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19/05/2003
-
07h45
enviado especial a Ubatuba (SP)
O verão acabou, mas Ubatuba continua um destino quente no litoral norte paulista nesta entressafra. Localizada a 230 quilômetros de São Paulo e com uma costa de 90 quilômetros de extensão, a cidade recebe, nos finais de semana, alunos de mergulho que chegam para serem batizados ou para expandir seu conhecimento.
Ubatuba é um dos melhores locais para o mergulho autônomo, no qual utiliza-se equipamento completo: garrafa de oxigênio, colete inflável, roupa de borracha, máscara, snorkel e nadadeiras.
A maioria das embarcações para a atividade saem do Saco da Ribeira em direção à ilha Anchieta, que é um parque estadual, ou rumo à ilha de Vitória.
Para chegar à ilha Anchieta, o mergulhador inexperiente pode marear no barco, mas água fria na nuca ou remédio contra enjôo podem ajudar. O alívio mesmo só acontece com o desembarque na praia do Sul, na ilha Anchieta.
De barriga cheia de pão de queijo e com o labirinto refeito, é hora de voltar ao barco, de retomar os procedimentos para o mergulho e de sentir-se como Kobalski, personagem do extinto seriado de TV "Viagem ao Fundo do Mar", que nas aventuras apanhava dos russos, dos monstros e dos próprios tripulantes, quando tomados por "forças externas".
Voltando ao mergulho, quando a temperatura da água é agradável, as roupas de borracha são descartadas, mas entra em cena outra parafernália: cinto com quatro quilos de chumbo, colete inflável, nadadeiras.
Já no mar, ainda se vão alguns minutos de apreensão até o mergulhador se adaptar à nova situação, enquanto a correnteza pode tentar empurrá-lo para as pedras.
Depois da adaptação, o instrutor aponta para a fauna marinha. Com a sensação de estar num aquário gigante, avistam-se estrelas-do-mar, símbolo do Parque Estadual da Ilha Anchieta, cardumes, parus, peixes-morcego e garoupas. Com sorte, aparecerão tartarugas-do-mar e raias.
Os 50 minutos de mergulho parecem uma eternidade. Destacam-se a sensação de liberdade. Você respira com mais calma, domina a respiração, cuida do oxigênio, do tempo, lida com medos e com o desconhecido.
Premissa a ser seguida pelos mergulhadores: depois de tocar a fauna marinha, solte-a. Não leve nada do mar, porque ele não é um parque de diversão. Com a alma em paz, só o que se carrega para o barco é a sensação boa de pertencer a este mundo.
Luís Dávila viajou a convite da pousada Seachegue, do Recanto das Amoreiras e da Katoosh Operadora
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Ubatuba acolhe mergulhador na entressafra
LUÍS DÁVILAenviado especial a Ubatuba (SP)
O verão acabou, mas Ubatuba continua um destino quente no litoral norte paulista nesta entressafra. Localizada a 230 quilômetros de São Paulo e com uma costa de 90 quilômetros de extensão, a cidade recebe, nos finais de semana, alunos de mergulho que chegam para serem batizados ou para expandir seu conhecimento.
Ubatuba é um dos melhores locais para o mergulho autônomo, no qual utiliza-se equipamento completo: garrafa de oxigênio, colete inflável, roupa de borracha, máscara, snorkel e nadadeiras.
A maioria das embarcações para a atividade saem do Saco da Ribeira em direção à ilha Anchieta, que é um parque estadual, ou rumo à ilha de Vitória.
Para chegar à ilha Anchieta, o mergulhador inexperiente pode marear no barco, mas água fria na nuca ou remédio contra enjôo podem ajudar. O alívio mesmo só acontece com o desembarque na praia do Sul, na ilha Anchieta.
De barriga cheia de pão de queijo e com o labirinto refeito, é hora de voltar ao barco, de retomar os procedimentos para o mergulho e de sentir-se como Kobalski, personagem do extinto seriado de TV "Viagem ao Fundo do Mar", que nas aventuras apanhava dos russos, dos monstros e dos próprios tripulantes, quando tomados por "forças externas".
Voltando ao mergulho, quando a temperatura da água é agradável, as roupas de borracha são descartadas, mas entra em cena outra parafernália: cinto com quatro quilos de chumbo, colete inflável, nadadeiras.
Já no mar, ainda se vão alguns minutos de apreensão até o mergulhador se adaptar à nova situação, enquanto a correnteza pode tentar empurrá-lo para as pedras.
Depois da adaptação, o instrutor aponta para a fauna marinha. Com a sensação de estar num aquário gigante, avistam-se estrelas-do-mar, símbolo do Parque Estadual da Ilha Anchieta, cardumes, parus, peixes-morcego e garoupas. Com sorte, aparecerão tartarugas-do-mar e raias.
Os 50 minutos de mergulho parecem uma eternidade. Destacam-se a sensação de liberdade. Você respira com mais calma, domina a respiração, cuida do oxigênio, do tempo, lida com medos e com o desconhecido.
Premissa a ser seguida pelos mergulhadores: depois de tocar a fauna marinha, solte-a. Não leve nada do mar, porque ele não é um parque de diversão. Com a alma em paz, só o que se carrega para o barco é a sensação boa de pertencer a este mundo.
Luís Dávila viajou a convite da pousada Seachegue, do Recanto das Amoreiras e da Katoosh Operadora
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