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08/03/2004
-
02h33
enviado especial da Folha de S.Paulo à Riviera Francesa
O sol, a beleza --natural e humana-- e o Mediterrâneo estão lá, ainda que a temperatura caia. Com o inverno, a Côte d'Azur (costa do azul), no sudeste da França, perde um pouco a badalação, mas esbanja charme e aproveita para receber, com relativa tranqüilidade, os turistas pouco afeitos a banho de mar.
Para conhecer a Côte d'Azur, a parte francesa da Riviera, região que invade a Itália, pode-se ter como base a estratégica Nice, quinta maior cidade da França (350 mil habitantes), fundada por volta do ano 350 a.C. A partir da cidade, de carro, trem ou ônibus, pode-se chegar, em até duas horas, a destinos como Saint-Tropez, Cannes e o Principado de Mônaco.
Ao visitante, Nice não deve ser apenas um entreposto. São muitas as razões para dedicar alguns dias à cidade, que pertenceu à Itália até 1860 e é terra natal de fato de Giuseppe Garibaldi (1807-1882, líder da unificação italiana e participante da Farroupilha) e de adoção do pintor Henri Matisse.
A primeira razão é o Promenade des Anglais (passeio dos ingleses), a mais famosa avenida da Côte d'Azur. Com cerca de quatro quilômetros e paralelo a uma praia pedregosa, o passeio resume a Riviera: é um pólo de atração de turistas, uma bela paisagem e um local de ostentação para aqueles que querem e podem fazê-lo.
De um lado da avenida, de frente para o Mediterrâneo, estão enfileirados hotéis luxuosos, como o Négresco e o Meridien. Do outro lado, o calçadão recebe visitantes que saem de casa com seus patins, bicicletas ou cães, com os quais caminham para apreciar a vista.
A referência aos ingleses no nome do passeio lembra os patrocinadores da construção, iniciada na década de 1820, quando o reverendo inglês Lewis Way passou a coletar fundos para construir um caminho ao longo da praia e dar trabalho para os desempregados.
Indo pelo Promenade des Anglais, quase chegando ao porto de Nice, o passeio muda de nome: passa a se chamar Quai des États-Unis, cais dos Estados Unidos. Paralelo ao cais, no Cours Saleya, já em Vieux Nice, fica o Mercado das Flores ("Marché aux Fleurs"), onde se encontram doces, condimentos, plantas e até flores.
Nas regiões mais antigas de Nice, é curioso observar as placas das ruas. Elas têm nomes duplos: há a denominação atual e o modo como eram conhecidas antes de a cidade, então Nizza, ser entregue aos franceses. Alguns deles são simples traduções, outros tiveram seu significado alterado.
Carnaval
Mesmo durante a temporada fria, quando as temperaturas podem chegar a 0C, a cidade reúne turistas, que fogem do rigoroso frio norte-europeu e aproveitam um dos mais célebres Carnavais da Europa. Com origens que remontam ao século 13, a festa em Nice dura 18 dias.
O palco de encerramento do Carnaval de Nice é a avenida Jean Médecin. Nela está a Notre-Dame de Nice, igreja cuja arquitetura lembra a da homônima de Paris. Outro aroma parisiense na Jean Médecin é uma unidade das Galeries Lafayette. A avenida tem ainda "megastores" das cadeias Fnac e Virgin.
De lá, a cinco minutos a pé, chega-se ao calçadão ("zone piétonne") ao lado da praça de Masséna. Nele, mesas de cafés e restaurantes dividem o espaço com artistas de rua, o que garante ao almoço ou jantar uma pitada de diversão.
Marcelo Vaz voou a Nice a convite da Nokia.
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MARCELO VAZenviado especial da Folha de S.Paulo à Riviera Francesa
O sol, a beleza --natural e humana-- e o Mediterrâneo estão lá, ainda que a temperatura caia. Com o inverno, a Côte d'Azur (costa do azul), no sudeste da França, perde um pouco a badalação, mas esbanja charme e aproveita para receber, com relativa tranqüilidade, os turistas pouco afeitos a banho de mar.
Marcelo Vaz/Folha Imagem |
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Em Fréjus, a tarde ensolarada é palco de jogo de bocha em praça pública |
Para conhecer a Côte d'Azur, a parte francesa da Riviera, região que invade a Itália, pode-se ter como base a estratégica Nice, quinta maior cidade da França (350 mil habitantes), fundada por volta do ano 350 a.C. A partir da cidade, de carro, trem ou ônibus, pode-se chegar, em até duas horas, a destinos como Saint-Tropez, Cannes e o Principado de Mônaco.
Ao visitante, Nice não deve ser apenas um entreposto. São muitas as razões para dedicar alguns dias à cidade, que pertenceu à Itália até 1860 e é terra natal de fato de Giuseppe Garibaldi (1807-1882, líder da unificação italiana e participante da Farroupilha) e de adoção do pintor Henri Matisse.
A primeira razão é o Promenade des Anglais (passeio dos ingleses), a mais famosa avenida da Côte d'Azur. Com cerca de quatro quilômetros e paralelo a uma praia pedregosa, o passeio resume a Riviera: é um pólo de atração de turistas, uma bela paisagem e um local de ostentação para aqueles que querem e podem fazê-lo.
De um lado da avenida, de frente para o Mediterrâneo, estão enfileirados hotéis luxuosos, como o Négresco e o Meridien. Do outro lado, o calçadão recebe visitantes que saem de casa com seus patins, bicicletas ou cães, com os quais caminham para apreciar a vista.
A referência aos ingleses no nome do passeio lembra os patrocinadores da construção, iniciada na década de 1820, quando o reverendo inglês Lewis Way passou a coletar fundos para construir um caminho ao longo da praia e dar trabalho para os desempregados.
Indo pelo Promenade des Anglais, quase chegando ao porto de Nice, o passeio muda de nome: passa a se chamar Quai des États-Unis, cais dos Estados Unidos. Paralelo ao cais, no Cours Saleya, já em Vieux Nice, fica o Mercado das Flores ("Marché aux Fleurs"), onde se encontram doces, condimentos, plantas e até flores.
Nas regiões mais antigas de Nice, é curioso observar as placas das ruas. Elas têm nomes duplos: há a denominação atual e o modo como eram conhecidas antes de a cidade, então Nizza, ser entregue aos franceses. Alguns deles são simples traduções, outros tiveram seu significado alterado.
Carnaval
Mesmo durante a temporada fria, quando as temperaturas podem chegar a 0C, a cidade reúne turistas, que fogem do rigoroso frio norte-europeu e aproveitam um dos mais célebres Carnavais da Europa. Com origens que remontam ao século 13, a festa em Nice dura 18 dias.
O palco de encerramento do Carnaval de Nice é a avenida Jean Médecin. Nela está a Notre-Dame de Nice, igreja cuja arquitetura lembra a da homônima de Paris. Outro aroma parisiense na Jean Médecin é uma unidade das Galeries Lafayette. A avenida tem ainda "megastores" das cadeias Fnac e Virgin.
De lá, a cinco minutos a pé, chega-se ao calçadão ("zone piétonne") ao lado da praça de Masséna. Nele, mesas de cafés e restaurantes dividem o espaço com artistas de rua, o que garante ao almoço ou jantar uma pitada de diversão.
Marcelo Vaz voou a Nice a convite da Nokia.
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