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05/01/2004
-
05h05
A pousada Maravilha, aberta em julho em Fernando de Noronha, rendeu ao apresentador de TV Luciano Huck, um dos seus sócios, uma antipatia por parte da população local. Na divisa de uma Área de Proteção Ambiental, onde se pode construir, e do Parque Nacional, onde as obras são proibidas, o estabelecimento foi interditado em novembro, mas agora está funcionando novamente.
A localização do empreendimento revolta os moradores, pois eles alegam que há um rígido controle de proteção ambiental na praia em que ela fica, a do Sueste.
Os ilhéus, que se recusam a revelar nomes temendo represálias, ainda dizem que sofrem restrições quando querem comprar material de construção para reformar as casas, o que não ocorreu quando a pousada foi erguida.
Eles ainda criticam o comportamento de Huck, que tem como sócios no local José Gaudêncio, ex-diretor do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, e os empresários irmãos João Paulo e Pedro Paulo Diniz.
Segundo moradores, o apresentador tentou, ao lado de amigos, participar de um jogo de vôlei em andamento e, após ter o acesso negado, deixou o local contrariado. Huck desmente a história e diz não sentir antipatia dos ilhéus.
Para o administrador do arquipélago, Edrise Aires Fragoso, as reclamações são motivadas por "ciúmes". "O povo daqui tem medo de tudo, e a pousada Maravilha tem um padrão de qualidade que vai além do que é oferecido pela maioria das pousadas dos nativos. Então cria-se esse clima. Ele [Huck] cumpriu as exigências, por isso não houve restrição."
A fala de Fragoso é endossada por Milton Luna, conselheiro distrital. "Moro na ilha e seria o primeiro a apontar irregularidades."
A pousada Maravilha é uma das 110 instalações de Fernando de Noronha para receber turistas. "A maioria são casas em que os moradores da ilha alugam quartos", diz Fragoso, que vê 80% do orçamento do arquipélago ser proveniente da taxa de preservação.
Há 1.200 leitos na ilha, e uma diária varia de R$ 60 a R$ 1.200, com café da manhã. O preço depende do nível de serviço, da qualificação dos profissionais e da localização da hospedagem. Vale lembrar que as pousadas são rústicas e boa parte não tem água quente.
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Luciano Huck melindra ilhéus
Do enviado especial da Folha de S.Paulo a Fernando de NoronhaA pousada Maravilha, aberta em julho em Fernando de Noronha, rendeu ao apresentador de TV Luciano Huck, um dos seus sócios, uma antipatia por parte da população local. Na divisa de uma Área de Proteção Ambiental, onde se pode construir, e do Parque Nacional, onde as obras são proibidas, o estabelecimento foi interditado em novembro, mas agora está funcionando novamente.
A localização do empreendimento revolta os moradores, pois eles alegam que há um rígido controle de proteção ambiental na praia em que ela fica, a do Sueste.
Os ilhéus, que se recusam a revelar nomes temendo represálias, ainda dizem que sofrem restrições quando querem comprar material de construção para reformar as casas, o que não ocorreu quando a pousada foi erguida.
Eles ainda criticam o comportamento de Huck, que tem como sócios no local José Gaudêncio, ex-diretor do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, e os empresários irmãos João Paulo e Pedro Paulo Diniz.
Segundo moradores, o apresentador tentou, ao lado de amigos, participar de um jogo de vôlei em andamento e, após ter o acesso negado, deixou o local contrariado. Huck desmente a história e diz não sentir antipatia dos ilhéus.
Para o administrador do arquipélago, Edrise Aires Fragoso, as reclamações são motivadas por "ciúmes". "O povo daqui tem medo de tudo, e a pousada Maravilha tem um padrão de qualidade que vai além do que é oferecido pela maioria das pousadas dos nativos. Então cria-se esse clima. Ele [Huck] cumpriu as exigências, por isso não houve restrição."
A fala de Fragoso é endossada por Milton Luna, conselheiro distrital. "Moro na ilha e seria o primeiro a apontar irregularidades."
A pousada Maravilha é uma das 110 instalações de Fernando de Noronha para receber turistas. "A maioria são casas em que os moradores da ilha alugam quartos", diz Fragoso, que vê 80% do orçamento do arquipélago ser proveniente da taxa de preservação.
Há 1.200 leitos na ilha, e uma diária varia de R$ 60 a R$ 1.200, com café da manhã. O preço depende do nível de serviço, da qualificação dos profissionais e da localização da hospedagem. Vale lembrar que as pousadas são rústicas e boa parte não tem água quente.
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