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16/02/2004
-
08h03
Em nenhum lugar do mundo, o sábado de zé-pereira é tão agitado quanto no Recife. É o dia do Galo da Madrugada, bloco que entrou no "Guinness Book" por arrastar mais de 1 milhão de foliões.
Neste ano o Galo faz seu 26º desfile e percorre o bairro de São José com o tema "Revivendo os Antigos Carnavais". "É um mote que me emociona por retratar o Carnaval da minha mocidade", conta o presidente e fundador da agremiação, Enéas Freire.
Do baú de lembranças ressurge a festa dos corsos (desfiles de automóveis), das máscaras, dos pierrôs e das chuvas de confete e serpentina. Qualquer semelhança entre a folia da "Veneza brasileira" e a da tradicional matriz européia não é mera coincidência.
Pólos de animação
Se o Galo dá o tom no sábado, a festa é igualmente animada em todos os outros dias. E se dilui em diferentes pólos de animação com programações distintas para agradar a todos.
A abertura oficial dos festejos é marcada por um ritual de peso. Às 18h da sexta-feira, o percussionista pernambucano mundialmente aclamado Naná Vasconcelos sai da rua da Moeda em direção ao Marco Zero, na ilha do Recife, regendo um cortejo integrado por 400 batuqueiros.
O encontro envolve 11 nações (grupos) de maracatu, que se juntam à Orquestra Sinfônica do Recife em palco no Marco Zero, fazendo um show que vai da música erudita aos ritmos africanos. Para fechar a noite com chave de ouro, sobe ao palco a Nação Zumbi, maior referência do movimento musical manguebeat.
Para se situar, vale aprender os nomes dos principais pólos de animação, pois muitos têm programação temática. No Pátio do Terço, por exemplo, funciona o Pólo Afro, cujos ritmos negros podem ser acompanhados diariamente em apresentações de grupos de maracatus e afoxés.
Recife Multicultural é o nome do pólo instalado no Marco Zero, local onde começou a capital pernambucana. É um bom endereço para quem quiser conferir várias amostras da cultura brasileira.
Por lá passam desde tradicionais maracatus, como o Estrela Brilhante, a grupos musicais da nova cena cultural --Mundo Livre S.A. e Cordel do Fogo Encantado, entre outros. Também estarão presentes veteranos do quilate de Paulinho da Viola.
A juventude se esbalda no Pólo Mangue, armado em frente ao prédio da antiga Alfândega, revitalizado e convertido num shopping center --o Paço da Alfândega. É lá que acontece o festival Rec Beat, conhecido por revelar novos grupos musicais no Estado.
Neste ano, DJ Dolores, Devotos e Eddie estão entre as atrações locais mais esperadas. "Também traremos nomes internacionais como o norte-americano Kenny Brown", conta o organizador do evento, Antonio Gutierrez.
No Pólo de Todos os Frevos, com corredores instalados nas avenidas Guararapes e Dantas Barreto, os desfiles começam à tarde num ritmo frenético que já virou marca do Estado.
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Galo da Madrugada faz Carnaval à antiga em Pernambuco
da enviada especial da Folha de S.Paulo a PernambucoEm nenhum lugar do mundo, o sábado de zé-pereira é tão agitado quanto no Recife. É o dia do Galo da Madrugada, bloco que entrou no "Guinness Book" por arrastar mais de 1 milhão de foliões.
Neste ano o Galo faz seu 26º desfile e percorre o bairro de São José com o tema "Revivendo os Antigos Carnavais". "É um mote que me emociona por retratar o Carnaval da minha mocidade", conta o presidente e fundador da agremiação, Enéas Freire.
Do baú de lembranças ressurge a festa dos corsos (desfiles de automóveis), das máscaras, dos pierrôs e das chuvas de confete e serpentina. Qualquer semelhança entre a folia da "Veneza brasileira" e a da tradicional matriz européia não é mera coincidência.
Pólos de animação
Se o Galo dá o tom no sábado, a festa é igualmente animada em todos os outros dias. E se dilui em diferentes pólos de animação com programações distintas para agradar a todos.
A abertura oficial dos festejos é marcada por um ritual de peso. Às 18h da sexta-feira, o percussionista pernambucano mundialmente aclamado Naná Vasconcelos sai da rua da Moeda em direção ao Marco Zero, na ilha do Recife, regendo um cortejo integrado por 400 batuqueiros.
O encontro envolve 11 nações (grupos) de maracatu, que se juntam à Orquestra Sinfônica do Recife em palco no Marco Zero, fazendo um show que vai da música erudita aos ritmos africanos. Para fechar a noite com chave de ouro, sobe ao palco a Nação Zumbi, maior referência do movimento musical manguebeat.
Para se situar, vale aprender os nomes dos principais pólos de animação, pois muitos têm programação temática. No Pátio do Terço, por exemplo, funciona o Pólo Afro, cujos ritmos negros podem ser acompanhados diariamente em apresentações de grupos de maracatus e afoxés.
Recife Multicultural é o nome do pólo instalado no Marco Zero, local onde começou a capital pernambucana. É um bom endereço para quem quiser conferir várias amostras da cultura brasileira.
Por lá passam desde tradicionais maracatus, como o Estrela Brilhante, a grupos musicais da nova cena cultural --Mundo Livre S.A. e Cordel do Fogo Encantado, entre outros. Também estarão presentes veteranos do quilate de Paulinho da Viola.
A juventude se esbalda no Pólo Mangue, armado em frente ao prédio da antiga Alfândega, revitalizado e convertido num shopping center --o Paço da Alfândega. É lá que acontece o festival Rec Beat, conhecido por revelar novos grupos musicais no Estado.
Neste ano, DJ Dolores, Devotos e Eddie estão entre as atrações locais mais esperadas. "Também traremos nomes internacionais como o norte-americano Kenny Brown", conta o organizador do evento, Antonio Gutierrez.
No Pólo de Todos os Frevos, com corredores instalados nas avenidas Guararapes e Dantas Barreto, os desfiles começam à tarde num ritmo frenético que já virou marca do Estado.
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