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11/06/2012 - 11h38

SPFW: Fernanda Yamamoto fala sobre a carreira de estilista ao "Folhateen"

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IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

"É preciso ralar muito. Fui até separadora de botões do Alexandre Herchcovitch." A frase é da estilista Fernanda Yamamoto, 33, um dos nomes em ascensão no disputado mercado de moda brasileiro.

Com a largada da São Paulo Fashion Week hoje, o "Folhateen" convidou dois jovens estudantes de moda para um papo sobre o mercado de trabalho e a profissão de estilista com Fernanda.

Ela recebeu Maria Vitória Grisi, 17, e Lavoisier Clement, 23, em meio a croquis e provas finais dos modelos que ela desfila no sábado, no Pavilhão da Bienal.

Lucas Lima/Folhapress
Fernanda Yamamoto entre os estudantes Lavoisier e Maria Vitória
Fernanda Yamamoto entre os estudantes Lavoisier e Maria Vitória

Ansiosa por conhecer mais de perto a proposta de alguém que apostou no trabalho autoral e conseguiu emplacar a própria marca, Maria Vitória logo quis saber sobre o começo da carreira de Fernanda.

A estilista contou que só foi se envolver com moda aos 24 anos, após se formar em administração de empresas.

E deu uma lição que os garotos acharam valiosa: "É importante ralar no começo da carreira. É muito mais transpiração do que inspiração".

Por ralar, Fernanda quer dizer conhecer todas as etapas do processo de criação. Antes de ser criadora, por exemplo, ela lembra que já passou roupa, arrumou loja e costurou muito à máquina.

"Todos querem ser estilistas, mas não há espaço suficiente e é importante saber fazer uma roupa antes de criá-la", adverte a paulistana.

O estágio é fundamental. Antes de partir para a marca própria, fundada há quatro anos, Fernanda trabalhou na Calvin Klein e na Tufi Duek, em Nova York, onde estudou.

"É legal trabalhar em uma grande marca, assim temos noção do processo como um todo, além de ter sempre pé no chão para saber o que é possível ou não."

Maria Vitória, que estuda para ser estilista, saiu com uma pulga atrás da orelha: "Estou pensando seriamente em mudar para modelagem", confessou.

NEGÓCIOS

Já o interesse de Lavoisier está focado no mercado de moda, assunto sobre o qual ele não economizou perguntas -imagem, tecidos, parcerias, tudo entrou no radar.

Fernanda lembrou ao garoto que a moda é um trabalho coletivo, que vai desde a ideia para uma peça até um desfile, passando por confecção e distribuição.

"O trabalho autoral torna o produto mais caro", explica a estilista. "Há todo um processo de pesquisa de materiais, de busca por uma modelagem diferenciada. Fora os impostos, que encarecem tudo." Nas araras de sua loja, na Vila Madalena, vestidos de mais de R$ 500 são comuns.

Mas nem tudo são percalços. Segundo Fernanda, não há nada que lhe dê mais satisfação do que ver alguém na rua usando uma criação sua.

"A profissionalização da moda no Brasil é algo muito recente", analisa ela. "Nunca houve tantas faculdades de moda, por exemplo."

"O Brasil ainda é um bebê, mas, finalmente, a moda está na moda", conclui, antes de correr para os último retoques em sua coleção.

SÃO PAULO FASHION WEEK
QUANDO de hoje a sábado
ONDE Fundação Bienal (Parque do Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3; tel. 0/xx/11/5576-7600)
QUANTO para convidados
CLASSIFICAÇÃO não informada

 
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