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25/01/2007 - 09h07

Colômbia: Praia de Santa Marta pulsa livre das Farc

CAROLINA VILA-NOVA
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Santa Marta

Pensou em um lugar que ofereça montanhas à beira do mar do Caribe, mergulho, esportes náuticos, trilhas para caminhada, cultura pré-colombiana e um toque de história política latino-americana? Esse lugar é a pequena localidade de Santa Marta, na costa caribenha da Colômbia, na face norte.

O clima de tranqüilidade faz esquecer que Santa Marta, a cidade mais antiga do país, fundada em 1525, é um importante centro portuário com cerca de 500 mil habitantes.

Tampouco há sinais da presença dos grupos paramilitares de direita que, criados para combater a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), comandavam tradicionalmente a região.

A maioria deles se desmobilizou como parte de um plano de paz promovido pelo governo do presidente Álvaro Uribe, e o que era impensável há alguns anos --como transitar livremente pelas estradas locais sem ser parado pelos "postos de controle" desses grupos-- hoje não apenas é possível como seguro.

"Infelizmente, o que aconteceu nos últimos anos nos EUA, em Madri e no Reino Unido nos colocou em pé de igualdade em termos de vulnerabilidade", diz Nubia Stella Martínez, diretora de turismo da ProExport, o escritório de promoção comercial do governo colombiano, em referência aos atentados terroristas registrados nesses lugares em 2001, 2004 e 2005.

"Por sorte, a Colômbia pode exibir hoje índices de segurança bastante positivos. Isso nos permite, com responsabilidade, convidar turistas a um país que pode ser tão seguro quanto o Brasil e outros lugares turísticos", afirma.

Santa Marta hoje se tornou um alvo-chave da estratégia governamental para incrementar o turismo na Colômbia, a reboque da melhora generalizada dos índices de segurança exibidos pelo país nos últimos quatro anos.

Porém, a cidade ainda precisa investir significativamente para desenvolver sua infra-estrutura turística.

Noitada caribenha

A zona de El Rodadero é a preferida dos turistas por concentrar uma estrutura hoteleira um pouco mais sólida, com opções de hospedagem de vários padrões, além de bares, restaurantes e locais para a compra de artesanato.

À noite, com o clima quente refrescado pela brisa do mar, o calçadão --ou "camellón", como é chamado pelos locais-- atrai visitantes e moradores para escutar e dançar a chamada música "vallenata", que inclui entre seus ritmos o merengue.

Pequenos grupos de músicos populares fazem rodinhas pelo calçadão e na areia da praia, tocando e cantando ao som de acordeão, violão e instrumentos de percussão como o bongô.

Um puxador canta a primeira parte em verso fixo, enquanto os demais se revezam na segunda parte improvisada. Uma bebida que parece aguardente rola solta --mas a recomendação ao turista é que não se atreva a tomar nem um único trago oferecido pelos músicos.

A cidade se orgulha ainda de um filho ilustre --Carlos "El Pibe" Valderrama_, um dos mais famosos jogadores de futebol colombianos, que tem uma estátua em uma praça local exibindo sua imensa cabeleira.

CAROLINA VILA-NOVA viajou a convite da ProExport Colombia e da companhia aérea Avianca

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