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25/11/2004
-
10h37
Enviado especial a Curitiba
Curitiba é uma cidade nova diante dos padrões arquitetônicos mundiais. E é justamente essa jovialidade urbana que permite um interessante mergulho no universo das suas construções.
A capital paranaense, cuja fundação data de 1649, busca uma identidade em suas construções. Mesmo com um caráter turístico ainda em formação, os prédios públicos e os museus alcançam rara interação com os espaços em que estão inseridos.
O setor histórico da cidade concentra construções importantes do século 18, como a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, a mais antiga e que hoje abriga o Museu de Arte Sacra de Curitiba. Próxima ao museu está a Casa Romário Martins que guarda um grande acervo iconográfico da história curitibana. São prédios coloniais que não deixam nada a desejar para os mais afinados a incursões histórico-antropológicas.
Andando alguns quarteirões, aporta-se na 15 de Novembro, a primeira avenida brasileira a ser fechada ao tráfego de veículos (em 1971).
Ali está o Palácio Avenida, de 1929, onde funcionava um dos primeiros cinemas de Curitiba, o Cine Avenida. É nessa área da cidade que se nota a preocupação das administrações públicas e dos curitibanos com a preservação do patrimônio histórico da capital.
Mesmo as construções recentes trazem uma forte influência da arquitetura européia. É o caso de um dos cartões-postais de Curitiba, o Jardim Botânico Fanchette Rischbietter, inaugurado em 1991. Seus jardins geométricos de estilo francês e uma estufa de três abóbadas em estrutura metálica sofreram inspiração direta do art noveau do século 19.
Na linha das estruturas tubulares está a Ópera de Arame, talvez o prédio mais famoso da cidade. Inaugurado em 1992, o projeto do arquiteto Domingos Bongestabs está inserido onde funcionava uma antiga pedreira. Ali é que se vê uma perfeita interação entre ambiente e arquitetura, o ponto alto do turismo curitibano: mata nativa preservada num espaço de acústica singular para os espetáculos que o prédio acolhe.
Paralelamente à história das edificações, foi erguido em Curitiba um dos maiores complexos de exposições do Brasil: o Museu Oscar Niemeyer. Com o desenho arrojado do arquiteto, o prédio lembra um olho humano e impressiona pelas suas formas e pela amplidão da sua marquise.
Mas nem só de construções históricas e espaços artísticos vive a arquitetura curitibana. Novos hotéis e complexos empresariais têm dado o tom do recente projeto urbanístico da cidade. Com desenhos modernos, prédios de fachadas espelhadas refletem a veia econômica crescente da capital paranaense.
É o caso do recém-inaugurado Pestana Curitiba Hotel, da rede portuguesa Pestana de hotéis. Com a preocupação estética contemporânea, o projeto interage com a história da cidade, preservando a fachada da antiga residência do historiador e escritor paranaense David Carneiro. Hoje o espaço abriga exposições permanentes e mostras especiais. É a contribuição da modernidade hoteleira para a manutenção da memória na capital ecológica.
Renato Stockler viajou a convite da rede Pestana
Museu Oscar Niemeyer - Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico, em Curitiba. Tel. 0/xx/41/350-4400. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h30. Ingresso: R$ 4
Museu de Arte Sacra - Largo Coronel Enéas, Setor Histórico. Funciona de terça a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 9h às 14h. Tel: 0/xx/41/321-3265
Ópera de Arame - Rua João Gava. De terça a domingo, das 8h às 21h. Tel. 0/xx/41/354-3266.
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RENATO STOCKLEREnviado especial a Curitiba
Curitiba é uma cidade nova diante dos padrões arquitetônicos mundiais. E é justamente essa jovialidade urbana que permite um interessante mergulho no universo das suas construções.
A capital paranaense, cuja fundação data de 1649, busca uma identidade em suas construções. Mesmo com um caráter turístico ainda em formação, os prédios públicos e os museus alcançam rara interação com os espaços em que estão inseridos.
O setor histórico da cidade concentra construções importantes do século 18, como a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, a mais antiga e que hoje abriga o Museu de Arte Sacra de Curitiba. Próxima ao museu está a Casa Romário Martins que guarda um grande acervo iconográfico da história curitibana. São prédios coloniais que não deixam nada a desejar para os mais afinados a incursões histórico-antropológicas.
Andando alguns quarteirões, aporta-se na 15 de Novembro, a primeira avenida brasileira a ser fechada ao tráfego de veículos (em 1971).
Ali está o Palácio Avenida, de 1929, onde funcionava um dos primeiros cinemas de Curitiba, o Cine Avenida. É nessa área da cidade que se nota a preocupação das administrações públicas e dos curitibanos com a preservação do patrimônio histórico da capital.
Mesmo as construções recentes trazem uma forte influência da arquitetura européia. É o caso de um dos cartões-postais de Curitiba, o Jardim Botânico Fanchette Rischbietter, inaugurado em 1991. Seus jardins geométricos de estilo francês e uma estufa de três abóbadas em estrutura metálica sofreram inspiração direta do art noveau do século 19.
Na linha das estruturas tubulares está a Ópera de Arame, talvez o prédio mais famoso da cidade. Inaugurado em 1992, o projeto do arquiteto Domingos Bongestabs está inserido onde funcionava uma antiga pedreira. Ali é que se vê uma perfeita interação entre ambiente e arquitetura, o ponto alto do turismo curitibano: mata nativa preservada num espaço de acústica singular para os espetáculos que o prédio acolhe.
Paralelamente à história das edificações, foi erguido em Curitiba um dos maiores complexos de exposições do Brasil: o Museu Oscar Niemeyer. Com o desenho arrojado do arquiteto, o prédio lembra um olho humano e impressiona pelas suas formas e pela amplidão da sua marquise.
Mas nem só de construções históricas e espaços artísticos vive a arquitetura curitibana. Novos hotéis e complexos empresariais têm dado o tom do recente projeto urbanístico da cidade. Com desenhos modernos, prédios de fachadas espelhadas refletem a veia econômica crescente da capital paranaense.
É o caso do recém-inaugurado Pestana Curitiba Hotel, da rede portuguesa Pestana de hotéis. Com a preocupação estética contemporânea, o projeto interage com a história da cidade, preservando a fachada da antiga residência do historiador e escritor paranaense David Carneiro. Hoje o espaço abriga exposições permanentes e mostras especiais. É a contribuição da modernidade hoteleira para a manutenção da memória na capital ecológica.
Renato Stockler viajou a convite da rede Pestana
Museu Oscar Niemeyer - Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico, em Curitiba. Tel. 0/xx/41/350-4400. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h30. Ingresso: R$ 4
Museu de Arte Sacra - Largo Coronel Enéas, Setor Histórico. Funciona de terça a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 9h às 14h. Tel: 0/xx/41/321-3265
Ópera de Arame - Rua João Gava. De terça a domingo, das 8h às 21h. Tel. 0/xx/41/354-3266.
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