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15/09/2003
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04h52
Garimpar e comprar livros na "Atenas da América", que começou a viver sua onda de efervescência intelectual no final do século 18, é inevitável.
Meca da intelectualidade, Boston e suas redondezas congregam a Universidade Harvard, fundada nos tempos da colônia, o M.I.T (Massachusetts Institute of Technology), que admitiu os primeiros alunos em 1865, e a Universidade de Boston -o que garante sua aura de erudição e sabedoria.
A poucos quarteirões do Omni Parker House -hotel que em 1855 era ponto de encontro de intelectuais-, no número 26 da West Street, há um sebo antigo e com um vasto acervo, o Brattle. Fundado em 1825, ele ocupou várias casas em Boston. Quando não está chovendo ou nevando, o sebo instala no terreno ao lado da casa várias estantes móveis e carrinhos com dezenas de obras com preços a partir de US$ 1.
Um pouquinho mais adiante, na rua Boylston, há um outro sebo, um pouco menor e mais novo, o Commonwealth.
Em ambas as lojas, obras em bom estado, de várias áreas do conhecimento, dificilmente encontradas no Brasil, podem ser compradas por preços bem módicos.
Já os que preferem livros novos podem ir a duas "megastores", ambas situadas na rua Washington: a Barnes & Noble e a Borders. As duas livrarias fazem saldões regularmente, e muitas pechinchas podem ser encontradas. Os descontos chegam a até 75%.
Omni Parker
No último sábado de cada mês, um grupo de intelectuais costumava se reunir num hotel da rua School, nº 60, o Omni Parker House. Participavam desses encontros importantes pensadores e escritores norte-americanos, entre eles Ralph Waldo Emerson e Nathaniel Hawthorne.
O escritor inglês Charles Dickens, autor de "Um Conto de Duas Cidades", também frequentou reuniões do grupo durante uma viagem em que fez conferências pelos EUA.
Outro famoso foi o ator John Wilkes Booth, que se hospedou no Parker House em 1865. Booth atirou no então presidente Abraham Lincoln em um teatro em Washington, dias depois de passar pelo hotel de Boston.
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Garimpo em livrarias de Boston rende raridades
do enviado especial da Folha de S.Paulo a BostonGarimpar e comprar livros na "Atenas da América", que começou a viver sua onda de efervescência intelectual no final do século 18, é inevitável.
Meca da intelectualidade, Boston e suas redondezas congregam a Universidade Harvard, fundada nos tempos da colônia, o M.I.T (Massachusetts Institute of Technology), que admitiu os primeiros alunos em 1865, e a Universidade de Boston -o que garante sua aura de erudição e sabedoria.
A poucos quarteirões do Omni Parker House -hotel que em 1855 era ponto de encontro de intelectuais-, no número 26 da West Street, há um sebo antigo e com um vasto acervo, o Brattle. Fundado em 1825, ele ocupou várias casas em Boston. Quando não está chovendo ou nevando, o sebo instala no terreno ao lado da casa várias estantes móveis e carrinhos com dezenas de obras com preços a partir de US$ 1.
Um pouquinho mais adiante, na rua Boylston, há um outro sebo, um pouco menor e mais novo, o Commonwealth.
Em ambas as lojas, obras em bom estado, de várias áreas do conhecimento, dificilmente encontradas no Brasil, podem ser compradas por preços bem módicos.
Já os que preferem livros novos podem ir a duas "megastores", ambas situadas na rua Washington: a Barnes & Noble e a Borders. As duas livrarias fazem saldões regularmente, e muitas pechinchas podem ser encontradas. Os descontos chegam a até 75%.
Omni Parker
No último sábado de cada mês, um grupo de intelectuais costumava se reunir num hotel da rua School, nº 60, o Omni Parker House. Participavam desses encontros importantes pensadores e escritores norte-americanos, entre eles Ralph Waldo Emerson e Nathaniel Hawthorne.
O escritor inglês Charles Dickens, autor de "Um Conto de Duas Cidades", também frequentou reuniões do grupo durante uma viagem em que fez conferências pelos EUA.
Outro famoso foi o ator John Wilkes Booth, que se hospedou no Parker House em 1865. Booth atirou no então presidente Abraham Lincoln em um teatro em Washington, dias depois de passar pelo hotel de Boston.
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