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Cena balcânica é sucesso nas festas nova-iorquinas
DE SÃO PAULONo início deste ano, mais de 3.500 pessoas se espremeram nos salões de uma mansão para festas no Brooklin, em Nova York, para dançar no Goldn Festival.
Idealizado pelo músico e professor de dança Michael Ginsburg, o evento é hoje uma das maiores festas da cena balcânica de Nova York.
Trumpetista e líder da banda Zlatne Uste, Ginsburg, 66, fez sua primeira festa há 30 anos, com três grupos de música e cerca de 50 participantes.
"A explosão da música e dança dos Bálcãs em Nova York aconteceu nos últimos quatro anos", diz Ginsburg à Folha.
O circuito, hoje, vai do Lincoln Center, maior complexo de teatros de música e dança de Nova York, às baladas da cidade, em clubes como o Drom, no East Village, que tem até sua banda balcânica residente, a New Gipsy All Stars.
PARA DANÇAR
"É uma música feita para dançar. Há muita coisa ainda desconhecida, mas não é uma arte insular, foi feita para se espalhar pelo mundo, como os ciganos que absorvem e transmitem todas as culturas com as quais tiveram contato".
Os filmes do cineasta sérvio Emir Kusturica, ("Underground- Mentiras de Guerra"), as trilhas sonoras de seu conterrâneo Goran Bregovic, o punk cigano da banda Gogol Bordello também contribuíram para popularizar a cultura desses países europeus na América.
A cena balcânica também tem animado a noite paulistana. São festas mensais, trimestrais ou sem data marcada para acontecer.
Algumas são itinerantes, como a Gas Gas. A balada paulistana tem a participação do DJ Rica Amaral, que também estará na discotecagem das festas do evento no Sesc Pompeia.
Uma das baladas mais recentes, a Caravana Cigana, teve sua segunda edição no último dia 11, com atrações como a Orkestra Bandida, banda brasileira que também estará no Festival de Música e Danças dos Bálcãs.
