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22/01/2003
-
08h42
Um terremoto de 7,6 graus na escala Richter atingiu ontem à noite as regiões central e oeste do México, deixando ao menos 23 mortos nos Estados de Colima e Jalisco e levando moradores em pânico a tomar as ruas.
O pequeno Estado de Colima, no litoral, 700 km ao oeste da Cidade do México, foi o mais afetado, com 21 mortos, segundo o jornal mexicano "Reforma".
No Estado vizinho de Jalisco, uma mulher e um bebê também morreram, segundo serviços de emergência.
O terremoto aconteceu às 20h09 (0h09 de hoje em Brasília) e atingiu 7,6 graus na escala de Richter, segundo o Serviço Sismológico Nacional do México, enquanto o Observatório de Ciências da Terra, de Estrasburgo (França), mediu 7,8 graus.
O tremor foi o mais forte registrado nos últimos anos no México, afirmaram especialistas. O forte abalo, que durou aproximadamente 50 segundos, derrubou um número indeterminado de edifícios em Colima, que ficou sem luz e telefone, de acordo com as primeiras informações.
A agência estatal de notícias Notimex, que citou a Defesa Civil de Colima, declarou que ainda há pessoas presas ou soterradas em edifícios e graves danos na infra-estrutura do Estado.
Os três municípios mais afetados na região foram a capital do Estado, Colima, Coquimatlán e Villa de Alvárez, disse o secretário do governo federal, Santiago Creel, entrevistado ao vivo pela emissora Televisa.
"Há muitas casas que caíram e muitos prédios que foram destruídos", disse a voluntária da Cruz Vermelha Marta Requena, de Colima, próxima ao epicentro.
Capital
Na Cidade do México, com 20 milhões de habitantes, não houve danos graves, com exceção de cortes de energia em diversos bairros e rachaduras em alguns edifícios.
As cenas de nervosismo foram, contudo, muito grandes em uma cidade que não esquece seu último e devastador terremoto, em 1985, de 8,1 graus de magnitude e que causou milhares de vítimas.
"Estava pondo o meu menino na cama quando tudo começou a se mexer. Corremos com todos nossos vizinhos. Eu ficava só pensando no terremoto de 85", disse Beatriz Reyes, que vive no centro da capital, a região mais atingida naquela ocasião.
No passeio da Reforma, a principal avenida da Cidade do México, dois prédios de 20 andares, um hotel e um órgão público, chegaram a se tocar durante o terremoto, segundo testemunhas que rapidamente fugiram do local.
Mas a cidade parece ter resistido. Só algumas dezenas de pessoas foram hospitalizadas em estado de choque. "Até agora não tivemos feridos ou mortos", disse o chefe de polícia da capital, Marcelo Ebrard, a uma rádio local.
As forças da Defesa Civil começaram a trabalhar imediatamente nas áreas afetadas, sob ordens do presidente Vicente Fox. Segundo um comunicado da Presidência, a secretaria da Marinha formou duas brigadas com pessoal naval para fazer inspeções e avaliações em coordenação com outras autoridades no porto de Manzanillo, em Colima.
O terremoto da noite passada foi o sétimo de grande magnitude registrado na capital mexicana em um período de 26 anos, segundo a agência de notícias Notimex.
No balneário de Acapulco, situado a cerca de 1.000 km de Colima, na costa do Pacífico também, o tremor não causou danos, disseram fontes oficiais locais.
Com agências internacionais
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Sobe para 23 número de mortos em terremoto no México
da Folha OnlineUm terremoto de 7,6 graus na escala Richter atingiu ontem à noite as regiões central e oeste do México, deixando ao menos 23 mortos nos Estados de Colima e Jalisco e levando moradores em pânico a tomar as ruas.
O pequeno Estado de Colima, no litoral, 700 km ao oeste da Cidade do México, foi o mais afetado, com 21 mortos, segundo o jornal mexicano "Reforma".
No Estado vizinho de Jalisco, uma mulher e um bebê também morreram, segundo serviços de emergência.
O terremoto aconteceu às 20h09 (0h09 de hoje em Brasília) e atingiu 7,6 graus na escala de Richter, segundo o Serviço Sismológico Nacional do México, enquanto o Observatório de Ciências da Terra, de Estrasburgo (França), mediu 7,8 graus.
O tremor foi o mais forte registrado nos últimos anos no México, afirmaram especialistas. O forte abalo, que durou aproximadamente 50 segundos, derrubou um número indeterminado de edifícios em Colima, que ficou sem luz e telefone, de acordo com as primeiras informações.
A agência estatal de notícias Notimex, que citou a Defesa Civil de Colima, declarou que ainda há pessoas presas ou soterradas em edifícios e graves danos na infra-estrutura do Estado.
Os três municípios mais afetados na região foram a capital do Estado, Colima, Coquimatlán e Villa de Alvárez, disse o secretário do governo federal, Santiago Creel, entrevistado ao vivo pela emissora Televisa.
"Há muitas casas que caíram e muitos prédios que foram destruídos", disse a voluntária da Cruz Vermelha Marta Requena, de Colima, próxima ao epicentro.
Capital
Na Cidade do México, com 20 milhões de habitantes, não houve danos graves, com exceção de cortes de energia em diversos bairros e rachaduras em alguns edifícios.
As cenas de nervosismo foram, contudo, muito grandes em uma cidade que não esquece seu último e devastador terremoto, em 1985, de 8,1 graus de magnitude e que causou milhares de vítimas.
"Estava pondo o meu menino na cama quando tudo começou a se mexer. Corremos com todos nossos vizinhos. Eu ficava só pensando no terremoto de 85", disse Beatriz Reyes, que vive no centro da capital, a região mais atingida naquela ocasião.
No passeio da Reforma, a principal avenida da Cidade do México, dois prédios de 20 andares, um hotel e um órgão público, chegaram a se tocar durante o terremoto, segundo testemunhas que rapidamente fugiram do local.
Mas a cidade parece ter resistido. Só algumas dezenas de pessoas foram hospitalizadas em estado de choque. "Até agora não tivemos feridos ou mortos", disse o chefe de polícia da capital, Marcelo Ebrard, a uma rádio local.
As forças da Defesa Civil começaram a trabalhar imediatamente nas áreas afetadas, sob ordens do presidente Vicente Fox. Segundo um comunicado da Presidência, a secretaria da Marinha formou duas brigadas com pessoal naval para fazer inspeções e avaliações em coordenação com outras autoridades no porto de Manzanillo, em Colima.
O terremoto da noite passada foi o sétimo de grande magnitude registrado na capital mexicana em um período de 26 anos, segundo a agência de notícias Notimex.
No balneário de Acapulco, situado a cerca de 1.000 km de Colima, na costa do Pacífico também, o tremor não causou danos, disseram fontes oficiais locais.
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