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31/03/2005 - 10h12

Fernando de Noronha: Tours evidenciam a beleza subaquática

SILVIO CIOFFI
Enviado especial a Fernando de Noronha

Quem chega ao porto de Fernando de Noronha logo se depara com uma profusão de guias treinados oferecendo tours. Dali, é possível empreitar passeios de barco ou simplesmente entrar no microônibus regular que parte a cada meia hora percorrendo toda a BR-363 (uma das menores estradas federais do Brasil, com apenas 7,2 km).

Outras hipóteses são alugar um buggy -com ou sem motorista- para roteiros específicos ou, ainda, combinar um passeio de dia inteiro num veículo 4x4, que comporta até cinco pessoas.

As operadoras Atalaia (tel. 0/ xx/81/3619-1328) e Luck (tel. 0/ xx/81/3619-1371) são bastante confiáveis, mas convém, ainda no porto, cotar um passeio sob medida para o espírito de aventura do momento e para o clima do dia. Fazer planasub --mergulho puxado por uma lancha-- também está bastante em voga.

Já fazer mergulho autônomo, com cilindros de ar comprimido pode significar toda a diferença -há na ilha operadoras como a Atlantis (tel.: 0/xx/84/206-8841), a Noronha Divers (tel.: 0/xx/81/3619-1112) e a Águas Claras (tel.: 0/xx/81/ 3619-1225).

Assim como o morro do Pico, de 321 m, pode ser avistado de quase qualquer lugar, a riqueza subaquática impressiona. A visibilidade submarina pode alcançar 50 m e há, em muitas das praias, tartarugas imensas: a verde, ou aruanã, e a tartaruga-de-pente; lagostas, raias, polvos, moréias, além de uma infinidade de tubarões (martelo, bico-fino, galhudo, cavala, papa-areia, cabeça-de-cesto, charuto, bruxa, lixa, azul, fidalgo, etc.). Convém lembrar que praticamente não há registros de tubarões terem atacado banhistas em Fernando de Noronha, onde esses animais encontram farta alimentação. De troça, os guias costumam dizer que os tubarões lá são vegetarianos, emendando com uma frase de humor negro ("comem só batata da perna e maçã do rosto...").

Entre as aves, os atobás são numerosos, e as viuvinhas fazem seus ninhos com algas nas encostas rochosas.

Pedras no caminho

A temperatura média anual no arquipélago é de 27C. Em geral o calor é tal que é bom nunca esquecer um filtro solar potente, garrafas de água e roupas leves.

As chuvas são mais freqüentes de fevereiro a julho, mas até nessa época o calor é implacável.

Quem vai de navio, caso dos passageiros do Pacific, não precisa levar comida ao arquipélago. Já quem fica em uma das pousadas rústicas, geralmente no bairro Floresta Nova, não passa aperto se levar um farnel de guloseimas como frutas secas, chocolates etc -iguarias são raras na ilha.

O celular da Vivo raramente funciona e, nesse paraíso ilhado, onde os relógios devem ser adiantados uma hora em relação a Brasília, o jeito é esquecer de levar roupas chiques e até mesmo calças compridas. Há uma única agência bancária, do ABN Amro/ Real, na Vila dos Remédios, diante da igrejinha.

Entre as pousadas mais sofisticadas, há a Privê Paradise --conhecida como a pousada do Zé Maria, de José Maria Sultano Rodrigues, figura importante na ilha.

A pousada Solar dos Ventos, do major Antonio Luiz Brussolo; a pousada Maravilha, do apresentador de TV Luciano Huck e do empresário João Paulo Diniz; e o tradicional hotel Esmeralda também são referências de hospedagem.

Os restaurantes são simples, com destaque para a Trattoria di Morena e o Ekologiku's.

Explorar é preciso

Além das praias do mar de Dentro (voltado para o Brasil) e do mar de Fora (que mira o Atlântico), há programas mais urbanos.

Passear pela Vila dos Remédios, com sua singela igrejinha barroca de 1722, seu palácio encarnado chamado de São Miguel, sua fortaleza do início do século 18 e seu museu, é a melhor forma de começar a conhecer a história do arquipélago, que já foi local estratégico na época das navegações e teve 11 fortes. Do alto do forte da Vila dos Remédios (1735), avista-se a vulcânica praia da Biboca.

Agora é época de grandes ondas, e os surfistas circulam pelas praias do Cachorro (onde à noite há um animado forró), pela Cacimba do Padre e pelo Boldró, onde as ondas são boas quando a maré está alta.

Quem busca tranqüilidade deve procurar a baía dos Porcos e a natureza selvagem do Leão, assim chamada porque tem um enorme rochedo que lembra a forma de um leão-marinho.

Na praia do Sueste, onde o mar também é calmo, o ideal é fazer snorkel no aquário natural, há poucas ondas e muitas tartarugas.

Já para chegar à praia do Sancho, tida como a mais bela da ilha, é preciso empreender uma caminhada leve, onde com sorte são avistados o teju (tipo de lagarto) e o mocó, espécie de preá. Depois é preciso enfrentar três lances alucinantes de escada, descendo por entre uma fenda de pedras, passeio que deve ser feito com a assistência de um guia.

Aí, o ideal é levar, numa pequena mochila, máscara e snorkel, ou um bom óculos de natação, e um par velho de tênis.

Em seguida vale visitar a Cacimba do Padre, no canto esquerdo, praia onde, entre 14 e 28 de fevereiro, ocorre uma etapa do campeonato mundial de surfe.

Ali, a ilha Dois Irmãos chama a atenção do visitante. E, de lá, deve-se seguir até as piscinas naturais da baía dos Porcos sem, no entanto, entrar nelas, evitando perturbar a delicada fauna marinha ali encontrada: peixinhos como sargentinhos, esponjas, corais e o aratu, caranguejo colorido, maravilham o banhista.

Silvio Cioffi viajou a convite da CVC.

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