "retrógrado".

O assassinato dele, nove dias antes da eleição de maio, provocou uma reação inédita na Holanda, com a ascensão do LPF para o segundo lugar em seu primeiro pleito. Mas o triunfo do partido de Fortuyn durou pouco.

"Na eleição passada eu votei no LPF, mas isso foi um erro. Agora, eu votei no CDA. Precisamos de mais estabilidade", afirmou Frans van Gelder, 35, funcionário de uma padaria, após votar na cidade de Zwolle (leste).

Os partidos tradicionais da Holanda absorveram grande parte das propostas de Fortuyn sobre a imigração e o combate ao crime a fim de reconquistar os eleitores perdidos no ano passado.

Os partidos de esquerda, como o Trabalhista e o Socialista, voltaram a crescer nas pesquisas, enquanto o LPF enfrenta uma derrocada.

"O LPF manchou sua imagem no governo", afirmou Andre Krouwel, cientista político da Universidade Livre, de Amsterdã (capital). O partido de centro-direita derrubou a coalizão governista devido a desentendimentos com seus parceiros.

Se as pesquisas estiverem corretas e os trabalhistas conseguirem se recuperar da derrota humilhante do ano passado para liderar um novo governo, a Holanda pode ter seu primeiro premiê judeu, Job Cohen, prefeito de Amsterdã.

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