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16/03/2006 - 10h34

Neve: Aspen é glamourosa, mas sem melindres

MARGARETE MAGALHÃES
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Colorado

Envolta pelo glamour e pelas montanhas do Colorado, a estação de esqui considerada a mais elegante dos EUA e a preferida dos brazilionaires, como são chamados os brasileiros endinheirados, tem menos frescura do que a aura que lhe foi depositada.

Aspen fica encravada entre montanhas e é até isolada. É demorado chegar ali --a cidade é acessível por conexões via Denver (com mais quatro horas de viagem de carro), Vail (a uma hora e meia de estrada) ou, a melhor de todas as opções, mas com poucos vôos, diretamente no pequeno aeroporto de Aspen.

Quatro vezes

Tudo em Aspen gira em torno de suas quatro montanhas poderosas, que fazem a população de 6.000 habitantes mais que quadruplicar, indo para 27 mil pessoas na temporada, que termina em duas das montanhas --Aspen Mountain e Snowmass-- daqui a um mês, no dia 16.

Mas, mesmo com tanta gente, Aspen tem estrutura, e não há filas enormes para tomar as gôndolas para o topo. A cidade também mantém a aura de um lugar de bacanas, e é verdade. Muitas estrelas têm casas ou moram ali: Jack Nicholson, Goldie Hawn, Kurt Russell, Ringo Starr. Dizem, porém, que eles conseguem circular sem tietagem --talvez se não houver brasileiro por perto.

"Muitos pensam que Aspen é superficial, mas não queremos revistas de celebridades", diz o argentino Nicolás Barrancos, gerente de marketing.

O fato é que não faltam em Aspen brasileiros mais e menos incógnitos esquiando, fazendo snowboard e trabalhando nas estações e nos hotéis.

O Brasil é o terceiro maior mercado, só atrás dos australianos e dos ingleses, mas somos o número um em gastos.

Os verdes-amarelos torram, em média, US$ 380 por dia, contra a média norte-americana de US$ 300. Em 2005, brasileiros gastaram US$ 80 milhões em propriedades --as casas custam, em média, US$ 6 milhões.

Os valores são mega, mas o centrinho é mini, e fica fácil ganhar intimidade com a cidade, que tem apenas cinco principais ruas, paralelas (Durant, Cooper, Hyman, Hopkins e Main), e cerca de 15 quadras perpendiculares. Concentram-se ali mais de 225 butiques, com joalherias, 30 galerias de arte e vitrines das grifes Fendi, Prada, Gucci, Christian Dior e Ralph Lauren, que ficam mais reluzentes quando iluminadas, durante a noite.

Se há produtos para os endinheirados, encontram-se também suvenires e camisetas a menos de US$ 20 em lugares como a Carl's Pharmacy (E. Main), uma loja de conveniência, em que, dizem, não raramente se topa com Kevin Costner.

No fim da temporada, as lojas liquidam. Nessa época, as menos estreladas expõem seus produtos despojadamente em araras colocadas nas calçadas.

Para comer também é possível, em vez de gastar US$ 30 no prato principal do Elevation (304, Hopkins) ou no do asiático Keniche (533, Hopkins) ou no do tradicional The J-Bar (330, E. Main), dentro do histórico hotel Jerome, ir ao McDonald's ou ao Mezzaluna (624, E. Cooper) e, nesse caso, no "aprés-ski" (espécie de happy hour), matar a fome com uma pizza e duas cervejas por US$ 10.

Nem todos são famosos em Aspen, mas todos têm em comum o fato de adorar deslizar pelas quatro poderosas.

Margarete Magalhães viajou a convite da Aspen Skiing Company e da American Airlines

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