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Dificuldades do dia a dia estão em 'Catraca'

Peça, em cartaz no Sesc Pompeia, debate barreiras políticas, sociais e pessoais com textos de cinco dramaturgos

Para entrar na sala onde são realizadas as sessões, espectadores passam um de cada vez por roleta de ônibus

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O público se aperta para entrar no teatro onde "Catraca" está em cartaz. Apenas um espectador por vez é capaz de ingressar no espaço.

Roletas --iguais àquelas utilizadas no transporte público-- controlam o acesso da plateia à sala.

Os atores Luah Guimarãez, Luís Mármora e Luna Martinelli, entre outros, fazem o mesmo percurso dos espectadores ao entrar em cena nesta peça que convida a refletir sobre as catracas do mundo contemporâneo.

"É assim que vivemos nos dias de hoje: tendo que passar por infinitas catracas. Elas impedem a vida de fluir", afirma a diretora da peça, Márcia Abujamra.

GERAÇÕES E ESTILOS

Neste espetáculo, catracas políticas, sociais e pessoais, que em vez de auxiliar dificultam o dia a dia, transformam-se em tema para cinco dramaturgos, de gerações e estilos distintos.

Jô Bilac reflete sobre a indústria da celebridade ao retratar uma entrevista entre um repórter e uma modelo durante um desfile de escola de samba.

Noemi Marinho fala sobre um casal em final de relacionamento. Priscila Gontijo discute sobre abuso de poder e competição no ambiente profissional. Já Marcelo Romagnoli compõe um fragmento da relação desgastada existente entre Deus e Eva.

Fernando Bonassi é responsável por pequenos monólogos extraídos do livro ainda inédito "Sociedade Anônima", que apresentam situações nas quais as regras geram experiências absurdas e contraditórias.

A linguagem literária de Bonassi se contrapõe aos diálogos curtos e cortantes de Bilac e Gontijo, e, por sua vez, à abertura do texto de Marinho, encenado duas vezes durante o espetáculo.

"Achei que a mistura de estilos e os diferentes pontos de vista desses autores sobre o tema poderiam ser enriquecedores e ampliariam a discussão", diz Abujamra, diretora da peça.


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