27/07/2004
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03h22
Lidar com o risco: Cara, coragem e anos de estrada
Ana Tereza Clementefree-lance para a
Folha de S.PauloA faculdade de psicologia ficou para trás, quando Marcos Martins tinha ainda 18 anos. Partiu para a Europa, onde ficou seis anos, arriscando-se como lenhador na Holanda, relações-públicas na Espanha, gerente de locação de pedalinhos em Portugal. "O que me move é a aventura", diz, agora aos 36, relembrando viagens como a que fez, de carona e bicicleta, pelo sul da África.
Eduardo Knapp/Folha Imagem | | Marcos Martins, criador do Patrolink |
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Martins sempre buscou patrocínio para realizar seus projetos arrojados. Um era atravessar o Alasca de uma maneira que ninguém jamais viu: 600 km de caiaque, 1.800 km de bicicleta, 150 km por rio e 200 km a pé. Até projetou e construiu uma "kayarka", misto de barco com caiaque. "Tinha tudo para ser um sucesso." Não foi.
Essa dificuldade para viabilizar comercialmente um sonho inspirou Martins a criar um site. O Patrolink presta serviço de gestão de patrocínios e captação de recursos. Há dois meses no ar, já conta com 200 proponentes.
"O patrocinador é abordado por uma quantidade enorme de pessoas, mas 99% das propostas são inadequadas. Ninguém sabe ao certo o que ele quer", conta. O site, então, filtra os projetos para que o dono da verba receba só aquilo que é pertinente.
Outra função do empreendimento é permitir que o patrocinador dê as diretrizes e encomende, no futuro, um projeto específico.
Martins está só no começo do caminho, mas acredita que o Patrolink será uma ponte entre as boas idéias e o apoio financeiro. "Ninguém deve se deter pelos obstáculos. O medo não me cega. Os melhores ganhos estão nos maiores riscos."
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