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25/01/2007 - 09h12

Colômbia: Parque encerra a herança dos tayrona

CAROLINA VILA-NOVA
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Santa Marta

A grande estrela de Santa Marta é o Parque Nacional Natural Tayrona, que faz parte da Sierra Nevada de Santa Marta, a formação montanhosa litorânea mais alta do mundo. A apenas 42 quilômetros da costa, alcança a altura de 5.775 metros no seu pico mais alto.

O nome do parque vem dos índios tayrona, uma das civilizações pré-colombianas mais avançadas, que habitaram essas montanhas por centenas de anos antes da chegada dos espanhóis.

Essa civilização é reconhecida pela qualidade de seu trabalho em ourivesaria, e muitas das suas peças de ouro, como colares, piercings e brincos, estão em exposição no Museu do Ouro da capital Bogotá e no pequeno Museu do Ouro de Santa Marta.

O uso de cerâmicas para fins ornamentais e cerimoniais também foi bastante desenvolvido entre os tayrona. Diz-se, ainda, que eram um povo "avançado" para os padrões comportamentais espanhóis de então, admitindo o divórcio e o homossexualismo.

O parque soma 15.000 hectares --dos quais 12.000 são terrestres e 3.000 são marinhos.

Os cerca de 85 quilômetros de costa formam baías e enseadas lindas como as de Concha e Neguange, com corais de recifes e praias praticamente desertas de um azul profundo e areia branca. Mas, devido às fortes correntes, nem todas são apropriadas para banho.

Chega-se de Santa Marta ao parque pela rodovia que leva a Riohacha, num percurso de 34 quilômetros. Da entrada do parque, o visitante pode caminhar ou tomar uma caminhonete até o início da trilha para as praias.

A Unidade de Parques Nacionais do governo colombiano recomenda que se caminhe em grupo, com guias especializados e somente pelas trilhas autorizadas.

O parque abriga mais de 100 espécies de mamíferos, como o veado, 200 de aves, como o condor e a águia branca, e 50 de répteis.

Praias

A primeira praia é Cañaveral, onde ficam os "ecohabs", cabanas com capacidade para entre quatro e seis pessoas que imitam as construções dos índios tayrona. Em outubro, os "ecohabs" estavam sendo redormados, em preparação para a alta temporada.

Há também zona para camping e um bom restaurante, o Tayrona, onde alguns dos pratos típicos locais, como o arroz de coco, podem ser experimentados.

Para quem pratica esportes náuticos e o mergulho, a praia ideal é Bahía Concha.

A praia de Arrecifes se comunica com a de Cañaveral por um caminho de terra rodeado de vegetação tropical, garantindo sombra e frescor na cerca de uma hora de percurso.

Um coral de recifes faz com que essa praia seja bastante tranqüila e torna o mergulho no local uma atividade atraente. Há aí pequenos restaurantes de comida típica, área para camping com capacidade para até 76 barracas e, também, "ecohabs".

Há um projeto para a construção, a partir de 2007, de um teleférico ligando Cañaveral e a terceira praia, San Juan del Guía, onde se pode praticar o nudismo.

Pueblito

A partir de Arrecifes, pode-se seguir até o pé da serra por um caminho de pedras que leva às ruínas de Pueblito, o antigo povoado indígena pré-hispânico de Chayrama, que é de etnia tayrona.

O trajeto tem quase 15 quilômetros e por essa via o visitante tem um bom panorama de grande parte da costa do parque Tayrona. Recomenda-se fazer o passeio acompanhado por guias; alguns hotéis organizam caminhadas.

Estão aí verdadeiras relíquias arqueológicas, fragmentos da história da cultura tayrona, com ruínas de escadas, casas, pontes e canais que esboçam um antigo sistema de aqueduto --construções bastante semelhantes às da mítica Cidade Perdida.

Em Pueblito, não é permitido se hospedar nem acampar.

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