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20/03/2007 - 18h39

"Diário de Bordo": "Casal Aventura" se diverte entre lavanderias e girassóis

da Folha Online

Diário de Bordo O casal Flávio Prado e Maira Hora aproveitam as lavanderias baratas e os campos de girassóis da Argentina. A parada faz parte da Expedição Cone Sul. Os dois vão conhecer as paisagens mais deslumbrantes da região, contando tudo para a Folha Online. A viagem começou em São Paulo e prevê passagens por cidades do sul do país, Argentina e Chile.

Confira o relato do décimo terceiro dia (13 de março) desta aventura.

Lavanderias e girassóis

Descemos para o café e depois fomos buscar nossas roupas na lavanderia do Tony. As lavanderias funcionam muito bem na Argentina: são rápidas e baratas. Lavam suas roupas e as entregam secas e dobradas em apenas três horas. Um engradado de roupas sujas para lavar é muito barato. Se no Brasil fosse assim, ninguém mais lavaria roupas em casa.

Flávio Prado/Folha Imagem
Secretaria de Turismo em Necochea, Argentina
Secretaria de Turismo em Necochea, Argentina
Saímos às 9h40. Trilha sonora: Tribalistas. Pegamos a rota 88 no quilômetro zero. Trata-se de uma estrada de mão dupla e com boa pavimentação, cortando as planícies verdes. A estrada está cheia de caminhões e tratores, pois estamos em época de colheita de grãos. O movimento aqui é grande. Passamos por entradas de diversas fazendas --Don Leopoldo, La Cocolá, La Hermosa, El Paraíso, El Colibri. A estrada corta as fazendas e o mar está a apenas 17 km de distância.

Chegando na Estância San Martin e logo vimos uma quantidade imensa de gado e de campos de girassóis já secos, apenas à espera da colheita. Nos meses de janeiro e fevereiro poderíamos sentir como se estivéssemos dentro de uma tela de Van Gogh. É muito lindo. São quilômetros e mais quilômetros de plantações de girassol. Vocês não podem imaginar: campos de girassol ao som de "Unforgiven", do Metállica.

Paramos em um posto de abastecimento chamado EESS e encontramos dois argentinos muito simpáticos, donos do mercado do posto de gasolina. Eles indicaram a cidade de Quequen-Necochea. Falaram tão bem das cidades! Disseram que Necochea estava catalogada pela Secretaria de Turismo Nacional por possuir as praias mais lindas da Argentina. Não precisa nem dizer, né? Mudamos o roteiro.

Entramos em Quequen, cidade que ainda não é autônoma e, portanto, pertence à Necochea. O rio Quequen divide as cidades. Em Necochea fomos direto à Secretaria de Turismo e Cultura. Samantha, funcionária da Secretaria, nos atendeu e deu todas as informações sobre a cidade. Ao analisarmos cuidadosamente o mapa, percebemos que se tratar de uma cidade com crescimento organizado: suas ruas não têm nomes, mas números.

Flávio Prado/Folha Imagem
Praia de Necochea onde há barracas com cadeiras e mesa que podem ser alugadas
Praia de Necochea onde há barracas com cadeiras e mesa que podem ser alugadas
A primeira praia chama-se Balneários Centrais. Organizada e limpa, possui cabanas para aluguel, como em qualquer outro balneário. No entanto, esta praia é muito mais democrática que todas aquelas que já vimos em Mar Del Plata. Você pode estacionar seu carro ao longo de toda a avenida 2 e descer para a praia. Caso não queira ficar em uma barraca, você pode montar o seu guarda-sol, esticar sua canga. A praia é sua --e lindas.

Seguimos de carro pela avenida 2 até o parque Miguel Lillo, que possui ampla estrutura para crianças, circuito aeróbico, lago com cisnes, camping e trilhas. De carro, passamos por um condomínio fechado chamado Barrio Medanos --com casas lindas.

Seguindo reto, você acha que a estrada de terra está acabando mas, de repente, o mar. Lindo, lindo, lindo! Não dá para dizer outra coisa de um lugar como esse. Os carros podem entrar nas praias, os surfistas conseguem surfar e as pessoas pescam. Você vê grupos de amigos com pick-ups e jipes pescando e se divertindo. Lembrei das viagens da adolescência, por Maresias e Trindade. O astral da costa de Necochea é outro; totalmente diferente de Mar Del Plata. Se você gosta e curte atividades na natureza, este é o local.

A cidade tem um cassino e uma rambla de compras charmosíssima, com diversos restaurantes interessantes. Preste atenção ao horário da "siesta" --que vai das 13h30 até 16h30. Como durante o dia as pessoas estão na praia. Por isso, o movimento em estabelecimentos comerciais é maior à noite.

Flávio Prado/Folha Imagem
Praia no Parque Miguel Lillo, em Necochea
Praia no Parque Miguel Lillo, em Necochea
Tomamos um sorvete de chocolate e saímos em direção a Tres Arroyos, pela RP228. Na estrada, em Três Arroyos, paramos no YPF para abastecer. Aqui já não praticam preços diferentes, ou seja, só nas fronteiras os estrangeiros pagam mais que argentinos.

Logo depois do posto de abastecimento entramos na tão esperada Rota 3. Chegando à Bahía Blanca, nossa primeira parada é a Secretaria de Turismo, no prédio da prefeitura. Fomos atendidos por Andréa, que foi perfeita ao fazer uma pequena explicação sobre a cidade. Lá você pode pegar o mapa da cidade, um roteiro gastronômico e uma lista com todos os hotéis da cidade --com preços, endereços e categoria. Todos eles no centro.

Fomos ao hotel Belgrano, que, apesar das três estrelas de seua classificação, deixou muito a desejar. Percebemos que a hotelaria na cidade é cara e deficiente. Pessoas bonitas passeando e comprando. A cidade é um pólo petroquímico; por isso a presença de grandes empresas como Wal-Mart, Audi, Toyota, Makro, entre outras.

A cidade é pequena e não tem grandes atrações turísticas, mas percebe-se que o nível cultural e social é mais alto que em diversas cidades por onde passamos. Há uma extensa programação cultural em seus dez museus, quatro cinemas, com jornada artística, semana cultural da língua francesa, diversos recitais e performances.

Flávio Prado/Folha Imagem
Restaurante Bambú em Bahia Blanca com sistema
Restaurante Bambú em Bahia Blanca com sistema "Tenedor Libre" (buffet livre)
À noite fomos jantar em um buffet --"comum" para os brasileiros, mas a "coqueluche" do momento por aqui, chamado de "tenedor libre". O restaurante Bambú fica na rua Chiclana com a rua Las Heras. Os proprietários são chineses; é incrível como conseguiram incorporar a comida oriental e saladas à comida Argentina, mas sem "agressões gastronômicas". Tudo muito equilibrado e gostoso. O ambiente é lindo, com iluminação e decoração perfeitas. O restaurante fica lotado; é freqüentado por jovens, famílias e viajantes. Em plena terça-feira o restaurante está com fila na porta. Prova de que os chineses sabem trabalhar e se adequar às necessidades da cidade. Passeamos um pouco e retornamos ao hotel. Sairemos amanhã cedo rumo à Viedma.

Em sua aventura, o casal tem o apoio da Lenovo; da TIM Roaming Internacional; e da Virtual Track.

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