Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Acontece

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Gravadora Sub Pop faz 1º festival em SP

Selo americano que lançou a cena grunge nos anos 1990 faz hoje festa com as bandas Mudhoney, Obits e METZ

Evento é organizado em parceria com produtoras brasileiras e deve ocorrer no Brasil nos próximos anos

GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULO

Nesta noite, São Paulo passa a fazer parte da história de uma das gravadoras independentes de maior destaque na história do rock, a Sub Pop Records, de Seattle (EUA).

Nas décadas de 80 e 90, o selo, então recém-criado, lançou nomes da cena grunge como Nirvana e Soundgarden.

A capital paulista recebe pela primeira vez o Sub Pop Festival, evento realizado pelo selo em parceria com as produtoras brasileiras Inker, de São Paulo, e A Construtora, de Goiânia.

No palco do Audio Club, na Água Branca, vão tocar três bandas que fazem parte do catálogo da gravadora, as americanas Mudhoney e Obits e a canadense METZ.

As duas últimas farão sua estreia por aqui, enquanto a primeira já é veterana no Brasil. Prata da casa da Sub Pop, o Mudhoney já tocou cinco vezes no país. O quarteto está na gravadora desde o seu primeiro single, de 1988, e o vocalista, Mark Arm, é também gerente de estoque na empresa há oito anos.

Mais que a primeira edição em São Paulo, esta é a primeira vez, desde os anos 80, que a gravadora realiza um festival fora dos EUA. A ideia partiu das produtoras brasileiras e foi acatada por Jonathan Poneman, 56, fundador da Sub Pop. O festival deve entrar no calendário anual do selo e seguir ocorrendo por aqui nos próximos anos.

A expansão para a América do Sul vem também com mais três edições. Amanhã, o evento ocorre em Goiânia, dentro do festival independente Bananada. No último final de semana, o evento já foi realizado também em Santiago, no Chile, e em Buenos Aires, na Argentina.

"Acho que francamente temos mais fãs entusiastas e apaixonados na América do Sul do que nos Estados Unidos", conta Poneman sobre a decisão. Para ele, a internet é a responsável por isso.

"Claro que ainda há uma agenda muito forte das grandes gravadoras, que determina o que a maioria das pessoas vai ouvir e gostar, mas hoje há menos influência. Com a internet, os fãs estão melhor informados", avalia ele, para quem "não há crise na indústria da música".

"São só mudanças. Antigamente, poucos músicos ganhavam muito dinheiro. Agora temos mais músicos, mas sem ganhar tanto dinheiro. É um sistema melhor", diz.

Como manda a etiqueta, Poneman diz gostar igualmente das três bandas convidadas, mas não hesita, no entanto, em indicar o melhor show da noite. "As pessoas vão presenciar o METZ explodindo na cara delas e isso vai mudar as suas vidas", ri ele, fã inveterado de punk rock.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página