13/01/2003 - 03h32

Opções gastronômicas atiçam a gulodice em Miami

SILVIO CIOFFI
Editor de Turismo da Folha

Você pode tentar resistir à tentação das compras na sua próxima viagem à Flórida, mas aproveite para sucumbir ao pecado da gula: o ambiente gastronômico de Miami e arredores está em forma.

Alguns dos bistrôs estão agora instalados em hotéis, caso do Mandarin Oriental (www. mandarinoriental.com), mas nem por isso vale desprezar os manjados restaurantes típicos, como o Joe's Stone Crab (www.joestonecrab.com), tel. local: 305/ 673-0305), paraíso do caranguejo "stone" com salada coleslaw, na 11 Washington Avenue, em Miami Beach, não longe da agitação de South Miami Beach (SoBe).

Mas, se a decisão for conhecer lugares inovadores, prove a mistura de influências que marca a cozinha do chef Norman van Aken, do restaurante Norman's, na 21 Almeria Ave., em Coral Gables (tel. local: 305-446-6767); (www.normans.com);

Bem mais trivial e de inspiração latina/cubana, o Yuca (tel. local: 305/532-9822), na 501 Lincoln Road, calçadão badalado de compras em Miami Beach, já foi mais concorrido, mas vale pelos pratos substantivos à base de leitão, banana assada e mandioca.

Decadente, misto de bar muvucado e restaurante, o antigo Lario's on The Beach (tel. 305/532-9577), na 820 Ocean Drive, foi recentemente rebatizado para So-Be Bongos Cuban Café e faz a mesma linha culinária neocubana. Embora exiba as bandeiras Visa e Mastercard, é encrencado demais para aceitar cartão.

Top chef

A mesma onda que renovou Miami e Miami Beach fez surgir na virada de 2002/2003 hotéis estrelados e restaurantes modernos que amealham nos EUA prêmios nacionais de hotelaria e gastronomia. O caso emblemático é o do Azul (tel. local: 305/913-8254), no interior do já mencionado Mandarin Oriental Miami, cinco estrelas de frente para a baía Biscayne, numa região semi-isolada de Miami, que faz a linha muito chique e sem firulas, na 500 Brickell Key Drive.

Incluída na "Hot List 2002" da publicação especializada em viagens "Condé Nast Traveler", Michelle Bernstein, a jovem chef do Azul, guindou a cozinha desse bistrô do Mandarin Oriental à categoria de "melhor novidade gastronômica dos EUA" na opinião da revista "Esquire" e do jornal "The New York Times".

O segredo de Bernstein é uma mistura pessoal e agiornada de influências asiática, francesa e até latina, num ambiente solar e moderno, onde as adegas climatizadas são de vidro, e a cozinha, além de surpreender, é aparente.